Enquanto no Sul do país produtores rurais contabilizam as perdas causadas pela seca, em Tocantins, o problema é o excesso de chuvas. O governo local decretou situação de emergência no Estado em razão de enchentes, inundações e alagamentos.
O governador Wanderlei Barbosa disse que o decreto vai agilizar o socorro aos municípios afetados. "Nós precisamos agir rápido, com decisões seguras, que garantam o socorro às famílias desabrigadas e aos municípios impactados, prestando o auxílio necessário para amenizar os impactos causados pelas fortes chuvas. Com o decreto, teremos segurança e estaremos preparados para qualquer situação", destacou, em nota
Segundo o diretor da Associação dos Produtores de Soja do Tocantins (Aprosoja-TO), Maurício Buffon, as chuvas na região estão muito acima do normal.
Ainda não é possível contabilizar prejuízos, mas várias lavouras foram afetadas pelo grande volume de água no Estado. "Teremos, sim, perdas por falta de enchimento de grão. A soja que será colhida no fim de janeiro e começo de fevereiro recebeu muita chuva e terá um peso de grão abaixo do normal", relatou.
"Já encontramos várias lavouras com pontos de alagamentos, onde não entrarão máquinas. Mas ainda não conseguimos quantificar o tamanho das perdas", afirmou. Segundo Buffon, a média anual de chuvas em Tocantins gira em torno de 1,6 mil a 1,8 mil milímetros, concentrados entre setembro e maio. Até o momento nesta temporada, contou, já choveu mais de 2 mil milímetros no Estado. "Ainda estamos em janeiro. No dia 15 de dezembro, já havia chovido 1,5 mil milímetros, praticamente o volume médio de todo o ano"
Cheia do Rio Tocantins em Miracema do Tocantins — Foto: Secom-TO/divulgação
As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela equipe MilkPoint.