Primeiramente, apesar das discrepâncias na base de cálculo, “proponho” regras para que não tenhamos fundamentos “incomparáveis”. A forma (se manual, via caderno, lápis, caneta, planilhas de computador, de cabeça, etc), pouco importa. O importante no caso é a segurança e certeza dos dados. Para calcularmos o custo temos que ter o levantamento preciso de todos os INSUMOS gastos e de todo o CUSTO OPERACIONAL, ou seja, os gastos com hora máquina para aplicar os mesmos (insumos) no solo. Posteriormente, temos uma terceira parte referente ao custo de colheita, associado às operações de CORTE, CARREGAMENTO E TRANSPORTE. Tudo isso, somado, geral um custo final que deve ser dividido pelo volume total de silagem produzido. O volume de silagem produzido é outro fator que gera uma série de dúvidas e problemas quanto à sua mensuração. Como calculá-lo. Por estimativa/amostragem da área (corte de diversos talhões, picando o material e pesando o mesmo) ou por peso de carretas/caminhões, contanto o n° de carretas x o peso individual (estimado) para obtenção do n° final (volume total produzido)? Ainda há uma terceira forma que seria o método da cubicagem do silo x pela densidade da silagem (no caso da de milho, variando de 550 a 700 kg por metro cúbico). Na prática estas são as 3 formas mais comuns encontradas no campo, cada qual com “seu erro embutido”. Tecnicamente sabemos que a opção por amostras realizadas com critério (corte de talhões), picando e pesando o material e levando o mesmo para secagem em estufa deveria ser a “escolha” de todos, uma vez que custos de silagens (forragens úmidas) devem ser mensurados, como todo alimento, sempre na base seca (R$/ton de matéria seca). Outro aspecto muito importante e que “mascara” muito o custo de silagens é a falta de critério para o cálculo do custo operacional. É impressionante o número de produtores que calculam o custo sem considerar as despesas de aplicação dos insumos. Nestes casos, obviamente, o custo da silagem se torna muito mais competitivo do que aqueles que trabalham mais com “os pés no chão”. Pior do que errar é se enganar e achar que está certo ou ignorar um custo significativo como o operacional. Ok, vamos adiante! Apenas para ilustrar, segue uma descrição básica de custos, como exemplo e, sem valores, apenas para especificar o nível de detalhamento dos dados coletados para a divulgação dos custos obtidos:
A- INSUMOS:
- Calcário
- Semente
- Tratamento de semente
- Adubo de plantio
- Adubo de cobertura
- Herbicidas (dessecação no caso de plantio direto)
- Inseticidas e formicidas
- Material e mão de obra para fechamento do silo
- Operação de dessecação (no caso de plantio direto)
- Gradagens (no caso de convencional)
- Operação de calagem
- Operação de plantio
- Operação de adubação (coberturas)
- Aplicação de herbicidas
- Aplicação de inseticidas (se necessária/não transgênico)
C- CORTE CARREGAMENTO E TRANSPORTE
- Operação de corte (colhedeira de forragem)
- Operação de reboque e descarga (trator com carreta ou caminhão)
- Operação de compactação do silo