ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Frigoríficos e laticínios 'devem' metas de emissão de metano

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 27/10/2021

3 MIN DE LEITURA

0
0

Empresas globais de proteínas animais, como as brasileiras JBS e Marfrig, precisam avançar nos planos de redução de seu impacto climático porque não têm objetivos específicos para emissões de metano. Essa foi conclusão das organizações Changing Markets Foundation e Feedback, que analisaram as metas climáticas das 20 maiores empresas de carnes e leite do mundo.

A fermentação entérica de animais como as vacas responde por 32% das emissões de metano, gás que tem um impacto 86 vezes maior que o carbono, por unidade de massa, no aquecimento global.

As organizações analisaram 11 indicadores, incluindo a existência e a ambição das metas de emissões de gases de efeito estufa, objetivos específicos para metano, divulgação ou não da “pegada de metano” e investimentos em proteínas alternativas.

Em uma escala de 0 a 100, a JBS recebeu nota 9,6 e ficou em 10º lugar, enquanto a Marfrig recebeu nota 11,2, na 7ª posição. No segmento de lácteos, as múltis Nestlé e Danone, que têm forte presença no Brasil, tiveram notas 34,6 e 30,2, respectivamente, e lideraram o ranking. Mas nenhuma das 20 companhias analisadas apresentaram, até agora, metas específicas para o metano.

O relatório observa que a JBS não detalhou em seu plano ambiental a redução das emissões no escopo 3 do Protocolo GHG, que abrange as emissões do gado, apesar da meta de se tornar “carbono neutra” alinhada à iniciativa Science Based Targets (SBTi). Sua nota também foi afetada pela não divulgação do estado das emissões de metano nem de um plano para o gás. Em contrapartida, pesou a favor do grupo o aporte de US$ 409 milhões, em abril, na compra da Vivera, líder global em plant based.

Já a nota da Marfrig foi prejudicada pelo fato de a companhia não ter meta climática baseada na SBTi, objetivo para emissões de metano e também por não divulgar o estado atual da liberação desse gás. Porém, sua classificação foi favorecida pela adoção de esforços para a redução das emissões de metano e pela joint venture com a ADM na PlantPlus Foods, também de plant based.

O metano entrou no foco com a divulgação, em abril, de um relatório do Programa Ambiental da ONU (Unep) que indicou já ser possível reduzir as emissões de metano em 180 milhões de toneladas por ano até 2030, o que impediria o aquecimento global em 0,3ºC até 2040.

O relatório ensejou uma iniciativa dos EUA e da União Europeia - o Compromisso Global de Metano - que prevê a redução das emissões do gás em 30% até 2030 ante 2020. Já há adesões de 30 países, mas o Brasil ainda está de fora. Há expectativa de mais adesões até a COP26. Mas, segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), é preciso uma redução de 45% nas emissões de metano até 2030 para limitar o aquecimento global a 1,5ºC.

Cientistas avaliam que cortar as emissões de metano é um bom caminho para conter o aquecimento, já que o gás fica menos tempo na atmosfera - até 12 anos, enquanto o carbono permanece por séculos.

“Estamos trabalhando na definição de KPIs claros para nossa estratégia de descarbonização. O plano de metas baseadas na ciência para chegar ao objetivo Net Zero 2040 está sendo desenvolvido com critérios estabelecidos pela SBTi”, disse a JBS, em nota. A empresa afirmou que está construindo um plano de avaliação das emissões do escopo 3 e, sobre as emissões de metano na cadeia bovina, afirmou que se trata “de um desafio setorial, em que ainda há muita desinformação e ausência de estudos conclusivos” - embora esteja trabalhando para mitigá-las.

O diretor de sustentabilidade da Marfrig, Paulo Pianez, afirmou que a companhia submeteu há pouco tempo seu plano de redução de emissões ao SBTi, e que a companhia “provavelmente” ainda terá meta específica para o metano.

Ele ressaltou que, se retirado o efeito do desmatamento, o metano responde por cerca de 95% das emissões do escopo 3, para o qual a Marfrig tem meta de redução de 33% até 2035, ante 2019. Pianez disse que a estratégia para reduzir as emissões do escopo 3 envolve incentivo à intensificação da pecuária, melhoria genética, e aditivos alimentares.

Também procuradas, Nestlé e Danone afirmaram que não tiveram tempo de analisar os resultados.

As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela equipe MilkPoint. 

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures