Qual é o seu ponto de vista? |
Tenho acompanhado nos últimos tempos um humorista gaúcho chamado “Badin o Colono”. Este humorista relata de forma bem-humorada o cotidiano da vida na colônia. Um de seus bordões é: “por Deus que dá vontade de vender fora tudo”.
Particularmente a mim me chama muito a atenção esta frase e se este humorista a está utilizando, seguramente a deve ter escutado muitas vezes, e se escutou muitas vezes eu me pergunto, por quê?
Neste último mês tivemos o comunicado que um de nossos associados deixou a atividade leiteira depois de quase trinta anos no ramo. Esta explicação, segundo ele, é fácil de entender: “idade”, me disse, “já estou cansado de trabalhar com vacas”. Conversamos por quase uma hora, histórias de como iniciou com os animais, suas expectativas e alguns desgostos, que - somados - o fizeram aos poucos desistir da atividade.
Ainda bem que existem pontos de vista diferentes, onde alguns veem problemas, outros criam oportunidades. Nesta conversa pude perceber muito disso. Me relatou o senhor que a falta de mão de obra, os custos de produção altos, os baixos valores pagos pelo produto, o compromisso diário e a idade, o levaram a tomar esta decisão. Por outro lado, vejo muitas oportunidades no que me relatou este produtor, mas respeito sua opinião e sua decisão.
Vejo muitas propriedades rurais que pela escassez de mão de obra, investiram mais no trabalho familiar, outros tornaram-se ótimos gestores de pessoas e encontraram formas de trabalhar esta adversidade. Observo muitas propriedades que conseguem agregar valor a seus produtos, seja melhorando a qualidade, buscando outros mercados ou industrializando sua produção. Enfim, certa vez tive a oportunidade de conversar com um produtor de leite de noventa anos.
Como grande otimista do setor, o que gostaria de deixar bem claro, é que devemos criar oportunidades, devemos estar sempre pisando em solo firme, não podemos nos abater pelas adversidades, temos que seguir melhorando. ‘OJALA’ que um dia escutemos o bordão do humorista ser outro.
RODRIGO LUIS SECHI
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JUSCELINO RAMOS JÚNIORAVELINÓPOLIS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 02/04/2019
Boa noite a todos!
A questão de mão de obra na atividade leiteira, é difícil até para os produtores que trabalham em grupo familiar e fora deste contexto, ela é peculiar a cada produtor. Conheço vários amigos, ex produtores, que tiveram que abandonar a atividade exatamente por este motivo Em particular, estou na atividades há mais de 30 anos e nunca tive problemas com mão de obra e sempre procurei me qualificar e se inteirar de todas as maneiras possíveis, para se laborar da forma mais simples e eficaz, valorizando sempre o executor das tarefas e premiando o melhor desempenho, sem deixar de lado o tratamento igualitário e respeitoso entre empregado e patrão. |
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LUCAS VIEIRA MOURAUBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 02/04/2019
Parabéns! Pode se considerar uma exceção! Já vivenciei muitas propriedades que apresentavam bom convívio entre empregados e patrão ou gerente, premiações e incentivos por resultados alcançados ou metas atingidas, participação em resultados, boas moradias oferecidas aos funcionários, etc. e mesmo assim apresentavam alta rotatividade de mão de obra......sem falar em cursos e aperfeiçoamentos oferecidos eventualmente......Infelizmente o Brasil vive o paradoxo de apresentar 13 milhões de desempregados e ao mesmo tempo setores com escassez de mão de obra. Não vamos nem entrar na questão da qualificação de mão-de-obra, qualidade do ensino e estrutura familiar brasileira.....Que Deus olhe cada vez mais p/ este país maravilhoso!!!!!!!
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