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Interleite Brasil 2018: Paulo Machado fala sobre como avaliar economicamente a atividade

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 16/07/2018

4 MIN DE LEITURA

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“A continuidade de um negócio depende de sua saúde econômico-financeira – aqui entendida como a capacidade de geração de receitas em relação ao capital utilizado para a produção. Ela é função do giro do capital e da margem líquida. Cada propriedade possui uma relação ótima entre o giro do capital e a margem. Algumas devem priorizar o giro (sistema confinado, por exemplo) e outras a margem (caso do sistema extensivo). A saúde econômica está mais relacionada à viabilidade do negócio no longo prazo. Já a saúde financeira tem relação com a geração de caixa, para fazer frente às necessidades de retirada mensal do produtor, ao pagamento das suas dívidas e às despesas operacionais da fazenda”, disse Paulo Fernando Machado, Diretor da Clínica do Leite da ESALQ/USP, em entrevista exclusiva ao MilkPoint.

Ele será um dos palestrantes do Interleite Brasil 2018 no painel "Gestão e análise de dados financeiros de fazendas leiteiras" e a sua apresentação terá o seguinte tema: "Será que estou no rumo certo? O que controlar, como medir e que diferença isso faz".

Segundo Paulo, sem controlar o caixa, o produtor não conhece sua capacidade de endividamento e pode se ver em apuros no curto prazo. “Mas é importante lembrar que os resultados econômico-financeiros se dão em função da eficiência dos processos produtivos. Então, o produtor deveria controlar as finanças para, a partir da identificação do que tem maior impacto sobre a saúde financeira da fazenda, priorizar o processo que deve melhorar. É possível ter um negócio de sucesso, independentemente do tamanho e do sistema de produção, desde que esse negócio bem entendido pelo proprietário. Para tanto, uma gestão financeira adequada é fundamental. A cada dia isso se torna mais relevante, pois a competição se torna mais acirrada, de modo que sobreviverão, no mercado, apenas os mais eficientes”.

A Clínica do Leite atua há mais de 20 anos com foco na melhoria da qualidade do leite produzido no Brasil. Os ensaios laboratoriais realizados em amostras de leite cru permitem obter informações sobre a qualidade do leite – CCS, CBT, composição – e as condições do rebanho em relação a sanidade, nutrição, reprodução e genética, entre outros aspectos. “Recentemente revisamos, com nossa equipe, o propósito de nossa instituição e concluímos que existimos para ‘estar junto de quem quer melhorar a qualidade do leite’. Temos um time altamente especializado para cumprir esse propósito, e, de fato, estamos ao lado de produtores, agentes da indústria láctea, consultores e outros agentes que compartilhem desse mesmo interesse”.

Em outra frente, a equipe passou a desenvolver o Sistema MDA, um modelo de gestão aplicado à agropecuária, com base na filosofia lean. “Esse modelo vem sendo aplicado com sucesso em centenas de fazendas brasileiras, consolidando um movimento que chamamos de “Agro+Lean” – formando por pessoas, empresas e instituições de diferentes regiões do Brasil”, explicou Paulo.

Apesar de ter nascido na pecuária de leite, a partir da implantação do Sistema MDA, o Agro+Lean é um movimento que conta com outros segmentos do agronegócio, como a agricultura e a suinocultura, além de outros setores – como casos de implantação do modelo em organizações que atuam com saúde, educação, meio ambiente. “O objetivo de todos é um só: melhorar a gestão dos negócios e, por consequência, os resultados alcançados e a qualidade de vida dos envolvidos. O propósito desse movimento é ensinar uma nova forma de pensar, para que as pessoas construam o sucesso, todos os dias. Estamos certos de que essas pessoas protagonizarão transformações importantes em nosso setor e também na sociedade”.

‘Na cadeia do leite, a eficiência de produção é muito baixa e a qualidade do produto muito inferior ao que poderia ser’

De acordo com Paulo, entre as cadeias agropecuárias, a do leite, infelizmente, é uma das mais atrasadas. A eficiência de produção é muito baixa e a qualidade do produto muito inferior ao que poderia ser. “Isso gera desperdícios enormes em toda a cadeia: nas fazendas, no transporte do leite, no seu processamento e na distribuição. Como consequência, temos um produto caro e de pior qualidade à disposição dos consumidores. Ou seja: há muito o que melhorar. Cada um dos envolvidos deve atuar em suas áreas de competência para minimizar esses desperdícios, mas a principal liderança é a indústria”. Para ele, é dela a responsabilidade de cativar o consumidor com produtos melhores e mais baratos e, para atender a essa demanda, estimular o fornecedor a produzir um leite que atenda suas necessidades.

“Para tanto, deve vincular a remuneração do leite cru ao seu valor real e ajudá-lo a produzir com a qualidade desejada”.

Para finalizar, Paulo dá um recado para quem está pensando em participar do Interleite Brasil 2018: “ o Interleite tem sido o principal evento da pecuária de leite brasileira. É um excelente canal para conhecer informações, tecnologias e pessoas focadas na melhoria da eficiência da cadeia. É, portanto, fundamental para todos os envolvidos nesse negócio”.

Não perca a chance de assistir essa e outras inúmeras palestras que contribuirão (e muito!) para a direção dos seus negócios. Venha conosco descobrir o que os melhores do leite estão fazendo. Confira a programação completa do Interleite Brasil 2018 aqui > interleite.com.br

Para quaisquer informações ou dúvidas sobre o evento envie um e-mail para eventos@agripoint.com.br ou ligue para (19) 3432-2199

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