Consumidor de mais de 60 anos sente falta de alimentos específicos para a idade

Ler o preço do produto, pegar a embalagem nas gôndolas, carregar a cesta ou empurrar um carrinho até o caixa e depois levar para casa é a rotina normal de um cliente no supermercado. Se imaginarmos um consumidor com mais de 60 anos fazendo as mesmas atividades, estas tarefas podem ser mais trabalhosas do que parecem.

Recentemente, a Rede Globo apresentou no Rio de Janeiro uma série de pesquisas sobre longevidade que mostram consumidores idosos cada vez mais ativos, saudáveis, exigentes, conectados e fundamentais para a família brasileira. Segundo Flavia Toledo, Gerente de Comportamento do Setor de Inteligência de Mercado da Rede Globo, o consumidor da melhor idade ganha cada vez mais espaço na economia do país.

Os dados apresentados pela executiva mostram que 16% da renda nacional em 2020 virá dos idosos. Contudo, apesar dessa contribuição, um grupo de 37% desses consumidores acredita que existem poucos produtos para a sua idade. O que, de fato, pode representar uma oportunidade.

Atendimento para a “Mais Idade”

Ainda de acordo com a pesquisa, o preparo das lojas para lidar com a longevidade do consumidor não é adequado para 72% deles. Segundo Flavia, mais de 50% dos idosos entram em lojas e não conseguem achar o que querem comprar. “A ‘Mais Idade’ é o futuro de todos nós. Por isso, vivemos um novo momento em que é preciso nos preparar para ele”, disse ela. 

Um dos caminhos mais seguros para o setor de supermercados alinhar a estratégia com a demanda deste público é conversar com ele. “Existem diversas questões importantes para esta faixa etária, como o atendimento, por exemplo. As pesquisas que reunimos mostram que, quanto mais velho o consumidor, mais importante o atendimento é, seja qual for o ponto de venda”, observou ela.

As informações são da Associação Brasileira de Embalagem (ABRE).