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USP: óleos essenciais de tomilho e de orégano reduzem metano emitido pelo gado

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 09/05/2019

3 MIN DE LEITURA

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Além de proporcionar sabor aos pratos de renomados chefes da cozinha brasileira, o orégano e o tomilho ganharam outra funcionalidade. O óleo essencial extraído dessas duas ervas poderá ser utilizado como suplemento nutricional para bovinos a fim de reduzir a produção de gás metano (CH4) pelos animais. A pesquisa com gado da raça Nelore foi feita na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Os ensaios foram feitos in vitro e in vivo e utilizaram dez diferentes óleos essenciais, mas os menores índices de produção de gás metano estiveram associados ao tomilho e ao orégano, relata a zootecnista Gabriela Benetel, autora da pesquisa. Nas análises in vitro, houve cerca de 75% de redução da produção de gases acumulados em condições ruminais, ou seja, em situação semelhante ao que aconteceria com o animal em seu processo digestivo. Isso aconteceu porque os óleos essenciais são potenciais aditivos naturais para uso de alimentação animal pois apresentam propriedades antibacterianas, antifúngicas e antioxidantes, “melhorando a qualidade da digestão animal e favorecendo a fermentação. Os ruminantes são uma das poucas fontes produtoras de CH4 que podem ser manipuladas”, explica.

O gás metano é exalado pelos animais ruminantes (bois, ovelhas, búfalos, camelo, entre outros) pelo “arroto” juntamente com a respiração e pelas flatulências, resultado de um complexo processo digestivo. Inicialmente, os alimentos captados na boca são superficialmente mastigados e enviados ao rúmen e ao retículo (cavidades digestivas animais). Em seguida, o bolo alimentar é regurgitado e retorna à boca por meio de contrações musculares, sendo mastigado novamente e deglutido, indo para as cavidades omaso e abomaso.

Os experimentos com os animais foram feitos a partir da análise de amostras obtidas na cavidade do rúmen, a região abdominal onde o bolo alimentar sofre fermentação pela ação de bactérias, protozoários e fungos e também há a produção de grande quantidade de gases, entre eles o metano. Na ração dos animais, composta de 70% de silagem de milho e 30% de concentrado à base de milho e farelo de soja, foram adicionados 3 mililitros (ml) de óleo essencial por quilo de alimento oferecido aos bois.

A quantificação de CH4 foi determinada por cromatografia (técnica analítica para separação de misturas químicas). In vivo, a concentração adotada (3 ml por kg de ração) não foi suficiente para gerar mudanças substanciais com relação à produção de gás metano como aconteceu em laboratório, mas, segundo a pesquisadora, é “uma questão de ajuste na dosagem, o que confirmaria as respostas obtidas in vitro”, diz. Nem sempre os resultados favoráveis in vitro se repetem in vivo porque os óleos essenciais podem apresentar cheiro e gosto acentuados, o que pode dificultar a aceitação animal, segundo o estudo.

In vitro, os óleos de tomilho e orégano “foram imbatíveis para uso em dieta de bovinos com objetivo de redução da produção ruminal de CH4” quando comparados a outros óleos, como anis-estrelado, melaleuca, cravo botão, gengibre e outros. 

Segundo a zootecnista, os resultados dessa pesquisa são importantes no debate de assuntos de impacto ambiental e atividade pecuária. Segundo o estudo, o Brasil possui o maior rebanho comercial do mundo, com 219 milhões de cabeças, e cerca de 13,4% do rebanho mundial. E, apesar da reconhecida importância, o País vem sendo criticado por emitir quantidades significativas de gases de efeito estufa: dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O). No caso do metano, o Brasil é o maior emissor mundial.

Alguns estudos mostram que o uso de antibióticos também é eficaz para diminuir gases produzidos pelos ruminantes, porém, as exigências do mercado internacional de exportação de carne são rigorosas e primam por uma carne produzida com menos interferências do gênero possível. A preocupação é que haja resíduos no leite e na carne, além de haver maiores probabilidades de resistência bacteriana aos antibióticos usados pelos humanos,  conclui Gabriela.

As informações são do Jornal USP.

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