No estado do Rio Grande do Sul, foram vistas indicações entre R$ 87,00 a R$ 90,00/sc para o milho, segundo informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica.
Mais milho importado foi visto em Santa Catarina, e as indicações mantém os níveis e não animam vendas. “Os rumores vindos de Santa Catarina hoje levam a crer que negócios de milho importado foram realizados por indústrias mais ao sul do estado, ao nível de US$ 256,00, em preços na modalidade CNF. Há algumas semanas não ouvíamos esse tipo de negócio por aqui, até porque as indústrias andam plenamente abastecidas, o que também leva a crer que, caso seja confirmado, trata-se de uma entrega dezembro”, completa.
Negócios no oeste do Paraná foram vistos a R$ 90,00. “Nos Campos Gerais, compradores a R$ 90,00, onde a maioria dos lotes se encontra acima de R$ 93,00. Indicações de R$ 87,00 foram ouvidas em diversas regiões, como sudoeste, norte e extremo oeste, o que não despertou atenção do produtor”, indica.
“Diante de uma solicitação de empresas ligadas ao etanol, o governo do estado reduziu, no Mato Grosso do Sul, a carga tributária do ICMS sobre o transporte para produtos não agropecuários para outros estados. O decreto foi assinado no último dia 25, e na conta de especialistas, deve reduzir, em média, 33,72% na média de fretes do setor. Negócios pontuais hoje foram vistos entre uma cerealista que atua nas cidades de Rio Brilhante e Montenese, próximas a Maracaju, a R$ 76,50 a saca”, conclui.
Dados internacionais do milho
Com o mercado ainda em dúvida sobre o volume da demanda global, os grãos negociados na bolsa de Chicago encerraram o pregão da última sexta-feira (5/11) em baixa.
O milho recuou pelo quarto dia seguido. Os contratos do cereal para dezembro caíram 1,12%, a US$ 5,53 por bushel, e a segunda posição, para março, desvalorizou-se 0,97%, a US$ 5,6225 por bushel. Os fundamentos de oferta do milho seguem pressionando as cotações. O plantio da nova safra no Brasil e na Argentina, por exemplo, está ocorrendo sem problemas, enquanto a colheita nos Estados Unidos vem mostrando bons números de produtividade.
Com o bom andamento da safra, alguns investidores têm reavaliado a perspectiva de aperto no quadro de oferta e demanda mundial para 2021/22 para o milho e também para a soja. Há expectativa de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aumente ainda mais sua previsão de oferta em seu relatório mensal que será publicado na próxima terça-feira.
As informações contém dados do Valor Econômico e da AgroLink, adaptados pela equipe MilkPoint.