O Índice de Produção Agroindustrial Brasileira (PIMAgro) calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro) encerrou abril com variação negativa de 2,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, pressionado por uma redução da produção física do grupo de produtos alimentícios e bebidas (2,9%).
O indicador é calculado com base em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV.
Segundo levantamento recém-concluído, os produtos não-alimentícios fecharam abril em queda de 1,3% na comparação com o mesmo mês de 2018. Nesse grupo, o segmento têxtil é o mais importante, seguido por produtos florestais, insumos agropecuários, fumo, borracha e biocombustíveis.
No grupo de produtos alimentícios e bebidas, os primeiros registraram queda de 4,8%, mas as bebidas tiveram variação positiva de 5,1%. Os produtos alimentícios se dividem entre os de origem animal e vegetal, ao passo que as bebidas incluem alcoólicas e não-alcoólicas.
O FGV Agro lembra que, dado o peso dos setores de alimentos e bebidas na composição do PIMAgro, o comportamento do indicador costuma acompanhar a evolução da indústria em geral.
No primeiro quadrimestre, o PIMAgro registrou baixa de 1,6% na comparação com igual intervalo de 2018. Assim, o braço da FGV passou a esperar que a produção agroindustrial do país em 2019 varie de uma retração de 0,56% a um incremento de 3,41%.
"Contudo, para que as projeções fiquem mais robustas, é fundamental observar os números de maio, que serão divulgados no próximo mês, uma vez que o setor foi fortemente impactado, no ano passado, pela greve dos caminhoneiros", avalia o FGV Agro.
As informações são do jornal Valor Econômico.