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Balança comercial de lácteos: cenário positivo para o saldo segue vigente

POR TIAGO DA CUNHA FARIA

PANORAMA DE MERCADO

EM 04/02/2022

4 MIN DE LEITURA

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Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (04/02) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -51 milhões de litros em equivalente-leite no mês de janeiro, um aumento de 20 milhões, ou aproximadamente 28% em comparação ao mês anterior.

Comparando com o mesmo período do ano passado (jan/2020), o saldo foi ainda menos negativo, sendo que o valor em equivalente-leite nesse período foi de -142 milhões de litros, representando um aumento de aproximadamente 64%.

Esse resultado é o menos negativo desde 2016 para o mês, quando teve um saldo de -48 milhões de litros, e representa o terceiro mês consecutivo de aumento. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos.

Fonte: elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

 

 

No mês de janeiro as exportações tiveram um aumento de aproximadamente 52% em relação ao mês de dezembro, com um acréscimo de 5,0 milhões de litros no volume exportado. Comparando com 2020, as exportações também foram maiores este ano, com um aumento de 7,2 milhões de litros, representando um acréscimo de aproximadamente 96% no volume exportado, ou seja, no mês de janeiro deste ano foi exportado quase o dobro do volume comparando-se com o mesmo período do ano de 2021.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

 

 

Do lado das importações, o mês de janeiro apresentou diminuição de 15,3 milhões de litros no volume negociado, um valor aproximadamente 19% inferior ao mês de dezembro. Analisando o mesmo período de 2020, nota-se uma diminuição expressiva entre os volumes importados; em 2020, 149,1 milhões de litros em equivalente-leite foram importados, já em 2021 esse valor teve um recuo de aproximadamente 56%, totalizando 83,6 milhões de litros, o que pode ser observado no gráfico a seguir:

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

 

 

 

Essa diminuição nos volumes importados e aumento nas exportações acarretou um saldo mais favorável para o mês de dezembro na balança comercial de lácteos. O resultado é o menos negativo desde o ano de 2016 para o período. Quando comparado com o ano de 2021 a diminuição drástica nos volumes importados gerou a disparidade dos valores dos saldos.

O menor volume de importações é consequência dos altos preços internacionais dos lácteos e da elevada taxa de câmbio (R$/dólar), observados nos últimos meses, conforme relatado no artigo publicado pela MilkPoint “GDT: preços internacionais de lácteos atingem maior valor desde 2014!”.

Dessa forma, o mercado brasileiro se viu em um cenário com baixa competitividade das importações, conforme demonstra o gráfico 4. Associada a uma demanda interna fragilizada,  essa dinâmica levou à diminuição do volume importado pelo Brasil.

Gráfico 4. Custos do Leite em Pó Integral Importado vs Local (nacional).

Fonte: MilkPoint Mercado.

 

Com relação ao câmbio, mesmo com uma leve desvalorização do dólar frente ao real nas últimas semanas de janeiro, a elevação dos preços internacionais praticamente anulou este efeito e manteve a competitividade dos importados baixa, conforme demonstrado no gráfico 4.

Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em janeiro, temos o leite em pó integral, leite em pó desnatado e os queijos, que juntos representaram 79% do volume total importado. O leite em pó integral teve uma diminuição de 2% em seu volume importado.

Os produtos que tiveram maior variação com relação à importação foram a manteiga, com um recuo de 69%, os iogurtes com um recuo de 55% e o leite em pó desnatado, com um recuo de 26%. O doce de leite, apesar de não representar um grande volume importado no total, apresentou recuo de 70% com relação a dezembro.

Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite em pó integral, o leite condensado, o leite UHT, o creme de leite e os queijos, que juntos, representaram 87% da pauta exportadora. Produtos que apresentaram forte variação com relação ao mês de dezembro foram o leite em pó integral e o soro de leite que tiveram aumento de 1.477% e 717%, respectivamente.

A tabela 1 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de dezembro deste ano.

Tabela 1. Balança comercial láctea em janeiro de 2022. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.

 

O que podemos esperar para o próximo mês?

Conforme analisado em janeiro no artigo “Balança comercial de lácteos: exportações crescem e importações diminuem” o saldo da balança comercial de lácteos de janeiro foi realmente impactado pela dinâmica do câmbio e preços internacionais e observou-se no período as exportações se sustentando e um baixo volume importado.

Conforme demonstrado no gráfico 4. a competitividade dos produtos importados segue baixa, e por consequência as importações permanecem desestimuladas. Mesmo com um recuo do dólar frente ao real, os preços internacionais beirando a valores históricos de alta não mudaram este cenário que vem se estabelecendo há alguns meses.

O cenário de menor oferta mundial deve prevalecer para os próximos meses, refletindo nos valores praticados no mercado global. Dessa forma, os preços internacionais tendem a se manter altos, pelo menos em curto prazo, não alterando essa dinâmica e mantendo as importações não atrativas no país.

Por outro lado, esta mesma relação dos preços internacionais elevados reflete em uma maior competitividade dos produtos brasileiros em outros mercados, estimulando as operações de exportações, elevando os volumes destinados a esta negociação. Portanto, para os próximos meses o cenário deve se manter e o volume de exportações pode apresentar melhoras.

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