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Recomendações de como amenizar os efeitos da estiagem na produção de leite

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 05/01/2022

8 MIN DE LEITURA

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A estiagem que atinge o país de forma geral em decorrência do fenômeno natural La Niña, aliada às altas temperaturas, pode dificultar a produção agropecuária e o abastecimento de água no meio rural. Com isso, algumas dicas foram elaboradas com a colaboração da Epagri/SC e podem ajudar os produtores a mitigar os efeitos da estiagem na sua produção de lavoura ou pecuária. 

Água e o ambiente:

  • Identifique os pontos de captação e armazenamento de água na propriedade
    Há diferentes maneiras de percebermos a água nas propriedades rurais. São águas de chuva, de nascentes, córregos e lagos, de poços (cacimbas ou artesianos). A conservação, o armazenamento, o uso racional e o saneamento são fundamentais para gestão da água, sobretudo em época de estiagem.
     
  • Aumente a capacidade de armazenamento de água no solo
    Controle a erosão para aproveitar o máximo da água da chuva. Proteja áreas de nascente e córregos, iniciando com isolamento da área e favorecimento de crescimento da vegetação. Esta ação funciona como uma barreira física, segurando os sedimentos que podem assorear as nascentes e córregos.
     
  • Cultive utilizando o sistema plantio direto
    Evite mobilizar o solo. Mantenha permanentemente o solo com cobertura viva ou palhas. Realize a rotação de culturas e diversifique os cultivos no ano. Reduza o intervalo de tempo entre colheita e semeadura.
     
  • Realize o cultivo em contorno, em faixas, com terraceamento
    Essas práticas favorecem a retenção de água no momento da enxurrada e aumentam a quantidade de água disponível para as plantas.
     
  • Conheça os Programas “Kit Solo Saudável” e “Cultivando água e protegendo solo”
    São políticas públicas viabilizadas pela Secretaria da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural. Estes Programas fornecem subsídios aos agricultores, com enquadramento para aquisição de sementes de adubos verdes, proteção e recuperação de nascentes, terraceamento, captação, armazenamento e distribuição de água nas propriedades rurais. Para saber mais sobre os Programas, procure o escritório da Epagri em seu município.
     
  • Invista em armazenamento de água
    Neste momento crítico, onde há locais com restrição na disponibilidade de água, é preciso ser eficiente para reter ao máximo a água da chuva nas propriedades rurais. Capte a água da chuva que cai sobre as construções da sua propriedade, armazenando-a em reservatórios e cisternas. É a forma mais barata e eficiente de aumentar a reserva de água na propriedade. Invista em reservatórios grandes que garantam estabilidade produtiva, principalmente na produção animal. Poços artesianos podem ser opções complementares, mas suas construções devem ser feitas sob orientação de profissionais habilitados e com critérios técnicos.
     
  • Fique atento ao uso consciente e racional da água na propriedade rural
    Evite desperdícios: feche torneiras que estejam pingando, arrume os encanamentos, não deixe a água extravasar à vontade nos bebedouros dos animais, realize práticas de manejo animal com o mínimo de água possível. Não lave o carro e calçadas de casas de forma desnecessária. É preciso economizar água sempre que possível.
     
  • Economize água na irrigação
    Conheça a necessidade de água do seu cultivo, estabeleça rotina para verificar vazamentos nas tubulações, nos equipamentos de captação e distribuição de água. Cada litro de água desperdiçado custa muito caro para todos.
     
  • Manter a qualidade da água é fundamental
    O saneamento com a coleta e tratamento de resíduos líquidos (esgotos, efluentes domésticos e resíduos de atividades produtivas) evita a contaminação do lençol freático e de corpos d’água de superfície. Para isso, utilize tecnologias como:
    – Proteção de Fonte Modelo Caxambu: sistema de baixo custo e alta eficiência na proteção de nascente, garantindo a qualidade de água a ser fornecida para humanos e animais.
    – Filtros lentos: melhora a qualidade de água disponível na propriedade.
    – Esterqueiras e biodigestores: Captam e tratam os dejetos dos animais, permitindo o uso como fertilizantes de forma segura, diminuindo a contaminação de águas de córregos e nascentes, além de diminuir os custos de produção das lavouras.

Confira alguns materiais que podem ajudar: 

 

Produção de Leite 

A condição de elevada temperatura e restrição na disponibilidade hídrica representa um momento delicado para a atividade leiteira. Associada à elevação dos custos de produção, esta situação pode repercutir de forma acentuada na pecuária de leite.

A ocorrência do déficit hídrico durante o período mais sensível para a safra do milho, um dos principais alimentos dos animais, afeta a produção de grãos e silagens. Para desenvolver capacidade competitiva neste cenário, algumas são recomendadas algumas técnicas para os produtores de leite:

  • Realize o planejamento alimentar, tendo como base pastagens de alto potencial produtivo e com boa resistência ao estresse hídrico, como é o caso do Capim Pioneiro e do Tifton 85.
     
  • Considere a possibilidade em implantar e/ou ampliar a capacidade de reserva de água na propriedade, tanto para abastecimento dos animais, quanto para irrigar pastagens, se for o caso.
     
  • Melhore a disponibilidade de água de qualidade ofertada aos animais nos piquetes.
     
  • Faça o orçamento alimentar
    Ou seja, calcule a demanda diária de forragens para atender o rebanho, por período mínimo de 154 dias, em relação às reservas de alimento de que dispõe. Se este balanço entre demanda e disponibilidade forrageira for negativo, recomenda-se o descarte de animais, iniciando-se pelos que jamais vão produzir leite, seguindo pelas vacas com problemas sanitários, reprodutivos e/ou com idade avançada. Num segundo momento, descarte vacas com baixa produtividade.
     
  • Promova o conforto térmico em vacas leiteiras
    Quando as vacas são expostas à temperaturas extremas, acontece o estresse calórico, que é evidenciado pela respiração ofegante, aumento da frequência respiratória e salivação. Já em temperatura de 25 a 26°C o tempo de pastejo e de ruminação diminuem, bem como o consumo de alimentos. Nestas situações há o aumento no consumo de água, principalmente naqueles animais com alta produção do rebanho, que possuem maiores necessidades hídricas, por apresentarem faixas mais rápidas de desidratação.
     
  • Ofereça sombra para as vacas quando a temperatura chegar a 24°C.
    Assim, se diminui as perdas na produção de leite. Sombra natural com árvores é uma excelente ferramenta para reduzir o excesso de calor, além de ser um método barato, favorece a biodiversidade local. As árvores são excelentes meios de proteção porque aumentam o resfriamento através da evaporação da água das folhas. Sombra artificial é uma alternativa para controlar e reduzir o aumento da temperatura em animais. Sua vantagem é que pode ser transportada e instalada em diferentes setores da propriedade, de acordo com a necessidade do rebanho. Existem cortinas portáteis ou permanentes, por meio de malhas, que bloqueiam a radiação solar em mais de 80%. Recomenda-se uma área de sombra de 4,0 m² por vaca presente no lote.
     
  • Use ventiladores com aspersores.
    No caso de animais criados em sistemas de confinamento/estabulamento, os ventiladores, associados aos aspersores de água, promovem a redução da temperatura do ar e de perdas de calor por evaporação. Entretanto, sua eficiência é reduzida em condições de alta umidade do ar. Sua principal desvantagem está associada ao custo.
     
  • Fornecimento de água
    Água limpa e fresca (segura) e com temperatura abaixo de 20°C, deve estar sempre disponível na sombra ou em áreas protegidas da radiação solar. A água deve estar perto de onde as vacas ficam,  preferencialmente dentro dos piquetes ou nos chamados piquetes de descanso, com espaço suficiente para todos os animais terem acesso.
     
  • Horário de ordenha e uso das pastagens
    Durante os quatro meses de verão, os horários de ordenha deverão ser ajustados visando oportunizar as melhores condições de temperatura para as vacas na ordenha e no consumo de pasto pós-ordenha. Recomenda-se que neste período a ordenhas se realizem entre às 5h e 6h pela manhã, e das 18h às 19h no período da tarde.
     
  • Nutrição
    Aumentar a densidade energética da dieta, utilizando ingredientes com alto teor de óleo ou gordura, que não produza calor de fermentação (não ultrapassar 5% do total da dieta), além de fazer uso de nutrientes protegidos. É importante balancear a dietas das vacas com menos de 65% de proteína degradável no rúmen, utilizando soja tostada ou soja extrusada na formulação das rações. Adicionar agentes tamponantes à dieta para estabilizar o pH ruminal (dietas com 0,5% de sódio e 0,3% de magnésio).
     
  • Estratégia Alimentar
    – Diminuir a participação de alimentos fibrosos e de baixo teor energético, como os fenos.
    – Disponibilizar um piquete novo às vacas no início da manhã e no final da tarde após as ordenhas, e manter a disponibilidade de água de boa qualidade, são práticas nutricionais fundamentais para minimizar os efeitos do estresse calórico.
    – Disponibilizar para as vacas em lactação, durante o período da tarde, uma pequena quantidade de silagem de milho (6kg a 8kg de MV) de alta qualidade, mais 1kg de alimento concentrado.
     

Confira alguns materiais que podem ajudar:

Procure técnicos para fornecer informações e auxílio. Os técnicos da Epagri têm conhecimento e ferramentas para auxiliar na melhor estratégia para mitigar os efeitos que a estiagem causa. 

As informações são da Agrolink, Epagri e MilkPoint. 

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