ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Câmara: cadeia do leite pede solução para crise generalizada do setor

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 10/12/2021

3 MIN DE LEITURA

5
3

Baixa remuneração do produtor de leite, elevação dos custos com insumos, concorrência desproporcional de importados e falta de inserção de produtos brasileiros no mercado externo estão entre os principais problemas da cadeia produtiva do leite.

Agravada por entraves de logística e infraestrutura, a crise do setor foi debatida em audiência da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (9), com foco em busca de soluções. Para entidades de produtores e da indústria láctea, a cadeia está “empobrecida”, “descapitalizada” e em “situação dramática”.

O diretor-executivo da Associação Brasileira de Indústria de Lácteos Longa Vida (ABLV), Nilson Muniz, deu o termômetro da crise. “Francamente, estou há 46 anos no leite e, para mim, é o momento mais dramático que estamos vivendo na cadeia láctea. Temos hoje uma queda de produção superior a 300 milhões de litros”, alertou.

Nas tradicionais visitas para pesquisas de preço e de abastecimento nos supermercados, o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (Abiq), Fábio Scarelli, constatou os reflexos da crise para os consumidores.

“É com tristeza que a gente sai dos supermercados: em pleno fim de ano, eu nunca vi as ruas com tanta gente circulando e pouquíssima gente comprando. Estive ontem em uma grande rede de supermercado e fiquei pasmo com os preços dos queijos. E saibam que esse preço não é culpa da indústria e tampouco do produtor. A disputa pelo bolso do consumidor está incrivelmente difícil”, afirmou.

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), Geraldo Borges, reclamou da alta do dólar, que impacta nos insumos e commodities do setor. Já o vice-presidente do Sindileite na Bahia, Lutz Viana, pediu ajustes no Acordo do Mercosul para disciplinar a entrada de produtos lácteos da Argentina e do Uruguai no Brasil. Desonerações tributárias e aumento das compras públicas e da assistência técnica também fazem parte das sugestões do setor.

 

Projetos de lei

Representante da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) na Câmara Setorial de Leite e Derivados, Guilherme Dias citou uma série de projetos de lei que, se aprovados, podem ajudar a destravar o setor.

Entre eles, estão as propostas de limite à importação de leite em pó (PL 952/19), desoneração de PIS/Cofins para rações e suplementos para bovinos (PL 5925/19), redução do frete e diversificação da matriz de transporte (PL 4199/20 – “BR do Mar”) e destinação do milho da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a pequenos criadores de animais (MP 1064/21). Essa MP já foi aprovada pela Câmara e aguarda votação no Senado.

A CNA também sugeriu o aporte de recursos orçamentários (PLOA 2022) para o seguro pecuário e alterações pontuais na chamada "Lei do Agro".

 

crise do setor leiteiro preocupa representantes

 

Competitividade

O analista de comércio exterior do Ministério da Agricultura, Eduardo Mazzoleni, aposta na superação da crise por meio da competitividade. “Qual é o caminho para a cadeia produtiva do leite no Brasil? É o governo intervir para sustentar preços? Não acredito nessa política. O que eu acredito é na competitividade: produzir fazendo sobrar mais dinheiro na cadeia produtiva no Brasil.”

Mazzoleni citou uma série de políticas públicas e privadas de incentivo ao setor, com destaque para o Plano da Competitividade do Leite Brasileiro (Plano CompeteLeiteBR) e o Observatório da Qualidade do Leite (OQL).

O Ministério da Economia foi convidado para o debate, mas alegou problemas de agenda e não enviou representante.

Organizador da audiência, o deputado Zé Neto (PT-BA) sugeriu maior mobilização da cadeia produtiva para reverter a atual crise. “São situações dramáticas, e os números são alarmantes pelo que a gente viu de decréscimo e das dificuldades oriundas das políticas públicas que não estão sendo implementadas. Infelizmente, a gente está vendo que, quando está ruim para o pequeno, todo mundo sofre.”

Zé Neto lembrou que o Brasil tem o segundo maior rebanho de vacas ordenhadas do mundo, só atrás da Índia. No entanto, foram registrados 600 mil produtores de leite a menos no País entre 1996 e 2017.

As informações são da Agência Câmara de Notícias.

5

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

JOSE FRANCISCO

GOIÂNIA - GOIÁS

EM 14/12/2021

nessa historia toda, quem está ganhando é o governo (que recebe os impostos)impostos à todos nós (consumidores) e a indústria. o pobre coitado que levanta as 04:00 da manhã para ordenhar as vacas e tenta correr atrás dos compromissos para sustentar sua família e conservar a sua propriedade, a vida toda só levou na cabeça. como é que se sustenta um sistema desses?? tem que largar a atividade leiteira mesmo, porque se não abrir os olhos, daqui a pouco (se já não é o caso) estará todo endividado e colocando a venda sua propriedade e sem condições de sustentar-se.
VICENTE PAULO MONTEIRO

ITANHANDU - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/12/2021

Sou um pequeno produtor de leite, estou quase parando com a atividade pois os preços ao produtor não cobre os custos, é dramático nossa situação. Infelizmente centenas de pequenos produtores vão parar se o governo não tomar uma atitude para nos salvar do caos. É o único produto "leite" que não sabemos quanto vamos receber no próximo pagamento, é uma VERGONHA. Políticos façam alguma coisa para salvar o setor produtor de leite ( principalmente o pequeno ) se não vamos ver a fome no campo " homens honestos, trabalhando para sustentar suas famílias" vendo seu produto " leite " não valendo nada.
Vicente Paulo Monteiro
EVERTON BORGES

UBERABA - MINAS GERAIS

EM 13/12/2021

QUEM ESTA NA ATIVIDADE GANHANDO ALGUM DINHEIRO SÃO OS GRANDES PRODUTORES, A MAIORIA COM OUTRAS ATIVIDADES FORA DA FAZENDA, OS PEQUENOS E MÉDIOS PRODUTORES SÓ TENDEM A DESAPARECER, OS ALTÍSSIMOS PREÇOS DO INSUMOS, MÃO DE OBRA, ENERGIA E OS BAIXOS PREÇOS TORNAM A ATIVIDADE TOTALMENTE INVIÁVEL. OS PREÇOS NÃO PAGAM OS CUSTOS DE PRODUÇÃO.
VANDERLEI BETT

MARINGÁ - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 13/12/2021

Concordo com senhor Eduardo Mazzoleni quando diz que a superação da crise se dará pela competitividade. Entendi naquilo que ele disse que o aumento da competitividade passa pelo aumento da eficiência na produção, "fazendo sobrar mais dinheiro na cadeia produtiva". Porém, os sistemas de produção de leite estão entre os mais complexos da agropecuária, o produtor não dá conta de atuar sozinho com tamanha diversidade de áreas do conhecimento que estão inseridas deste sistema. Os governos/governantes podem ajudar criando políticas públicas que favoreçam a multiplicação de equipes de assistência técnica que possam auxiliar os produtores a melhorar a eficiência dos sistemas. Uma assistência técnica especializada em sistemas de produção leiteiro, com visão e atuação sistêmica, multidisciplinar, periódica e continuada.
Somente assim os sistemas de produção de leite atingirão mais eficientes e competitivos.
IVAN DAMMOUS

PRESIDENTE PRUDENTE - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/12/2021

Enquanto essa política do Mercosul não for revisada de um modo que cada país não influencie na remuneração dos produtores dos países vizinhos, estaremos susceptíveis a falência de alguns setores do campo. Muito triste o homem do campo sempre ter de pagar a conta.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures