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Em disputa com a China, Trump pode causar caos nos mercados agrícolas

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 14/05/2019

3 MIN DE LEITURA

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Os Estados Unidos podem causar mais confusão nos mercados, afetar outros exportadores agrícolas e continuar a atropelar regras internacionais caso prospere um plano de Donald Trump de ajuda a agricultores americanos em meio à guerra comercial com a China.

Depois do fiasco das negociações da semana passada em Washington, Trump prometeu utilizar parte da arrecadação com sobretaxas impostas contra importações procedentes da China para comprar grãos e outras commodities de produtores americanos afetados pelo conflito e enviar a mercadoria para "países pobres e famintos" como ajuda humanitária.

O presidente americano sugeriu num tuíte que o governo poderia comprar US$ 15 bilhões de produtos agrícolas americanos, valor bem acima dos US$ 9,2 bilhões exportados para a China em 2018.

Para analistas, o plano de Trump pode demorar meses para ser implementado. Sobretudo causaria caos nos mercados internacionais e faria pouco para aliviar dificuldades de produtores que já enfrentam o resultado de anos de excesso de produção e preços baixos.

Pequim anunciou retaliação contra produtos americanos a partir de 1º de junho, e a expectativa é de que suspenda compras de vários produtos agrícolas americanos, produtos de energia e compras de aviões da Boeing.

No ano passado, o governo de Trump já tinha anunciado US$ 12 bilhões de ajuda direta aos produtores americanos que viram repentinamente o mercado chinês fechar para eles. Cerca de US$ 1,2 bilhão desse montante foi gasto com compra de commodities para bancos de alimentos e programas alimentares de escolas.

Agora, a Casa Branca pode causar mais conflito com outros exportadores agrícolas e também desestabilizar produtores regionais e de países que Trump apresenta como "famintos", na medida em que não teriam como competir com os produtos prometidos pelo presidente.

"Um grande fluxo de produtos de fora nesses mercados pode ter sérias implicações, é muito disruptivo para as economias locais", disse Darci Vetter, ex-negociador-chefe agrícola dos EUA no governo de Barack Obama, a jornais americanos.

Além disso, um acordo dos EUA e os outros membros da Organização Mundial do Comércio (OMC), assinado em 2015 no Quênia, definiu que ajuda alimentar humanitária não poderia ser vinculação direta ou indiretamente a exportações comerciais.

Em pleno confronto, a China aproveitou, nesta última segunda-feira (13), para acusar os EUA de adotar políticas que ameaçam a existência da Organização Mundial do Comércio (OMC). Num documento de oito páginas, Pequim praticamente repete propostas para reforma da OMC, e sobretudo ataca Washington por "subida do unilateralismo e protecionismo", sem citar uma só vez nominalmente a maior economia do mundo.

A China reclama de "abuso" no uso da exceção de segurança nacional para adotar barreiras ao comércio, como fez Trump no caso de sobretaxas nas importações de aço e alumínio. Menciona também "mau uso" de instrumentos de defesa comercial que, segundo Pequim, afetaram as regras internacionais e o comércio aberto e interesses de outros países.

Entre as áreas para ação na OMC, a China defende quebrar o impasse sobre a nomeação de novos juízes do Órgão de Apelação, espécie de corte suprema para resolver conflitos no comércio global. Defende endurecimento de disciplinas para refrear o que chama de abusos no uso da exceção de segurança nacional. Também defende um reequilíbrio nas regras para o comércio agrícola, sinalizando com os subsídios que países ricos concedem a seus produtores.

Para certos negociadores, a posição da China na verdade não evoluiu, e mesmo a proposta sobre o Órgão de Apelação não é mais defendida pela União Europeia, que a tinha apresentado com Pequim. O documento apresentado nesta segunda na OMC pareceu mais uma tentativa de ocupar o terreno do ataque contra os americanos na mídia.

Ajuda humanitária

Na semana passada, Trump chegou a prometer que os EUA comprarão mais produtos agrícolas de produtores rurais do país e enviarão alimentos a países pobres como ajuda humanitária, iniciativa que pode sofrer resistência na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Caso seja oficializado, o pacote de ajuda aos produtores rurais americanos será o segundo provido pelo governo Trump. Em julho do ano passado, um primeiro pacote de US$ 12 bilhões foi anunciado, também com a justificativa de proteger os agricultores do país em meio à guerra comercial com a China.

As informações são do jornal Valor Econômico.

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