Laticínios PJ: inovação e tecnologia no mercado de queijos finos

A história do Laticínios PJ começou na década de 80, no município de Ingaí, Sul de Minas Gerais. De uma pequena fábrica, a empresa cresceu e ampliou sua atuação no mercado de queijos finos.

Com uma captação de mais de 100 mil de leite litros/dia, modernas instalações e trabalhando com inovação, o Laticínios PJ cresceu 40% neste último biênio. Com a aquisição de sua nova planta (Laticínios Calogi) somados aos novos investimentos não divulgados, duplicará sua capacidade fabril até 2024. 

Foto: mix de produtos Laticínios PJ, fonte: assessoria de imprensa 

Dentre os queijos mais vendidos estão: Queijo Prato, Muçarela, Minas Padrão, Frescal e Parmesão.O portfólio da empresa também é composto por queijo Provolone, Gouda, Gruyere, Emmental, Fontina, parmesão Capa Preta, Camembert, Brie, Gorgonzola e manteiga. 

Para completar, o famoso Le Belle Minas, uma receita única e elaborada exclusivamente pelo PJ no Brasil, totalizando mais de 20 tipos e cerca de 60 produtos diferentes.

Foto: queijo Le Belle Minas, fonte: assessoria de imprensa 

O MilkPoint entrevistou Estevão Andrade, CEO do Laticínios PJ, para conhecer os pilares por trás do crescimento da empresa, as tecnologias e inovações implementadas industrialmente, bem como as perspectivas para o futuro. 

1. MilkPoint - O Laticínios PJ estava em pedido de recuperação judicial por 10 e quitou o pedido em 5 anos. Quais ações permitiram isso? Quais foram as principais estratégias adotadas pela empresa?

Estevão Andrade - Fizemos um plano de negócios de 10 anos objetivando aumentar a capacidade de geração de caixa para o devido cumprimento com os credores da PJ, mas que também permitisse voltarmos a crescer. Finalizamos as obrigações em  5 anos e algumas ações foram importantes para a PJ tais como: o ajuste da capacidade produtiva e inversão de linhas de produtos rapidamente para geração de caixa.

Foto: Laticínios PJ, fonte: assessoria de imprensa 

À medida que voltamos a crescer, implantamos controles efetivos sobre os custos de produtos e estancamos as despesas em relação à subida do faturamento, protegendo as margens. Também focamos em produtos com melhores margens e descontinuamos os de piores resultados, reestruturamos toda a equipe, cortamos gastos e com isso protegemos o caixa dando a empresa uma maior capacidade de pagamento para acelerar o turn round da recuperação judicial.

2. MilkPoint - O Laticínios PJ cresceram neste último biênio 40%. Qual o papel da inovação nesse crescimento?

Estevão Andrade  -  A inovação teve um papel fundamental no crescimento destes últimos anos. Foi por meio de processos otimizados que aumentamos a eficiência produtiva, principalmente em linhas de queijos finos, onde levamos um maior ganho de rentabilidade e em outra vertente onde temos lançamentos de novos produtos com novas tecnologias e controles. 

Exemplo disso é o trabalho que desenvolvemos e mantivemos com certificadoras internacionais, que leva o selo de matéria-prima de origem certificada. Este projeto certifica o produto desde a fazenda, transporte, segregação da matéria-prima na indústria e acompanhamento na produção até o consumidor.

Foto: Laticínios PJ, fonte: assessoria de imprensa 

Este projeto foi desenvolvido pela empresa durante um ano e meio, validado, certificado e aprovado no MAPA com o objetivo de levar ao consumidor um produto com uma receita regional, certificado e rastreado semelhante aos DOP'S internacionais. 

3. MilkPoint - Considerando o mercado de queijos finos, segmento de atuação da empresa. Quais são as perspectivas de crescimento futuro? Como se destacar em um mercado “segmentado,” ainda mais em tempos de crise?

Estevão Andrade - Os LPJ têm hoje com estratégia combinar construção de marca e expansão, buscando crescimento orgânico e análise de oportunidades inorgânicas, com perspectiva de nos próximos 5 anos continuarmos crescendo a média dos dois últimos com lançamento de novos produtos, embalagens porcionadas e um relacionamento mais próximo do cliente que neste segmento é bastante exigente.

Foto: Queijo Gouda Laticínios PJ, fonte: assessoria de imprensa 

Também pretendemos estar mais perto do cliente na gôndola, nos canais digitais de nos meios de e-commerce que foi o que sempre nos norteou e continuará norteando o nosso trabalho nos próximos anos.

4. MilkPoint -  Quais as tecnologias que a empresa dispõe atualmente? Como isso é aplicado no processamento dos produtos?

Estevão Andrade - Atualmente, dispomos de captação de mais de 100 mil de leite litros/dia, modernas instalações. Como já mencionamos, trabalhando com inovação, os Laticínios PJ cresceram neste último biênio 40%, tornando-se uma das marcas referências de queijos finos do Brasil.

Foto: Laticínios PJ, fonte: assessoria de imprensa 

Com a aquisição de sua nova planta (Laticínios Calogi) somada a novos investimentos não divulgados, a empresa duplicará sua capacidade fabril até 2024. Além disso, atuamos num raio de captação de 150km, o que dá ao leite um menor tempo de coleta, recepção e processamento na fábrica.

Hoje, o Laticínio tem em torno de 400 fornecedores de leite, uma das principais indústrias lácteas da região e também conta com uma produção de leite própria no modo Free Stall com capacidade de produzir até 15 mil litros de leite por dia.

Atualmente, esta nova fazenda produz 5 mil litros de leite diariamente e está certificada para o processo de rastreabilidade de matéria-prima controlada, um dos novos projetos de inovação da empresa que garantirá ao consumidor o acompanhamento do produto desde a fabricação, passando pelo transporte até a chegada na mesa, permeando assim toda a cadeia de produção.

5. MilkPoint - Como é realizado o reaproveitamento do soro processado pelo Laticínios PJ? Qual impacto disso para a empresa?

Estevão Andrade - A unidade de concentração de soro tem capacidade de processar até 200 mil litros por dia. A empresa processa 90 mil próprios e compra 100 mil de outras industriais parcerias da região, cumprindo assim seu papel de social, ambiental e econômico de dar um tratamento correto para esta matéria-prima tão relevante no setor lácteo.

Foto: Laticínios PJ, fonte: assessoria de imprensa 

Este processo representa uma importante fonte de geração de receita para as indústrias que vêm seus custos diluídos e agregam mais uma receita no caixa da empresa. Desta concentração de 200 mil litros de soro fluido, temos como produto final 60 mil litros de soro concentrado.  

Com esta técnica, a empresa reaproveita cerca de 120 mil litros de água permeada que é reaproveitada para limpeza e outros serviços externos no Laticínio. Parte da água que não é reaproveitada na indústria é direcionada para o Centro de Tratamento ETE.