O preço médio dos produtos lácteos negociados na plataforma Global Dairy Trade (GDT), uma referência no mercado internacional para o setor, recuou 8,5% no início de maio, para US$ 4,419 mil a tonelada. Trata-se da quarta queda consecutiva de preços desde que as cotações alcançaram o recorde de mais de US$ 5 mil por tonelada, há dois meses, destacam analistas da consultoria MilkPoint Mercado.
Todos os produtos se desvalorizaram em 3 de maio, entre eles, o leite em pó integral e o desnatado – ambos caíram 6,5%, para US$ 3,916 mil/tonelada e US$ 4,130/tonelada, nessa ordem. O volume de vendas de lácteos aumentou 13%, para 25,1 mil toneladas.
As políticas sanitárias da China para controlar um novo surto de covid-19 incluem novos lockdowns no país. Com as restrições operacionais no porto de Xangai, um dos maiores do mundo, os chineses diminuíram suas importações: em março, as compras somaram 115 mil toneladas, volume 29% menor que o de março de 2021, informou a cooperativa neozelandesa Fonterra, que criou a plataforma GDT e é uma das maiores fornecedoras de lácteos do mundo.
Efeitos para o Brasil
A queda dos preços internacionais pode aumentar a competitividade dos produtos de Argentina e Uruguai no mercado brasileiro, estimulando as importações. Porém, o recuo da produção em grandes fornecedores globais e o efeito cambial agem em sentido contrário a esse efeito.
As informações são do Valor Econômico e MilkPoint Mercado, adaptadas pela equipe MilkPoint.