A produção de leite das cinco principais regiões exportadoras, que incluem União Europeia (UE-28), Argentina, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos em fevereiro, aumentou 2,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior, com uma média de entregas de 800 milhões de litros por dia, segundo a Agriculture and Horticulture Development Board (AHDB). Estas cinco regiões representam mais de 65% da produção mundial de leite e cerca de 80% das exportações mundiais de produtos lácteos.
O clima desfavorável desacelerou o crescimento da produção média diária na UE-28, mas mesmo assim, o aumento foi de 4% e 6% em relação ao ano anterior (desde setembro). A maioria das principais regiões produtoras registrou um aumento interanual na produção, com exceção da Nova Zelândia, que registrou queda nas entregas de 2,3%. De acordo com um relatório do Rabobank, os preços do leite ao produtor foram reduzidos na maioria das regiões exportadoras e teriam caído em até 15% em algumas áreas desde o início de 2018.
O crescimento da oferta de leite está superando a demanda de importações e isso pode continuar acontecendo no segundo trimestre. Como resultado, o aumento nos preços mundiais de commodities seria limitado e poderia causar alguma pressão de queda nos preços.
Do lado positivo dos preços mundiais, os importadores poderiam começar a acelerar as compras para obter cobertura de estoque de curto prazo, com expectativa de uma mudança no saldo na segunda metade de 2018.
As informações são do Agrodigital, traduzidas pela Equipe MilkPoint.