O governador Fernando Pimentel se reuniu neste sábado (16/6), em São Roque de Minas, Território Sudoeste, com produtores de queijo canastra de diversas regiões do estado, que participaram da 11º edição do Concurso Estadual de Queijo Minas Artesanal. O evento integra o Festival do Queijo Canastra, realizado entre os dias 15 e 17 de junho, em São Roque de Minas, que tem como objetivo incentivar e divulgar a produção do queijo artesanal no estado.
Promovido pelo Governo de Minas Gerais por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), da Emater-MG, do Programa +Gastronomia e da Prefeitura de São Roque de Minas, o concurso premiou 31 produtores das regiões de Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Serra do Salitre, Serro e Triângulo Mineiro, nas categorias Super Ouro, Ouro, Prata e Bronze. Os queijos classificados foram avaliados por uma comissão especializada, que levou em consideração critérios como a apresentação, cor, textura, consistência, paladar e olfato. Ao todo, 150 produtores participaram do concurso em sete etapas classificatórias nas regiões produtoras.
Fernando Pimentel ressaltou a importância e a qualidade do queijo artesanal produzido no estado. “Hoje nós estamos aqui em São Roque de Minas para celebrar o Festival dos Queijos Artesanais, prestigiando o Baltazar, de Serra do Salitre, que ganhou o primeiro lugar no concurso estadual. Não é pouca coisa, porque queijo bom a Serra da Canastra tem muito, mas o dele já ganhou pela terceira vez, e por isso é especial. Parabéns para ele e para Minas Gerais, que está dando um show com queijos premiados no mundo inteiro”, afirmou o governador.
Há 14 anos produzindo queijos na Serra do Salitre, o vencedor da categoria Super Ouro - que selecionou o melhor queijo dentre os premiados na categoria Ouro - José Baltazar da Silva conta que a produção de queijo transformou a sua realidade social e que o governo mineiro, por meio da Emater-MG, foi fundamental para que ele pudesse estruturar a produção.
“Antes, eu não tinha condições de produzir um queijo de qualidade e de sustentar a minha família. A Emater me ajudou a pensar em toda a produção do queijo, como fazer um curral, o barracão da ordenha, a casa de queijos e manter um padrão de qualidade. Hoje, eu tento fazer um trabalho diferenciado e, por isso, fico muito feliz pelo fato de o meu queijo já ter sido premiado por três vezes. Isso mostra que a qualidade dele é boa e que é gostoso”, disse o produtor.
Outro critério importante para a seleção é que todos os participantes do concurso sejam cadastrados junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) ou registrados no Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA). Desde o ano passado, os concursos regionais para seleção dos melhores queijos passaram a ser considerados etapas classificatórias para o concurso estadual.
Valor econômico e histórico
O presidente da Emater-MG, Glênio Martins, destacou a importância do estado na produção de queijo. Segundo ele, Minas é responsável por 25% de toda a fabricação do produto no país, com mais de 30 mil queijarias. “Nós estamos aqui celebrando não só as melhores experiências, práticas e sabores dos queijos, mas também celebrando o movimento do estado nos últimos três anos de constante avanço na assistência técnica, na pesquisa e em novas dinâmicas de fiscalização dos produtos. E, com isso, a gente também comemora a conquista de novos mercados pelo queijo mineiro”, disse.
Dos cerca de 30 mil produtores de queijos artesanais no estado, cerca de 9 mil são de queijo minas artesanal em sete regiões tradicionais, caracterizadas e reconhecidas. A produção aproximada dessas regiões é de 50 mil toneladas por ano. Em 2018, foi desenvolvido um plano de ação para simplificar a metodologia para a regularização dos produtores de Queijo Minas Artesanal. A iniciativa foi uma parceria entre a Seapa, Emater-MG, Epamig e o IMA.
O queijo minas artesanal mantém as características de produção a partir de mão de obra familiar, com produção em baixa escala através de leite cru (não é permitido leite pasteurizado), produzido na propriedade (proibido aquisição de leite), utilização de coalho, pingo e salga seca. O modo artesanal da fabricação foi registrado como patrimônio cultural imaterial brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Vencedores
Super Ouro
- José Baltazar da Silva, região Serra do Salitre
Ouro
- Reinaldo Antônio de Lima, região Araxá
- José Orlando Ferreira Júnior, região Campo das Vertentes
- Reginaldo Miranda de Andrade, região Canastra
- Marcos João Bispo, região Cerrado
- José Baltazar da Silva, região Serra do Salitre
- Waldemir Barbosa, região Serro
- Gilson Fernandes Cruz, região Triângulo Mineiro
Prata
- Carlos Domingos dos Passos, região Araxá
- Lúcia Maria Resende, região Campo das Vertentes
- Reinaldo de Faria Costa, região Canastra
- Lázaro Francisco dos Reis, região Cerrado
- Zilmar Silva, região Serra do Salitre
- Agmar Antônio Barbosa, região Serro
- Jales Clemente de Oliveira, região Triângulo Mineiro
Bronze
- Antônio Onofre dos Passos, região Araxá
- Luiz Carlos do Prado, região Araxá
- Alexandre Honorato, região Araxá
- Eurico Tarôco, região Campo das Vertentes
- Alan Diego da Silva, região Canastra
- Valdeci Belizário, região Canastra
- Onésio Leite da Silva, região Canastra
- Elias Cortês de Almeida, região Cerrado
- Wellington Carlos Vieira, região Cerrado
- João José de Melo, região Serra do Salitre
- Geraldo Moreira da Silva, região Serra do Salitre
- Vanderlino dos Reis Moreira, região Serra do Salitre
- Waldemar Felipe da Silva, região do Serro
- Antônio Batista de Araújo, região do Serro
- Dário Peixoto de Oliveira, região Triângulo Mineiro
- José Eustáquio Moreira Jordão, região Triângulo Mineiro
- Maria Ieda Paulo de Jesus, região Triângulo Mineiro
As informações são da Emater/MG.