A produção de leite pode facilmente ser afetadas pelas intempéries climáticas, prejudicando significativamente a produtividade daqueles que não possuem métodos de manter o animal em conforto mesmo em condições adversas.
O verão está próximo e uma das preocupações do produtor nessa época é manter os animais em zona de conforto e livre do estresse térmico.
O que é estresse térmico?
O estresse térmico em vacas leiteiras acontece quando a taxa de ganho de calor excede a perda, levando o animal a sair de sua zona de conforto térmico. Este é considerado um dos fatores que mais leva a perdas econômicas nas fazendas, principalmente nas regiões mais quentes do mundo.
Os fatores que causam o estresse térmico são:
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Ambientais: relacionados às condições climáticas como temperatura, umidade, radiação solar e velocidade do vento; também ao manejo das instalações realizado sem visar o bem-estar;
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Fisiológicos: envolvidos à dissipação de calor como aumento dos batimentos cardíacos, sudorese, diminuição da ingestão de alimentos e aumento do consumo de água;
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Clínicos: associado à ocorrência de alcalose respiratória, acidose metabólica, além de problemas hepáticos;
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Comportamentais e produtivos: envolvem a redução da ruminação, aumento do tempo de ócio, diminuição dos teores de gordura no leite, redução de volumoso e entre outros.
Prejuízos causados pelo estresse térmico
Os prejuízos causados pelo estresse térmico são:
- Diminuição da produção leiteira;
- Redução do teor de sólidos do leite (gordura e proteína);
- Aumento da contagem de células somáticas e bacteriológicas;
- Redução da ingestão de alimentos, logo, do consumo de matéria seca;
- Redução da eficiência alimentar;
- Diminuição da fertilidade e da taxa de concepção;
- Afeta diretamente o sistema imunológico, o que acarreta no aumento de incidência de doenças como mastite, retenção de placenta, cetose e até mesmo pode levar ao aborto;
- Aumento da mortalidade dos bezerros e da porcentagem de descartes;
O MilkPoint realizou uma pesquisa com seus usuários durante a primeira quinzena de novembro/22, com intuito de identificar os itens mais utilizados para prevenir o estresse térmico nas propriedades.
Gráfico 1. Medidas adotadas pelos usuários do MilkPoint para prevenir estresse térmico no rebanho.
Fonte: Pesquisa MilkPoint.
A pesquisa permitia escolha de até três métodos para evitar/controlar o estresse térmico nas propriedades leiteiras. Entre os 54 participantes, pode-se notar que a grande maioria adota algum método, com destaque para ventiladores e aspersores, sombreamento com árvores e sistema ILPF ou telas e também fornecem alimentação ao rebanho nas horas mais frescas do dia.
Embora grande parte já realize algum tipo de manejo para melhorar o conforto dos animais no quesito térmico, 4% dos participantes não o fazem. É importante lembrar que promover conforto ao animal resulta em melhores índices de produtividades e menos problemas sanitários e financeiros, entre outros prejuízos.
Todo e qualquer propriedade, independente do tamanho, é capaz de inserir métodos que ajudem os animais a evitar o estresse térmico. É válido ressaltar sempre a importância do acompanhamento de um profissional para adaptação do manejo e recomendações adequadas para cada propriedade em específico.
Nos artigos abaixo contém informações e dicas sobre a importância da implementação desse manejo:
- Estresse térmico em vacas: efeitos e prejuízos econômicos
- Estresse térmico: quais os efeitos na produção de leite?
- Estresse térmico: um pesadelo para a atividade leiteira
- Resfriamento: reduzindo o estresse térmico em vacas leiteiras
- Redução do estresse térmico melhora a eficiência alimentar de vacas leiteiras
- O estresse térmico afeta os componentes físico-químicos do leite?
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