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Índia: maior produtor mundial de leite continua crescendo

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 07/12/2020

6 MIN DE LEITURA

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Na Índia - considerando uma temporada normal de monções - a produção total de leite deve aumentar de cerca de 194,8 milhões de toneladas no ano fiscal de 2020 para 199 milhões de toneladas em 2021. Do total, estima-se que o leite de vaca, búfula e cabra representem 48, 49 e 3% respectivamente. Com o relaxamento das restrições às atividades econômicas, as empresas e lojas de alimentos estão lentamente retornando à produção pré-Covid-19.

Uma população crescente, juntamente com a rápida urbanização e melhores recursos de renda, devem levar ao aumento da demanda por leite e produtos lácteos. A produção de leite em pó desnatado em 2021 deve crescer 3%, para 680.000 toneladas. A fabricação combinada de manteiga e ghee (manteiga clarificada) aumentará 3,3% para 6,3 milhões de toneladas devido à forte demanda do consumidor doméstico. 

Estima-se que 80 milhões de famílias rurais estão envolvidas na produção de leite como fonte de sustento, a maioria dos quais são pequenos agricultores marginais (86% do total dos produtores são pequenos/marginais, representando 47% da terra agrícolas e possuem aproximadamente 75% dos animais leiteiros).

Cerca de 95% dos produtores têm entre um e cinco animais leiteiros por família, o que é um sistema um pouco acima do nível de subsistência. As maiores fazendas leiteiras, que têm um mínimo de 50 ou mais animais, estão aumentando em alguns dos principais estados leiteiros.

Os preços do leite são determinados pelo volume, gordura e conteúdo de sólidos não gordurosos. O leite de búfala tem uma proporção maior de sólidos. Além disso, o búfalo pode ser vendido para abate; por outro lado, o abate de gado é proibido na maioria dos estados, o que significa que vacas velhas e improdutivas se tornam um fardo caro.

Somados a isso, existem fatores-chave que afetam a produtividade das vacas leiteiras: baixo potencial genético, serviços veterinários inadequados, falta de disponibilidade de concentrados e forragens (apenas 4% da área cultivada). O uso de concentrados é de 8-10 milhões de toneladas em comparação com a necessidade total de cerca de 80 milhões de toneladas.  

Preços do leite

As cooperativas de lácteos fixam os preços do leite, considerando fatores como forragem e suplementos e, em geral, são referências para os atores privados que compram leite na região. O preço médio nacional ao consumidor no varejo variou de INR 45,21 (US $ 0,61) por litro em janeiro de 2020 a INR 47,0 (US $ 0,63) por litro até meados de setembro.

As áreas de foco do Departamento de Pecuária e Leite (DAHD) incluem o desenvolvimento de infraestrutura para melhorar a produtividade animal, melhorar as cadeias de valor e apoiar o controle de doenças (febre aftosa e brucelose); em um contexto no qual o Governo da Índia está pressionando para fortalecer a infraestrutura para produzir leite de alta qualidade, a fim de garantir a disponibilidade de alimentos seguros. 

Consumo

O consumo de leite fluido em 2021 é projetado em 83 milhões de toneladas, 2,5% (equivalente a 2 milhões de toneladas) acima dos níveis estimados para 2020, enquanto para leite em pó desnatado é esperado ser + 5,5% e para manteiga 2,5%, devido ao crescimento da população e aumento da renda média, juntamente com o relaxamento das restrições da pandemia da Covid-19.

Consequentemente, os consumidores continuarão a demandar laticínios com valor agregado, incluindo iogurtes, bebidas lácteas, leitelho, queijo processado e sorvete. Além disso, a demanda por ghee e manteiga continuará forte. A produção de leite está prevista para ser suficiente para atender às necessidades, mas qualquer aumento na demanda futura provavelmente terá de ser atendido por meio de importações. 

Distribuição e processamento de leite

Atualmente, a capacidade total instalada de processamento de leite no país é de cerca de 142 milhões de litros por dia (com capacidades não muito diferentes para cooperativas e indústrias privadas). Da produção, estima-se que 48% é consumido no nível do produtor ou vendido para pequenos estabelecimentos nas áreas rurais; os 52% restantes são processados. Dos 52% processados, 40% das vendas são feitas pelo "setor organizado": cooperativas e indústrias privadas. Os 60% restantes são administrados por leiteiros privados/produtores locais.

As preocupações com a segurança e qualidade do leite geram uma forte demanda por leite embalado em temperatura ultra-alta (UHT). A expectativa é de que o processamento desse setor mais organizado cresça, gerando maior renda para o produtor.

A maioria das indústrias e cooperativas não tem sistemas de coleta separados para leite de vaca e de búfala, então seus produtos lácteos embalados são principalmente uma mistura dos dois. Por sua vez, coletar leite de pequenos produtores é um grande desafio e requer investimentos significativos em infraestrutura. Nesse contexto, a segurança continua sendo um grande desafio.

Comércio

Durante anos, a Índia exportou produtos lácteos. O superávit comercial nos últimos cinco anos cresceu de US $ 82 milhões para US $ 130 milhões em 2019. No entanto, no primeiro semestre de 2020, esse superávit comercial diminuiu e se tornou um déficit. Com as restrições diminuindo após a paralisação nacional, fontes da indústria indicam que as vendas comerciais e de exportação de lácteos devem retomar gradualmente e retornar aos níveis anteriores durante ou após o primeiro trimestre fiscal de 2021.

Dados comerciais de janeiro a junho de 2020 indicam que 500 toneladas de leite em pó desnatado no valor de US $ 1,9 milhão (-89% vs o mesmo período de 2019) foram exportados devido a compras abaixo do esperado pela pandemia de compradores como Bangladesh, Afeganistão, Emirados Árabes Unidos, Turquia e Butão.

Dada a tendência, a estimativa de exportação para 2020 foi revisada para 6.000 toneladas, cerca de 2.000 toneladas abaixo de 2019. Os produtos mais enviados são manteiga, nata, fórmulas infantis, queijo e leite em pó desnatado. Ao mesmo tempo, as exportações totais de manteiga aumentarão de 16.000 toneladas (64% abaixo do ano passado) em 2020 para 25.000 toneladas em 2021. A propósito, os EUA e o Butão aumentaram suas compras da Índia em 41% e 40%. 

No que se refere às importações, as principais são leite, lactose e xarope de lactose, caseína, sorvetes e queijos. Os EUA foram o maior fornecedor de produtos lácteos, seguidos pela Holanda, Alemanha, Nova Zelândia, França e Tailândia. A Índia permite a importação de leite em pó integral e desnatado sob uma cota tarifária (TRQ) de 10.000 toneladas, com uma tarifa de importação de 15% durante o exercício financeiro corrente.

Fora do contingente tarifário, essas importações estão sujeitas a uma tarifa de importação de 60%. A Índia continua insistindo, por razões religiosas e culturais, que os lácteos sejam obtidos de animais que nunca receberam ração feita de órgãos internos, farinha de sangue e tecidos de origem ruminante. Atualmente, várias restrições comerciais limitam o acesso ao mercado. Leites e produtos lácteos importados exigem uma licença sanitária de importação do DAHD e um certificado de saúde veterinária da autoridade veterinária do país exportador (alguns podem entrar somente se seu uso for não alimentar).

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As informações são de dados do GAIN Report USDA-FAS, Out/20, traduzidos pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), traduzidas pela Equipe MilkPoint.

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