A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) ficou em 4,10% em maio, contra 1,51% em abril e acumulando alta de 14,39% no ano e de 37,04% em 12 meses, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em maio de 2020, o índice havia subido 0,28% e acumulava alta de 6,51% em 12 meses.
A variação ficou acima da mediana das estimativas de 27 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de 3,97%, com intervalo das projeções indo de 3,21% a 4,65%. “Os preços de commodities importantes voltaram a pressionar a inflação ao produtor."
Em maio, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) avançou 5,23%, sob forte influência dos aumentos registrados para minério de ferro (de -1,23% para 20,64%), cana-de-açúcar (de 3,43% para 18,65%) e milho (de 8,70% para 10,48%).
"Essas três commodities responderam por 62,9% do resultado do IPA, cuja taxa foi de 5,23%”, afirmou André Braz, coordenador dos Índices de Preços da FGV, em comentário no relatório. Com peso de 60%, o IPA subiu 5,23% em maio, ante 1,84% em abril.
O estágio das matérias-primas brutas subiu 10,15% em maio, após variar 1,28% em abril. Contribuíram para o avanço da taxa do grupo os seguintes itens: minério de ferro (-1,23% para 20,64%), cana-de-açúcar (3,43% para 18,65%) e soja em grão (1,23% para 3,74%).
Em sentido oposto, destacam-se os itens bovinos (3,09% para 0,41%), leite in natura (2,08% para 1,24%) e laranja (-1,78% para -4,16%). Com peso de 30%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,61% em maio, ante 0,44% em abril. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação.
As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela Equipe MilkPoint.