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Imunonutrição no período de transição

VÁRIOS AUTORES

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/10/2020

12 MIN DE LEITURA

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Alguns conceitos no âmbito da nutrição têm sido motivo de discussões nos dias atuais. Sabemos que a nutrição de bovinos leiteiros é altamente relacionada com seu desempenho (produtivo e reprodutivo) e sua longevidade, sendo que o foco é aliar a maior produtividade ao bem-estar animal (assunto de interesse aos consumidores e produtores de leite) e à boa capacidade imunitária. Isso porque um sistema imune competente implica em uma maior capacidade de resposta a determinados desafios, sendo esse um dos fatores determinantes no desfecho: saúde ou doença nos animais do rebanho.

Isso nos direciona, dentro da nutrição, para caminhos que nos apresentam funções além das fisiológicas desenvolvidas pelos nutrientes, funções essas que têm influência direta ou indireta sobre o metabolismo do animal dentre outras imunorregulações de interesse para a produção leiteira. Assim, com a correta formulação de dieta aliada ao manejo nutricional adequado e aos ajustes finos que a imunonutrição proporciona, temos como resultado animais mais produtivos, com melhores índices reprodutivos e menor ocorrência de enfermidades, o que significa um maior lucro para o produtor.

Visto isso, cabe definirmos o termo imunonutrição, que é a utilização de  nutrientes imunomoduladores com o objetivo de melhorar a resistência do organismo do animal às diversas doenças as quais ele está sujeito. Os imunomoduladores são aditivos como aminoácidos, vitaminas e minerais que, quando usados estrategicamente e em quantidades adequadas, se tornam ferramentas para um melhor desempenho do sistema imune, impactando positivamente a resistência contra infecções e/ou doenças e a produtividade do animal.

Sabendo que a capacidade de adaptação do animal aos diversos desafios enfrentados ao longo da lactação é um fator indispensável, encontramos evidências de que a imunidade pode também desempenhar um papel importante nesse aspecto,  principalmente em períodos desafiadores como o de transição.

O período de transição que compreende os 21 dias antes e 21 dias após o parto de vacas leiteiras é caracterizado por diversas mudanças no organismo e por isso consiste em um grande desafio para o sistema imune destes animais. Pensando no conceito de imunonutrição como ferramenta importante neste período, a expressão que diz que “a saúde entra pela boca” nunca fez tanto sentido.

Durante o período periparto os bovinos enfrentam diversas alterações metabólicas e fisiológicas que marcam a passagem do estado não lactante para lactante, sendo indispensável o preparo dos animais para o parto e lactação futura. Além disso, esse período também corresponde a uma fase em que o animal está mais suscetível ao aparecimento de enfermidades.

Vários estudos relatam que vacas durante o início da lactação possuem uma imunidade com desempenho insatisfatório e por isso são mais propensas a adquirir doenças, consequentemente apresentando um status inflamatório pronunciado com função hepática comprometida. Levando em consideração que moléculas inflamatórias têm influência no consumo alimentar do animal, haverá redução da ingestão de matéria seca (IMS) e um pronunciado balanço energético negativo (BEN) no pós-parto.

Algumas estratégias nutricionais podem ser utilizadas para essa finalidade, como a utilização de aditivos que impulsionam o sistema imunológico e reduzem a incidência de doenças (influenciando no desempenho produtivo, metabolismo hepático e estresse oxidativo, por exemplo). Sabendo que a função imunológica do animal é reduzida durante o início da lactação, a utilização de aditivos como imunoestimulantes torna-se uma prática importante para a melhora do desempenho desses animais.

Devido à grande degradação microbiana no rúmen, a disponibilidade de alguns aminoácidos para o úbere e fígado é limitada (além destes terem concentração em decréscimo durante o parto). Por isso, a suplementação de aminoácidos protegidos da degradação ruminal pode ajudar a suprir essas necessidades e melhorar a produção e saúde da vaca durante o período de transição.

A metionina, por exemplo, é um dos aminoácidos considerados mais limitantes para a produção leiteira. Vários resultados recentes na literatura mostram que a suplementação com metionina protegida da degradação ruminal resultou em aumento da atividade de leucócitos nos animais, ajudando a impulsionar a função imunológica durante o período de transição.  Além disso, a metionina é precursora da glutationa, um potente antioxidante que alivia o quadro inflamatório durante este período em que as vacas podem desenvolver uma resposta inflamatória exacerbada.

Durante o período de transição também pode ocorrer um aumento da mobilização de gordura corpórea devido à alterações hormonais, o que pode resultar em uma síndrome denominada síndrome do fígado gorduroso. Estudos mostram que a suplementação com o aminoácido metionina e a vitamina colina, ambas protegidas, melhoram o metabolismo lipídico do fígado e com isso diminuem a ocorrência dessa enfermidade, a qual pode deprimir ainda mais o consumo do animal e acarretar em maiores prejuízos ao produtor. Ainda com a suplementação de metionina, também é possível aumentar o consumo de matéria seca devido à redução de mediadores inflamatórios que prejudicam o consumo, diminuindo assim a intensidade do BEN.

Como anteriormente mencionado, a colina é suplementada na forma protegida no rúmen e, durante o período de transição, também pode ser utilizada para contribuir na redução dos riscos de retenção de placenta e mastite. Alguns estudos também mostraram efeitos positivos no pós-parto com relação à ingestão de matéria seca, gordura, proteína e até mesmo na produção de leite - o que é significativo durante esse período, já que os animais normalmente apresentam queda de consumo. No entanto, o desempenho com essa suplementação está estreitamente relacionado à metionina metabolizável, e conforme aumenta sua concentração os benefícios da colina sofrem redução.

Um aditivo imunoestimulante que também tem sua importância neste período é o β-caroteno, um nutriente conhecido como carotenóide, que pode ser convertido em vitamina A e tem função antioxidante. Com a sua suplementação, há aumento da resposta proliferativa dos linfócitos e aumento da capacidade fagocítica dos neutrófilos, influenciando positivamente na saúde e imunidade dos animais. Um trabalho realizado por Oliveira et al em 2015, mostrou que a suplementação pré-parto de vacas multíparas com β-caroteno foi associada a uma menor incidência de retenção de placenta.

 

Figura 1 . Curva de sobrevida para o tempo pós-parto da liberação da placenta para vacas multíparas nos tratamentos controle ( , n  = 107) ou β-caroteno (, n = 106). A mediana e o intervalo de confiança de 95% foram 392 min (340 a 440) para o β-caroteno e 490 min (395 a 540) para o controle. LogRank P = 0,05 e Wilcoxon P = 0,04. Fonte: Oliveira et al. (2015)

Outra estratégia interessante de imunonutrição é a suplementação de leveduras durante o período de transição. Trabalhos publicados mostram que a adição de leveduras neste período influenciou positivamente o Balanço Energético e Proteico. Através desse fornecimento, foi possível obter menores níveis de ácidos graxos não esterificados durante o periparto, sendo capaz de aumentar a digestibilidade das fibras e a utilização do amido.

A adição de leveduras, micro-organismos fermentadores de carboidratos e que possuem em sua parede celular estruturas importantes como o β-glucano, também tem ação benéfica em períodos de estresse e alto desafio, pois é capaz de ativar as células de defesa e fortalecer a resposta imunológica. Pesquisas demonstraram que vacas suplementadas com leveduras durante o período de transição tiveram um aumento na produção de leite, menor contagem de células somáticas e menor incidência de mastite clínica e subclínica. Estas últimas sendo explicadas devido ao fato das leveduras possuírem em sua composição os β-glucanos que são capazes de ativar as células T nas células do intestino, melhorando a capacidade de respostas aos antígenos. Estas células T ativadas são capazes de responder a vários outros patógenos frequentes que afetam a imunidade e metabolismo dos bovinos leiteiros.

Pensando ainda em aprimorar a resposta imunológica desses animais, especialmente no período de transição, outra abordagem se caracteriza pela associação de certas vitaminas e minerais na nutrição do rebanho. As vitaminas possuem papel de cofatores nas reações metabólicas, aumentam a eficiência tanto dos sistemas no organismo quanto da função imunológica e resistência contra infecções. Já os minerais possuem diversas funções, atuando por exemplo no metabolismo da energia, como constituintes estruturais, componentes enzimáticos e regulatórios.

Sabemos que o cálcio é de enorme importância na produção leiteira, principalmente no pós-parto - onde pode ocorrer a hipocalcemia clínica ou subclínica, que caracteriza a queda abrupta do cálcio sanguíneo devido às altas demandas no pós parto imediato (podendo predispor, inclusive, a mastites e metrites). No entanto, além da importância fisiológica desse macronutriente, estudos nos mostram que a atuação do cálcio no organismo é comprovadamente mais complexa. Intracelularmente, o cálcio está envolvido na proliferação, diferenciação e motilidade celular, atua como segundo mensageiro e cofator enzimático (KIMURA et al., 2006), além de participar na sinalização de células do sistema imunológico.

Explicamos: quando o microrganismo entra em contato com o tecido, uma cascata de sinalizações é desencadeada entre as células do sistema imunológico do animal, e tudo isso com um único objetivo, que é eliminar aquele fator agressivo ao organismo (patógeno). Porém, para que esse mecanismo seja ativado, é necessário que haja um influxo de Ca2+ para dentro das células fagocíticas. Essa atividade do Ca é de extrema importância nessas células (polimorfonucleares e macrófagos residentes), e se mostra de grande valor quando o assunto é uma maior e melhor proteção do animal.

Estudos sugerem ainda que a suplementação com zinco, selênio e cobre  associados à vitamina E evitam a formação de radicais livres, o que minimiza efeitos negativos (como a degradação celular). Já outros estudos demonstraram que a suplementação com o selênio teve relação com menores incidências de mastites clínicas nos animais, teoricamente explicado pelo fato do micromineral suplementado, tornar os neutrófilos mais eficientes na fagocitose dos microrganismos invasores da glândula mamária.

A vitamina A, o ferro e o zinco também desempenham um importante papel imunológico, e quando há deficiência destes, ambas as respostas imunes são afetadas (principalmente os leucócitos e as células fagocitárias). Na deficiência de ferro, a produção de citocinas fica comprometida e as células T (linfócitos) são afetadas negativamente, bem como a capacidade fagocitária dos neutrófilos. Já a falta de zinco no organismo pode acarretar a diminuição da produção de imunoglobulinas (anticorpos que neutralizam os antígenos/patógenos). Sobre a carência de vitamina A no organismo, a resposta imune é afetada de forma a diminuir a fagocitose, além de reduzir a produção de alguns anticorpos e antígenos (SARNI, et al., 2010).

Uma nutrição adequada beneficia o sistema imunológico da vaca, preparando-a para um período de estresse como é o período de transição. Uma transição bem feita com o auxílio de aditivos imunoestimulantes e minerais prepara o animal para exibir seu potencial reprodutivo/produtivo máximo e, consequentemente, aumenta a lucratividade da fazenda leiteira, garantindo ótimos resultados e saúde para o animal. Mas vale ressaltar que é necessário um manejo alimentar adequado com dieta balanceada para que esses componentes possam funcionar e os mesmos devem ser escolhidos especificamente de acordo com o objetivo da fazenda (importante que essa avaliação e recomendação seja feita por um técnico), uma vez que gerará um custo. Apesar disso, o benefício pode ser maior quando usado de forma adequada e específica para atender o que se deseja (imunidade, saúde e desempenho dos animais, qualidade da dieta, qualidade do produto final, etc).

Sabemos que minimizar os distúrbios metabólicos e a incidência de doenças é um passo importante quando pensamos em maximizar o potencial produtivo, melhorar o bem-estar e a saúde dos animais, diminuir gastos e, consequentemente, aumentar a rentabilidade da atividade. Dessa forma, o estudo inicial de imunomoduladores na nutrição de bovinos leiteiros representa efeitos positivos na cadeia produtiva do leite, principalmente quando direcionados para utilização em períodos de estresse - como o período de transição enfrentado pelo animal antes de cada nova lactação.

Este artigo foi escrito por membros do UFLALEITE - Grupo de Apoio à Pecuária Leiteira. Para saber mais, acesse @uflaleite.

 

Referências

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