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El Niño em 2023: quais impactos esperar na produção de leite?

MILK MONITOR

EM 05/04/2023

5 MIN DE LEITURA

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Nos últimos três anos a produção de alimento no Brasil e no mundo foi fortemente impactada pelo fenômeno climático La Niña, que alterou a temperatura média de diferentes regiões e modificou o regime de chuvas, tendo impacto direto na agricultura e na pecuária.

Porém, o ano de 2023 está sendo marcado por uma transição entre fenômenos climáticos, mais especificamente de La Niña para El Niño. Portanto, o momento atual é de atenção para esse fenômeno, entendendo seus impactos na produção de leite.

 

O que é o El Niño?

Enquanto o La Niña é caracterizado por um esfriamento abaixo do normal na região equatorial do Oceano Pacífico, o El Niño é justamente o contrário, caracterizado por um aquecimento acima do normal na mesma região.

O último ano em que o El Niño ocorreu de forma intensa foi 2016, e não coincidentemente esse ano foi o mais quente de toda a história até o momento, justamente por conta do acontecimento do fenômeno climático somado ao aquecimento global.

 

O que esperar para o El Niño em 2023?

Em 2023, o El Niño tem maior probabilidade de início a partir dos meses de junho e agosto, como pode ser observado no gráfico 1, afetando assim as produções agrícolas de verão no Brasil, como a produção do milho silagem para 2023. Dessa forma, os impactos na produção de leite tendem a ser mais evidenciados a partir do próximo ano.

Gráfico 1. Probabilidade de ocorrência de La Niña e El Niño em 2023.

 

Os impactos do fenômeno são diferentes em cada região brasileira: enquanto na região Sul o El Niño causa um volume de chuvas acima do normal e um aumento da temperatura média, no Nordeste o fenômeno gera uma menor precipitação.

O fenômeno tende a manter o volume de chuvas dentro do esperado no Sudeste e Centro-Oeste, onde também há possibilidade de aumento da temperatura média. Entretanto, todas essas variações ocorrerão de acordo com a intensidade que o El Niño chegará esse ano, podendo gerar impactos mais negativos ou até mesmo positivos na produção de leite no Brasil. Um resumo dos efeitos do EN e LN pode ser observado na figura 1.

Figura 1. Efeitos do La Niña e El Niño em cada região do Brasil.

Fonte: AgroSmart.

        

 

Possíveis impactos positivos

A região Sul do Brasil (que enfrentou adversidades com a seca em decorrência do La Niña, nos últimos anos) pode se beneficiar desse momento de transição climática. Um El Niño mais brando pode gerar um regime de chuvas que será positivo para alguns cultivos, como as pastagens de verão (com impacto ainda este ano), que tendem a se beneficiar de um clima entre ameno e quente e uma maior umidade.

Além disso, a produção de grãos (na safra de verão) também pode passar por impactos positivos, sendo possível observar nos gráficos 2 e 3 que culturas como milho e soja, que possuem grande impacto dentro da produção de leite, obtiveram crescimento em suas produções em anos de ocorrência de El Niño e La Niña, tendo a intensidade dos fenômenos impactado diretamente nesses resultados. Da mesma forma, a safra de verão de silagem de milho no Sul acontece em um ambiente climático mais favorável.

Gráfico 2. Histórico de produção de milho por safra em milhões de toneladas.

 
Fonte: CONAB e Agrolink; Elaboração: MilkPoint Mercado.

 

Gráfico 3. Histórico de produção de soja por safra em milhões de toneladas.


Fonte: CONAB e Agrolink; Elaboração: MilkPoint Mercado.

 

Pontos de alerta:

Caso o El Niño ocorra em forte intensidade, dentro da região Sul, onde é gerado um maior volume pluviométrico, poderão ocorrer problemas de inundação e encharcamento do solo, prejudicando o crescimento das plantas e sua produtividade.

Além disso, o excedente de chuvas também pode levar ao aumento da incidência de doenças e pragas nas lavouras, levando à redução da qualidade e da produtividade das culturas, além do aumento de custo com insumos agrícolas, como fertilizantes e pesticidas, consequentemente aumentando o custo de alimentação para os produtores de leite. Somado a esses fatores, o excesso de chuvas também pode resultar em problemas além da nutrição na pecuária, como maior incidência de parasitas e problemas logísticos.

Já no Nordeste os impactos estão relacionados a seca causada na região. Da mesma forma que pode ocorrer no sul do Brasil, há possibilidade de ter um aumento no custo de produção para o produtor, por conta da maior necessidade de uso de fertilizantes e pesticidas. Entretanto, o maior impacto está na diminuição da disponibilidade de pastagens e de volumosos aos animais, aumentando o custo de produção e diminuindo a quantidade e qualidade de leite produzido.

 

Características do fenômeno do El Niño

Um ponto em comum entre todas as regiões brasileiras durante a ocorrência do El Niño é o aumento da temperatura média, que acontece devido a um aumento da temperatura do ar. Essa temperatura elevada também pode afetar a produção agrícola, diminuindo a qualidade e a quantidade dos produtos cultivados, ou seja, sendo mais um ponto de possibilidade de aumento dos custos de produção.

Mas, além disso, há também a possibilidade de um impacto direto nas vacas leiteiras, por conta do estresse térmico que pode ser gerado, sendo que vacas em desconforto térmico tendem a produzir menos leite quando comparadas à produção de uma vaca alocada em um ambiente confortável.

Apesar de todas as possibilidades de impacto na produção de leite a partir da ocorrência do El Niño, como citado anteriormente, os impactos vão variar de acordo com a intensidade que o fenômeno climático acontecerá.

Frente a essas mudanças, um planejamento bem-feito e a execução de um bom manejo voltado para as especificidades dessa época também podem auxiliar a diminuir esses impactos, como, por exemplo, a antecipação de negociações de insumos, tanto para a agricultura quanto para a pecuária. Portanto, os próximos passos devem ser voltados para o acompanhamento constante desse fenômeno climático, para assim ser possível tomar decisões assertivas.

 

 

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