O fornecimento de água de bebida fresca, de qualidade e em quantidade suficiente é extremamente importante para o bem-estar, saúde e produção animal.
Já tratamos deste tema em 2019 com um texto mostrando a importância do fornecimento de água de bebida para bezerros leiteiros, mesmo em programas de aleitamento intensivo. Com as altas temperaturas e baixa umidade do ar nos últimos dias resolvemos retomar esse importante aspecto da criação de bezerras, muitas vezes negligenciado pelo produtor. Infelizmente ainda hoje nos deparamos com produtores resistentes com a ideia de fornecer água de bebida aos bezerros em aleitamento desde o nascimento.
A liberdade da sede é a primeira das conhecidas 5 liberdades declaradas pelo Farm Animal Welfare Council. Relativamente aos bezerros leiteiros, a legislação da União Europeia (EU) declara que "os bezerros com mais de 2 semanas devem ter sempre acesso a água suficiente", enquanto que a recomendação para bovinos adultos é de "acesso a abastecimento adequado de água de qualidade, de modo a manter a sua plena saúde e vigor e a satisfazer as suas necessidades comportamentais e fisiológicas".
No entanto, estudos com bem-estar animal nos últimos 12 anos revelam que os critérios recomendados ou legislados não foram cumpridos numa grande maioria dos rebanhos bovinos. Por exemplo, um estudo dinamarquês incluindo 213 rebanhos leiteiros revelou que 4% deles não forneciam água suficiente aos bezerros com mais de 2 semanas, enquanto que outro estudo no Canadá incluindo 115 rebanhos leiteiros no Quebec mostrou que 10% dos rebanhos não forneciam água aos bezerros alimentados com leite, e nos Estados Unidos, bezerras não recebiam água de bebida até aos 17 dias de idade, em média.
Um estudo mais recente na Noruega, incluindo 431 rebanhos leiteiros, descobriu que 16% não forneciam água de bebida aos seus bezerros aos 3 dias de idade, enquanto que no Chile, incluindo 29 rebanhos leiteiros, 17% das fazendas forneciam água a partir dos 30 dias de idade.
Em levantamentos nacionais temos situações parecidas, com 13% dos produtores (179 fazendas avaliadas) fornecendo água somente a partir dos 15 dias de idade (Santos e Bittar, 2015). Quando se avalia um grupo de produtores mais focados na criação de bezerras, como aqueles associados ao Programa Alta Cria, esse número é bastante diferente, com 99% dos produtores fornecendo água já a partir de 4 dias de idade (Azevedo et al., 2020). As discrepâncias dos dados nacionais mostram a importância do treinamento e conscientização do produtor sobre o fornecimento de água.
Dessa forma, parece que a falta de acesso suficiente a água de bebida fresca é um problema na criação leiteira em diversos países.
Para avaliar as consequências disto para o bem-estar, precisamos conhecer a base científica para as recomendações de acesso à água para as bezerras leiteiras.
Normalmente essa resistência está associada a dois motivos principais:
- A percepção de que uma vez que o bezerro recebe leite ele não precisa de água de bebida;
- O fornecimento de água ocasiona diarreia em bezerros leiteiros.
Assim, pesquisadores dinamarqueses (Jensen e Vestergaard, 2021) revisaram diversos estudos na literatura para entender o comportamento de consumo de água, assim como o consumo de água de bebida (CAB) em bezerros leiteiros. Além disso, quais seriam as consequências para o bem-estar dos animais com um acesso restrito à água.
Motivação e sede para consumir água
O consumo de água de bebida serve para manter a homeostase hídrica e é regulado por células nervosas especializadas no hipotálamo, por hormônios e por órgãos dos sentidos no coração e vasos sanguíneos.
O comportamento de consumir água é iniciado quando a motivação atinge um determinado limite, mas esse limite pode ser aumentado se houver competição pelo acesso à água ou uma longa distância até a fonte de água. Se o acesso à água for limitado ou impedido, pode ocorrer um aumento significativo e prolongado na motivação de consumo, e isso pode estar associado a uma experiência negativa de sede.
Sugere-se que estados motivacionais negativos, como sede e medo, tenham evoluído em resposta a “situações de necessidade” que servem para manter a homeostase e prevenir distúrbios potencialmente prejudiciais à homeostase.
As necessidades de água de um animal dependem da renovação da água corporal, que geralmente é mais rápida em animais mais jovens e, portanto, animais adultos podem tolerar períodos mais longos sem água comparado aos juvenis.
As principais fontes de água são a água de bebida e a água contida nos alimentos (como no leite ou gramíneas), enquanto a água metabólica é produzida pela oxidação de nutrientes orgânicos, liberada quando os aminoácidos são incorporados às proteínas ou durante a mobilização, como uma fonte secundária de água. As perdas de água ocorrem na urina, nas fezes, na respiração e pela pele por meio das glândulas sudoríparas e, em animais em lactação, por meio do leite.
Consumo de água dos bezerros leiteiros
Bezerros em aleitamento
No geral, o consumo de água durante o período de aleitamento depende da idade do bezerro, da oferta e tipo de dieta líquida (leite de vaca ou sucedâneo), da qualidade dieta sólida (concentrado e feno) disponíveis, bem como a temperatura ambiente e da água de bebida.
Quando bezerros consomem leite, o comportamento de sucção e uma posição elevada da cabeça do bezerro ajudam a estimular o reflexo esofágico (reticular), o que garante que o leite vá para o abomaso. Água de bebida e água presente na dieta sólida acabam no reticulo-rúmen, e o desenvolvimento ruminal e o aumento no consumo de dieta sólida requerem, consequentemente, aumento na ingestão de água pelo bezerro.
Uma visão geral dos estudos sobre o efeito da oferta de leite, fonte de leite e idade do bezerro no consumo de água de bebida (CAB) de bezerros leiteiros alimentados com leite é dada na Tabela 1. A partir desta tabela, é evidente que a idade e a oferta de leite são importantes para o CAB de bezerros desaleitados.
As avaliações mostram CAB médio de 1,61L/d durante o período de aleitamento e de 2,24 L/d na semana do desaleitamento. Já no período pós-desaleitamento os valores são bastante variáveis dependendo da idade do animal.
Registrado durante os primeiros 28 dias de idade, os bezerros consumiram em média entre 1 e 2,5 L/d de água quando oferecidas ofertas de leite variando de 4 a 6 L/d, enquanto o CAB variou de 1,2 a 4,7 L/d quando este foi medido durante os primeiros 56 dias entre bezerros com uma oferta de leite semelhante (Tabela 1).
Em outro estudo, bezerros tiveram CAB de 0,75 L/d durante os primeiros 16 dias de vida com uma oferta de leite de 6 L/d, enquanto em outro, bezerros consumiram 3,4 L de CAB/d nas semanas 5 a 8 de vida quando oferecido uma quantidade semelhante de leite.
No estudo de Wickramasinghe et al. (2019), um grupo de bezerros não teve acesso a água de bebida até o dia 17 de vida, e isso reduziu o consumo de leite neste período em 6%. Entre os bezerros com oferta de leite correspondente a 10% PN, o consumo de água de bebida variou de 0,9 a 1,1 L/d entre bezerros com 1 a 3 semanas de idade e de 2,4 a 2,7 L/d em bezerros com 4 a 5 semanas. De 0 a 56 d, bezerros alimentados com 3,8 L/d de leite e desaleitados aos 28 dias consumiram em média 4,0 L/d de água de bebida, enquanto bezerros alimentados com 3,8 e até 7,2 L/d de leite e desaleitados aos 42 dias consumiram em média 3,6 L/d de água de bebida. Assim, durante o primeiro mês de vida, bezerros alimentados com quantidades muito baixas de leite podem consumir até 3 litros de água por dia.
Restringir o consumo de água de bebida em bezerros alimentados com leite a 10% PN durante o primeiro mês de vida reduz a ingestão de alimentos sólidos e o crescimento. Nestes casos pode haver redução de 38% na taxa de crescimento e de 31% no consumo de concentrado em comparação com bezerros com livre acesso à água, ilustrando a importância do consumo de água para o consumo de ração sólida, desenvolvimento ruminal e crescimento.
Um estudo mostrou que a razão entre o consumo de água de bebida e o consumo de concentrado inicial é de aproximadamente 2 para bezerros alimentados com leite restritivamente e 4 para animais desaleitados (Quigley et al., 2006). Outro estudo encontrou uma proporção entre consumo de água de bebida e concentrado inicial de 2,9 entre bezerros leiteiros de até 5 semanas de idade com oferta 4 L/d de leite. Assim, a disponibilidade de água vai determinar o consumo de dieta sólida e à medida que o consumo de dieta sólida aumenta, o consumo de água também deve aumentar.
Já em bezerros com aleitamento à vontade, o consumo de água observado é um pouco menor. Bezerros alimentados com sucedâneo acidificado a vontade tiveram um CAB médio de 0,45 L/d desde o nascimento até 5 semanas de idade e 0,35 L/d desde o nascimento até 7 semanas de idade.
A temperatura da água também afeta o consumo de água. Bezerros alimentados com 7,5 L/d de sucedâneo tiveram um CAB de 1,9 L/d com a temperatura da água entre 6 a 8 °C, mas de 2,8 L/d quando a temperatura da água aumentou para 16 a 18 °C.
Surpreendentemente, entre bezerros de 5 a 39 d de idade que receberam 6 ou 12 L/d de leite integral por meio de um alimentador automatizado, o CAB medido por recipientes de água automatizados foi relatado como mínimo, sem diferença entre os níveis de alimentação com leite até início do desaleitamento gradual. Ao comparar uma oferta de leite de 4 vs. 8 L de leite integral por dia desde o nascimento até o desaleitamento às 8 semanas de idade, bezerros com baixa oferta de leite consumiram 11% mais água do que bezerros com alta oferta.
Durante os períodos de altas temperaturas, as necessidades de água dos bezerros aumentam devido à perda de água por evaporação.
Além disso, a diarreia em bezerros causa perda de água corporal e aumento do CAB em bezerros em aleitamento de 2 a 21 dias de idade. Os bezerros podem compensar a desidratação de até 4% da água corporal aumentando a ingestão de água de bebida; entretanto, uma desidratação de 8 a 10% da água corporal requer a administração de soluções de reidratação.
Bezerros desaleitados
O consumo de água aumenta rapidamente quando os bezerros leiteiros são desaleitados (Tabela 1). Quando o desaleitamento gradual é iniciado, os bezerros aumentam o consumo de dieta sólida e também de água.
Em bezerros alimentados com leite acidificado a vontade até ao desaleitamento às 8 semanas, o CAB era de 5,5 L/d um dia após o desaleitamento, aumentando para 8 a 9 L/d três dias após. O consumo de água de bebida aumenta com a idade, e os bezerros com idade entre 75 e 195 dias apresentam um CAB de 15 a 16 L/d.
Outro estudo relatou que os bezerros consumiram 5,8 L/d na semana 9 (82 kg de PC), 12,3 L/d na semana 16 (123 kg de PC), e 17,5 L/d de CAB na semana 25 (176 kg de PC). No mesmo estudo, uma relação entre o CAB e a consumo de dieta sólida (feno e concentrado) foi de 3,2 a 3,8 entre 9 e 16 semanas de idade, enquanto uma proporção de 4,0 para 4,7 foi encontrado entre os 16 e 24 semanas de vida.
Outros efeitos no consumo de água de bebida pelos bezerros
A forma como a água é oferecida pode influenciar as estimativas de CAB.
Quando os bezerros recebem água em bebedouros tipo nipple (como aqueles de suínos), bebem em menores porções, mas que podem ter consumo total maior do que aqueles que recebem água em baldes. No entanto, este maior consumo pode estar associado com maior desperdício de água durante o consumo em bebedouros do tipo nipple.
Os bovinos são naturalmente bebedores por sucção, e bebedouros tipo nipple não permitem o comportamento de consumo específico da espécie. Há uma falta de estudos sobre o efeito de diferentes formas de oferecer água aos bezerros.
Em fornecimento de acesso permanente à água, as vasilhas são tipicamente utilizadas porque são mais fáceis de manter limpas do que os bebedouros, mas estudos sobre o design destas vasilhas para facilitar a aprendizagem dos bezerros para a sua utilização são relevantes, mas infelizmente pouco disponíveis.
O alojamento em grupos pode afetar a CAB. Por exemplo, bezerros alimentados com sucedâneo a vontade (consumo de aproximadamente 10 L/d) e alojados em pares tiveram um CAB de aproximadamente 1 L/d a mais (5 L / d) do que bezerros alojados individualmente, assim como maior consumo de concentrado. Bezerros leiteiros são cada vez mais alojados em grupo ou aos pares já no período de aleitamento.
Quando alojados em grupos, os bezerros competem por recursos e por isso o entendimento da melhor densidade animal e a fonte de água antes e após o desaleitamento no comportamento e no consumo de água de bebida também são necessários.
Finalmente, o fornecimento de dieta sólida para o bezerro pode afetar o CAB, dependendo das fontes dieta sólida oferecida. Na maioria dos estudos relatados aqui (Tabela 1), os bezerros receberam apenas concentrados ou uma mistura de 95% de concentrados a 5% de palha picada. No entanto, em alguns estudos, uma fonte de volumoso estava disponível, também no aleitamento.
Nestas situações, a proporção de consumo de volumoso será mais alta, especialmente se a fonte de forragem for de maior qualidade. No entanto, não se pode excluir que uma ingestão substancial de volumoso pode afetar o CAB até certo ponto.
Não há conhecimento de estudos que comparem diretamente CAB entre bezerros desaleitados e alimentados apenas com concentrados ou concentrados mais volumosos. Assim, os dados disponíveis não permitem tal investigação, mas podem justificar mais estudos.
Qualidade da água
Tanto os bebedouros como as fontes naturais de água podem estar contaminados com dejetos. Os bovinos evitam a água contaminada com fezes (0,005% de fezes fresca por peso) quando podem escolher água limpa, e o acesso a água limpa aumentou o ganho de peso dos bezerros em aleitamento.
Água de fontes naturais, tais como abrigos ou córregos de água podem estar contaminados com minerais ou compostos tóxicos (nitratos, sódio, sulfatos e ferro), como bem como bactérias, e a má qualidade da água afeta o CAB.
Terre et al. (2019) investigou os efeitos de curto prazo sobre a saúde e o desempenho de bezerros leiteiros de 5 a 47 dias de idade com o uso de águas residuais urbanas recuperadas em comparação com a água da torneira para consumir e para preparar o sucedâneo. Os autores descobriram que os bezerros preferiam água da torneira quando testados no final do estudo. Além disso, o uso de águas residuais reduziu a ingestão de concentrado (466 para 351 g/d), e a redução da ingestão de água foi atribuída a um maior nível de salinidade da água recuperada tratada. Não existem requisitos legais específicos relativos à qualidade da água potável para gado leiteiro.
A recomendação para sólidos totais dissolvidos (STD) em água para bezerros jovens é inferior a 2.000 mg/L, mas se os bezerros forem alimentados com sucedâneo, o STD <1.000 mg / L é recomendado para evitar toxicidade de sal e outros problemas osmóticos. De acordo com o NRC (2001), os níveis recomendados para água são <100 mg de Na por litro e <250 mg para Cl por litro.
O efeito da qualidade da água (sujidade da água) e o uso de produtos químicos para limitar o crescimento bacteriano em bebedouros no CAB e no bem-estar dos bovinos representam lacunas de conhecimento.
Por fim, o que se observa são efeitos prejudiciais no desempenho para bezerros em aleitamento e com restrição ao consumo de água de bebida.
O consumo de água de bebida é maior quando a oferta de dieta líquida é limitada pois há uma maior ingestão de dieta sólida, necessária para atender às necessidades nutricionais dos bezerros, e isso está associado a uma maior ingestão de água de bebida. Mesmo bezerros alimentados com maiores volumes de dieta líquida requerem acesso livre à água de bebida, pois esses consomem quantidades substanciais de água além do leite. Portanto, os bezerros leiteiros em aleitamento devem receber água de bebida, independentemente da oferta de dieta líquida e de quais outros alimentos são oferecidos (concentrados e/ou feno). Isso está de acordo com a recomendação de Drackley (2008) de que água suplementar deve ser sempre fornecida.
Além disso, as necessidades de água de bebida dos bezerros aumentam durante os períodos de temperaturas mais altas e quando os bezerros sofrem de diarreia. Nestes casos, deve haver água de bebida disponível para os bezerros o tempo todo. Assim, recomendamos que seja oferecida água limpa e fresca aos bezerros a partir do dia primeiro dia de vida, de preferência em baldes abertos.
Uma prática comum é oferecer água aos bezerros após a alimentação com leite duas vezes ao dia. Até onde sabemos, não foi investigado se essa prática permite um consumo de água de bebida semelhante ao que bezerros têm quando o acesso permanente à água é concedido. Estudos futuros que investiguem várias ferramentas de manejo para fornecer água de bebida a bezerros desaleitados são necessários.
Bezerros jovens consomem água com mais frequência do que bovinos mais velhos, mas se os bezerros precisam de acesso à água durante as 24 horas não está claro na literatura e nos estudos sobre o efeito do manejo da alimentação com água no comportamento e ingestão de água de bezerros jovens são necessários para responder a esta pergunta.
Estar livre da sede é fundamental para o bem-estar animal; no entanto, validar métodos para avaliar a sede em bovinos tem recebido pouco foco de pesquisa. A desidratação é um sinal claro de privação de água, mas faltam métodos simples e validados para avaliar a sede em bezerros leiteiros, e seu desenvolvimento é incentivado. Estar livre da sede é um critério amplamente reconhecido de bem-estar animal e, em vários países, existem recomendações sobre o acesso dos bezerros leiteiros à água.
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Referências bibliográficas
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Wickramasinghe, H. K. J. P., A. J. Kramer, and J. A. D. R. N. Appuhamy. 2019. Drinking water intake of newborn dairy calves and its effects on fed intake, growth performance, health status, and nutrient digestibility. J. Dairy Sci. 102:377–387. https://doi.org/10.3168/jds.2018-15579.
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