Nenhum alimento pode ser produzido sem algum impacto no meio ambiente ou emissões de gases de efeito estufa (GEE). Mas simplesmente olhar para os GEEs sem considerar a nutrição fornecida pelos alimentos pode deixar um quadro distorcido.
Um estudo (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20806074) realizado pelo Department of Public Health and Caring Science da Universidade de Uppsala, na Suécia, tenta analisar tanto a densidade de nutrientes de um alimento quanto a quantidade de GEEs necessários para produzi-lo. O estudo cria um índice de Densidade Nutricional para o Impacto Climático (NDCI), que analisa 21 nutrientes essenciais em alimentos em relação às emissões de GEE criadas na produção dos alimentos.
O leite ficou no topo, com uma classificação de índice NDCI de 0,54. "Devido à baixa densidade de nutrientes, o índice NDCI foi 0 para água, refrigerantes e cerveja, e abaixo de 0,1 para o vinho tinto e bebida vegetal de aveia", dizem os autores. O suco de soja ficou em 0,25 e o suco de laranja em 0,28. Lobistas anti-lácteos têm pressionado contra as conclusões do estudo.
Mas a conclusão dos autores leva a raciocinar: “futuras discussões sobre como as mudanças nos padrões de consumo de alimentos podem ajudar a evitar as mudanças climáticas precisam levar em conta tanto as emissões de GEE quanto a densidade de nutrientes de alimentos e bebidas”, dizem eles.
As informações são do Farm Journal & MILK Magazine, traduzidas pela Equipe MilkPoint.