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A invasão do capim-annoni (Eragrostis plana Ness) em pastagens sul-brasileiras

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/11/2018

11 MIN DE LEITURA

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Atualizado em 28/09/2022

Autores do artigo*

1) Tehane Twardowski – PPG em Produção Vegetal da Universidade Federal do Paraná (UFPR)
2) Sebastião Brasil Campos Lustosa – Professor da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO)
3) Anibal de Moraes - Professor do Departamento de Fitotecnia e Fitossanitarismo da UFPR
4) Tiago Baldissera – Pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de SC (EPAGRI)
5) Cassiano Eduardo Pinto – Pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de SC (EPAGRI).
6) Fábio Garagorry - Pesquisador da Embrapa Pecuária Sul
7) Alda Lúcia Gomes Monteiro – Professora do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Paraná (UFPR)

A invasão de espécies de plantas e animais exóticos é considerada, atualmente, a segunda maior ameaça a biodiversidade mundial, perdendo apenas para a destruição de habitats pela ação humana (Ziller et al, 2002). Os danos causados por essa interferência no ambiente podem ser econômica e ambientalmente desastrosos.

Dentre as principais plantas invasoras nas pastagens no sul do Brasil, destaca-se o capim-annoni-2 (Eragrostis plana Ness). Essa espécie é originária da África do Sul, onde é encontrada em áreas de solos pobres e compactados, além disso, também é considerada uma planta indesejável e invasora para os locais destinados a agropecuária.

Inicialmente, a introdução dessa gramínea no Brasil ocorreu no Rio Grande do Sul na década de 50, existindo duas teorias sobre a disseminação desse capim. A primeira teoria propõe que ele chegou ao Brasil como contaminante de sementes de capim Rhodes (Chloris gayana Kunth.) e capim chorão (Eragrostis curvula Nees). Já a segunda teoria sugere que ele foi trazido propositalmente como uma nova espécie forrageira para a região do estado do Rio Grande do Sul (Reis, 1993).

Em 1951, o capim-annoni-2 começou a ser multiplicado e comercializado pelo “Grupo Rural Annoni”, na cidade de Sarandí-RS, como sendo uma forrageira excelente e revolucionária pela sua alta rusticidade.

Figura 1 - Recorte antigo do suplemento rural do Jornal Correio do Povo, 1978.

Entretanto, anos depois foi classificado como planta invasora, tanto pelos baixos teores nutricionais, como pelo alto teor de fibra, e ainda, por sua baixa aceitação pelos animais como bovinos e ovinos, os quais vieram a desenvolver desgaste precoce de seus dentes em função deste alto teor de fibra. Além disso, a alta capacidade de infestação, supressão e conversão de ambientes naturais o levaram a ser considerado como espécie invasora de difícil erradicação. Outras características do capim-annoni-2 que o levaram a ser considerada uma planta invasora são o seu alto potencial de produção de sementes, sendo superior a 10.000 sementes/planta/ano, com elevada viabilidade, índices superiores a 90% e o tamanho reduzido das sementes (0,1 mm x 0,5 mm), que facilitam sua dispersão. Ainda, foi observado efeito alelopático, o que prejudica a germinação de sementes de outras espécies nativas ou cultivadas, e, por fim, elevada plasticidade fenotípica, significando alta capacidade de alterar sua morfo-fisiologia de acordo com as condições do ambiente, tornando-o capaz de produzir sementes mesmo sob pastejo intensivo (Scheffer-Basso et al., 2016)

"A alta capacidade de infestação, supressão e conversão de ambientes naturais o levaram a ser considerado como espécie invasora de difícil erradicação".

Figura 2 - Touceiras de capim-annoni (Crédito: Cassiano Eduardo Pinto, 2016).

A degradação das pastagens, tanto naturais quanto cultivadas, como consequência da invasão do capim-annoni, estão diretamente ligadas às práticas inadequadas de manejo do pastejo e manejo do solo. No bioma Pampa, o capim já ocupa cerca de 20% das pastagens nativas, e sua incidência está alastrada pelos Estados de Santa Catarina e Paraná (Medeiros et al. 2007).

O controle dessa invasora, após seu estabelecimento em áreas de pastagem, é extremamente difícil e as técnicas recomendadas pelas pesquisas recentes se baseiam na eliminação da cobertura vegetal, introdução de pastagens perenes e ainda no esgotamento do banco de sementes através de sucessão de culturas de inverno e verão (Reis et al., 2000). As sementes do capim-annoni podem chegar a mais de 20 anos de dormência no solo (Medeiros, 2014), dificultando a reintrodução de pastagens perenes na área.

Diante do problema, foi desenvolvido um projeto de pesquisa em parceria com a Epagri de Santa Catarina, Embrapa Pecuária Sul do Rio Grande do Sul, Unicentro, UFPR e Fazenda Colônia do Paraná, com o objetivo de controlar o capim-annoni-2 em área de pastagem perene. O experimento foi conduzido por dois anos no município da Lapa-PR, em propriedade particular sob as coordenadas 25º36'16.80"S e 49º53'29.52"O. Foi avaliada uma área com aproximadamente oito hectares, com pastagem pré-estabelecida da espécie forrageira Braquiária brizantha cultivar MG5 (Urochloa brizantha), que apresentava uma infestação inicial de 25% da área com capim annoni-2.

Figura 3 - Área inicial do experimento (Crédito: Cassiano Eduardo Pinto, 2016).

O experimento testou a eficiência roçadeira química Campo Limpo*, tecnologia desenvolvida pela Embrapa Pecuária Sul, aliado ao plantio do sorgo forrageiro (Sorghum bicolor Moench). A introdução de uma espécie anual de verão tem dois objetivos peculiares ao controle do capim annoni-2. O primeiro é de recobrir de uma forma mais rápida possível os espaços anteriormente ocupados por capim annoni-2 que foram eliminados pelo controle químico. O segundo é objetivo e vai ao encontro de resultados obtidos em estudos complementares com níveis de sombreamento de capim annoni-2 em pastagem natural do RS. Com níveis de 50% de sombreamento foi possível verificar uma redução de até 75% no número de inflorescências por planta de capim annoni-2 enquanto as espécies nativas daquele estudo dobraram o número de inflorescências (Martins et al., 2010; Perez, 2015). Assim, no presente estudo, foi testada a hipótese de que o uso do controle químico mais o sombreamento e a cobertura vegetal proporcionados pela presença do sorgo conteriam os avanços do capim-annoni, em dois anos de avaliação na pastagem cultivada.

No início do primeiro ano, primavera de 2016, foi realizada uma aplicação do herbicida sistêmico não seletivo Glifosato 648 g.L-1 em toda a área, com a dosagem de quatro litros por hectare, com a roçadeira química Campo Limpo. Para o uso do aplicador seletivo, primeiramente foi necessário estabelecer uma diferença de altura entre as plantas forrageiras e a planta alvo, no caso o capim-annoni-2. Para condicionar a vegetação, foi utilizada temporariamente uma alta lotação animal na área, de modo que as plantas forrageiras de braquiária fossem consumidas intensamente, reduzindo assim a altura, o vigor e a velocidade de rebrota, para posterior aplicação com a perspectiva de eliminar as plantas de capim-annoni-2 e ainda manter a cobertura vegetal pela espécie forrageira.

Figura 4 - Aplicador de herbicida seletivo Campo Limpo (Crédito: Cassiano Eduardo Pinto, 2016).

Figura 5 - Área após a aplicação da Campo Limpo (Crédito: Cassiano Eduardo Pinto, 2016).

Após a aplicação do glifosato, foi realizado no mesmo dia o plantio de sorgo forrageiro, em metade da área, visando à comparação entre a presença ou não do sorgo. A semeadura no primeiro ano de avaliação foi de 20 kg/ha de sorgo forrageiro cv. Don Verdeo, mas pelo baixo estabelecimento da cultura em função da pastagem já existente, foi dobrada a quantidade de sementes no segundo ano, para 40 kg/ha, com adubação de 150 kg/ha de nitrogênio nos dois anos. Por fim, foram colocados animais em sistema de pastejo contínuo, com ajustes de lotação mensais, nos verões de 2016/17 e 2017/18. No primeiro ano, os animais utilizados eram mestiços da raça Angus e no segundo ano da raça Nelore.

Nas avaliações do primeiro verão (2016/2017), pôde-se verificar redução na média geral do número de touceiras de capim-annoni-2, em cerca de 40%, entretanto não houve efeito da presença do sorgo na pastagem.

No segundo verão, também foi estudada a composição botânica, a fim de verificar quais espécies se encontravam na pastagem e em quais proporções. Observou-se novamente redução na população de capim-annoni, entre o verão e outono de 2018, correlacionada com a maior massa de forragem da braquiária, a qual gerou sombreamento sobre a invasora, ajudando a controlar o seu crescimento. Em abril de 2018, houve leve aumento da população de capim-annoni, influenciado pela redução da temperatura do início do outono e com consequente redução de massa e altura da braquiária, proporcionando ambiente mais favorável para o crescimento da invasora.

Figura 6 - Porcentagens de touceira de capim-annoni na área de pastagem, 2017/2018, Lapa, PR.

Dados preliminares indicam que a presença do sorgo forrageiro não teve efeito sobre os parâmetros de produção animal e vegetal; isto pode estar associado à baixa participação do sorgo na pastagem (inferior a 20%) e a maior pressão de seleção exercida pelos animais em pastejo sobre esta espécie (Garagorry et al.,2017). É importante destacar que a utilização de sorgo para controle cultural de capim-annoni em campo nativo é uma realidade, mas no caso deste estudo, não foi efetiva, pois a braquiária quando bem manejada (adubação e oferta de forragem) exerce competição sobre o sorgo e consequentemente sobre o capim-annoni-2.

Destaca-se que a tecnologia Campo Limpo aliada a presença da braquiária com manejo adequado, foram efetivas em reduzir a população de capim-annoni em 42%, nas áreas estudadas.

Os estudos sobre capim-annoni ainda são recentes, e busca-se informações mais precisas para definir qual é o melhor método de controle em áreas de pastagem para que os pecuaristas não tenham que abrir mão das áreas de pastagens. Os resultados desenvolvidos até aqui, mostram os esforços a fim de permitir que áreas de pastagens, anteriormente condenadas pelo capim-annoni, voltem a apresentar índices zootécnicos satisfatórios para os pecuaristas.

Figura 7 - Área do experimento (2016), à esquerda o tratamento com sorgo e à direta sem sorgo com invasão de capim Annoni (Crédito: o autor).

Figura 8 - Área do experimento no verão de 2018 (Crédito: o autor).

Agradecimentos: À Fazenda Colônia da Família Ribas, pelo desprendimento e incentivo a ciência, colaboração fundamental cedendo área e rebanho da propriedade para o desenvolvimento deste trabalho.

Nota: Os experimentos fazem parte da dissertação da mestranda Tehane Twardowski - aluna do curso de Pós-Graduação em Produção Vegetal da UFPR - com a linha de pesquisa em sistemas integrados. Os resultados finais deste trabalho serão disponibilizados na forma de artigos científicos e notas técnicas do controle do capim-annoni-2 em áreas de pastagens cultivadas. 

*Maiores informações sobre a tecnologia do aplicador seletivo de herbicida Campo Limpo, podem ser encontradas em: https://www.embrapa.br/busca-de-solucoes-tecnologicas/-/produto-servico/558/aplicador-seletivo-de-herbicida-campo-limpo.

Referências bibliográficas

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MIGUEL CONSTANCE MARTINS

RONDÔNIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/11/2018

Esse capim ou 'invasora' ANONI, se equivale ou tem parentesco com o capim que, aqui em Rondônia, é conhecido por PT?

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