Na regional de Ijuí, a produção de leite segue estável, mas já apresenta queda da produtividade dos animais com predomínio da alimentação por pastagens, devido à diminuição da oferta da forragem de qualidade. Aumentou o fornecimento de forragem conservada (silagem e feno) para compensar a diminuição da produção das pastagens anuais.
Na de Soledade, azevém tetraplóides sob manejo adequado mantém a oferta de pastagens na maioria das propriedades produtoras de leite.
No baixo Vale do Rio Pardo áreas de tifton, jiigs e principalmente kurumi já tem certa contribuição. Essas espécies iniciaram o processo de brotação ainda em agosto favorecidas pela elevação da temperatura média diária.
No Alto da Serra do Botucaraí, as espécies perenes de verão iniciam a brotação. Inicia a semeadura de espécies anuais de verão (capim sudão, milheto e sorgo) em Tio Hugo. As áreas de forrageiras destinadas a silagem (aveia, trigo e triticale) estão com sanidade e potencial de produtividade satisfatórios; a maioria na fase de floração. O tempo chuvoso prejudica a prática de produção de feno e silagem. Segue-se a semeadura de milho para silagem.
Em Tio Hugo e Mato Leitão, o milho do cedo está em crescimento e desenvolvimento, com estande de plantas satisfatório. Em algumas áreas é realizada a adubação em cobertura em áreas onde a cultura possui em torno de cinco folhas completas. A condição nutricional dos rebanhos leiteiros continua adequada. Continua boa a oferta de pastagens de inverno nas propriedades leiteiras. Neste período ocorre um aumento de produção do leite, em virtude da ampliação da oferta de pastagens verdes de qualidade. O fornecimento de silagens e fenos continuam altos em algumas regiões.
Na regional de Santa Rosa, o aumento da oferta de forragens a campo, tem refletido diretamente no maior volume de leite produzido, possibilitando utilizar ração com menores índices de proteína e também reduzir o fornecimento de alimentos como feno e silagem.
Na de Caxias do Sul, alguns produtores relataram problemas com a consistência do esterco, devido ao alto consumo de pasto de inverno, de elevada qualidade nutricional, mas que não foi realizado o ajuste da dieta dos animais. Muitos ainda mantêm o consumo de ração de alta proteína, mesmo com o maior consumo de pasto. Produtores que conseguiram aumentar os horários de pastejo e manejaram adequadamente a altura e lotação animal, obtiveram bons resultados em produtividade e redução de custos.
A condição sanitária dos animais de maneira geral continua satisfatória. A maioria dos produtores está conseguindo se enquadrar nos níveis de qualidade do leite exigidos, apresentando bons resultados de contagem de células somáticas e contagem bacteriana total, devido a realização das boas práticas de manejo de ordena.
Na regional de Caxias do Sul, a qualidade do leite, com base na Contagem Padrão em Placas (CPP), Sólidos, Gordura e outros componentes se manteve dentro das normativas do MAPA. Entretanto, diversos produtores ainda com dificuldades em controlar a CCS em seus rebanhos. Alguns produtores precisam descartar animais com recorrência de mastites para amenizar a influência destes problemas na qualidade do leite.
As informações são da Emater/RS, adaptadas pela equipe MilkPoint.
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