A Nova Zelândia detém um terço do comércio global de lácteos e praticamente metade do mercado mundial de manteiga. São mais de 3,8 mil produtos à base de laticínios exportados para mais de 100 países todos os meses. Essa informação, assim dessa forma, pura e simples, já coloca a pecuária leiteira neozelandesa em uma posição de destaque no cenário mundial. Mas o quadro fica ainda mais interessante quando se entra nos detalhes.
O primeiro ponto é que esse resultado começa a ser construído a partir da profunda conexão dos produtores com a terra e os recursos naturais, e que foi ampliada para o ambiente técnico e científico. Há muito tempo o setor lácteo da Nova Zelândia é marcado pelo estímulo à pesquisa e à inovação, com investimentos robustos em educação, genética e saúde animal, produção de sementes, equipamentos agrícolas, sistemas de rastreabilidade e tecnologia de gerenciamento de pastagens.
Foi assim que os neozelandeses construíram sistemas de produção altamente competitivos e eficientes, baseados principalmente no manejo a pasto. Os animais pastejam durante o ano todo, com um cuidadoso planejamento de intensidade de lotação e rotação e programas de renovação dos pastos, envolvendo a escolha minuciosa das cultivares mais adequadas e a aplicação correta de adubos.
A Nova Zelândia está na vanguarda do manejo de sistemas de produção a pasto, e por isso se tornou líder mundial em eficiência e baixo custo na conversão de pastagem em proteína e em tudo o que envolve a atividade. Fator altamente favorável desse conceito é o amplo potencial de adaptação da tecnologia de sistemas de pastagem utilizada pelos neozelandeses a outros ambientes, em diferentes localizações geográficas e condições climáticas. Diversos exemplos dessa aplicação, com resultados positivos comprovados, podem ser vistos na América Latina, em países como Brasil, Chile, Argentina e Uruguai.
Tudo isso é possível também pelos avanços alcançados com o melhoramento genético do rebanho leiteiro da Nova Zelândia, composto por 5 milhões de vacas e com predominância das raças Holandesa e Jersey. Por apresentarem algumas características específicas, o gado de leite neozelandês ficou conhecido como “gado kiwi”. Um desses diferenciais, por exemplo, é que nenhuma propriedade tem animais de estatura muito elevada, o que reduz o consumo de comida, mas sem perdas de produtividade.
A soma desses e de outros fatores impacta diretamente na melhoria da qualidade de vida do produtor. O desenvolvimento tecnológico contribui para que exista uma gestão mais inteligente da rotina de trabalho e do negócio em si. Os sistemas tecnológicos permitiram, por exemplo, que uma ordenha de 400 vacas por hora pudesse ser tocada por apenas uma pessoa. É bem verdade que a rotina da fazenda não espera, mas com um modelo de gerenciamento moderno e eficiente o pecuarista consegue atender as demandas da propriedade e do rebanho sem deixar de lado a sua rotina além do campo.
Neste canal vamos apresentar empresas e tecnologias neozelandesas, além de estudos de caso de agricultores do Brasil e da América Latina, que adotaram o sistema de pastejo neozelandês de forma parcial ou completa e os resultados, desafios e sucessos alcançados.
Também destacaremos as soluções de classe mundial das empresas neozelandesas que estão ajudando a agricultores em todo mundo serem mais eficientes, como:
PECUÁRIA: Abaccus Bio, Datamars, Gallagher Animal Management, QCONZ, Shoof
SEMENTES: PGG
TECNOLOGIAS: Nui Markets, Oritain, MilkTech