IMEA divulga preço do leite ao produtor no MT

Em jan.23, o preço médio do leite pago ao produtor em MT fechou em R$2,21/l, queda de 0,97% ante o mês anterior, no entanto, o preço do leite na média Brasil, segundo o Cepea, ficou em R$ 2,66/l, aumento de 5,57% no comparativo mensal.

Assim, a diferença entre as cotações de MT com o BR foi de R$ 0,46/l. Esse alargamento no diferencial de base (DB) é comum na série histórica, visto que a forte concorrência das indústrias presentes nas maiores bacias leiteiras do país acarreta na disputa para adquirir leite no campo, o que impulsiona o preço pago aos produtores na média Brasil.

No entanto, a oferta limitada de leite no Brasil resultou no avanço da cotação da matéria-prima em período de safra, movimento atípico no setor lácteo, o que aumentou o DB de MT-BR em 16,05% comparado com o valor de jan.22 (R$ 0,39/l). A expectativa para os próximos meses é de preços mais afastados entre MT e BR. 

• Cresceu: com oferta de leite limitada e alta concorrência pela matéria-prima, o preço da manteiga em jan.23 ficou cotada a R$ 31,08/kg, aumento de 3,81% ante a dez.22.
   
• Caiu: com alta no preço do leite no campo e queda no caroço de algodão, a relação de troca (RT) entre eles recuou 2,53% ante o mês anterior e registrou 580,50 l/t em jan.23.
   
• Subiu: mesmo em período de safra, o volume de leite captado no país seguiu limitado em jan.23, o que impulsionou as importações de lácteos em 5,03% e totalizaram US$ 76,97 mi.
   

Em 2022, os preços do leite no campo atingiram altos patamares nos principais países produtores e consumidores do mundo.

O preço pago ao produtor de leite nos Estados Unidos subiu 36,74% em 2022 ante a 2021 e fechou na média de US$ 0,56/l. Essa alta esteve atrelada aos altos patamares do custo de produção, visto que os principais insumos utilizados na alimentação animal também se elevaram nesse período. Ademais, na União Europeia, os preços médios pagos aos produtores de leite atingiram os patamares do Brasil, e fecharam em US$ 0,52/l em 2022.

O cenário altista foi reflexo da menor produção de leite durante o ano, somada aos aumentos inflacionários e do custo de produção em ambos os países, o que alavancou os preços do leite no campo. Em contrapartida, a Nova Zelândia, o Uruguai e a Argentina exibiram preços competitivos no cenário mundial, com média de US$ 0,45/l. US$ 0,42/l e US$ 0,38/l, respectivamente, o que incentivou as exportações desses países no período.

As informações são do IMEA.