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Nova Zelândia: uso de água da pecuária leiteira sob debate

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 01/06/2022

2 MIN DE LEITURA

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A Nova Zelândia está enfrentando novas questões sobre o impacto do setor lácteo depois que pesquisas afirmaram que cada litro de leite produzido em Canterbury (região da Nova Zelândia) pode consumir até 11.000 litros de água para diluir a poluição gerada pela produção.

A análise realizada pelo Institute for Governance and Policy Studies da Victoria University of Wellington e publicada no Australasian Journal of Environmental Management, revelou que a pegada hídrica cinza de nitrato para Canterbury variou de 433 a 11.110 litros de água por litro de leite, dependendo dos padrões de água aplicados.

O autor principal da análise, Mike Joy, disse: “Esta pegada é maior do que outras estimativas feitas para a produção mundial de leite e revela que as pegadas variam em função dos insumos [como ração e fertilizantes] incluídos nas análises e nos padrões de qualidade da água.”

A pesquisa também descobriu que não há volumes suficientes de chuvas e água dos rios para diluir a poluição por nitrato em Canterbury para padrões aceitáveis de consumo. Ele [o pesquisador] alertou que os suprimentos de água subterrânea de Canterbury estão chegando a níveis extremos de contaminação por nitrato de 21 mg/L – quase o dobro do valor permitido para água potável de 11,3 mg/L – tornando grande parte da água “imprópria”.

Joy afirmou que o uso crescente de fertilizantes sintéticos de nitrogênio e ração importada “aumentou drasticamente os níveis de nitrato e os problemas de poluição da água” na Nova Zelândia.

“Não há água suficiente caindo do céu ou passando pelos rios de Canterbury para realmente diluir a contaminação de nitrato produzida por milhares de toneladas de fertilizante sintético de nitrogênio e mais de um milhão de vacas leiteiras nas planícies”, disse ele.

“A grande pegada do leite em Canterbury indica até que ponto a capacidade do meio ambiente foi ultrapassada. Manter esse nível de produção e ter água saudável exigiria 12 vezes mais chuvas na região ou uma redução de 12 vezes no número de vacas”.

Ele continuou afirmando que extensa atividade leiteira em Canterbury está levando a uma poluição significativa das águas subterrâneas da região, muitas das quais são usadas como água potável. “A produção de lácteos nessa intensidade é insustentável e, se não reduzida, pode representar um risco significativo para a saúde humana e a percepção do mercado sobre a sustentabilidade da indústria de laticínios da Nova Zelândia e seus produtos.”

A pesquisa concluiu que reduções significativas de nutrientes, em cerca de 96%, são necessárias para reduzir as concentrações elevadas de nitrato nas águas subterrâneas. “A menos que essa degradação ambiental seja revertida e a atual pecuária leiteira seja significativamente reduzida e/ou substituída por sistemas de pastagem de baixa emissão de nitrato, a atividade nas planícies de Canterbury permanecerá insustentável e seriamente prejudicial ao ambiente de água doce local, incluindo fontes de água potável. Essa degradação pode continuar representando um risco significativo à saúde humana e uma ameaça ao nosso mercado global de produtos lácteos”.

O ativista sênior do Greenpeace, Steve Abel, disse: “Esta pesquisa mostra claramente a necessidade de eliminar gradualmente o fertilizante de nitrogênio sintético e reduzir as taxas de estocagem se quisermos proteger a água potável das pessoas.”

As informações são do The grey water footprint of milk due to nitrate leaching from dairy farms in Canterbury, New Zealand (Australasian Journal of Environmental Management), publicado no Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.

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