Brasil reforça vendas globais da Lindt

A Lindt gerou aumento "sólido" das vendas, embora considerado morno, frente à alta acentuada dos resultados anteriores. O desempenho ocorre em um momento quando a fabricante suíça de chocolate se defronta com um mercado saturado, ao mesmo tempo em que vários consumidores adotam estilos de vida mais saudáveis e compram menos doces.

As vendas do grupo Lindt & Sprüngli aumentaram 5,1% no ano passado, para 4,3 bilhões de francos suíços, em relação aos 4,8% de alta do ano anterior, informou a empresa. Esse, no entanto, é um indicador de desaceleração do crescimento em comparação com a expansão de 7,9% registrada em 2015 e de 6,8% em 2016. As ações chegaram a cair 3%, ontem.

A fabricante de chocolates, dona das marcas Ghirardelli e Russel Stover nos Estados Unidos, disse que seu desempenho foi superior ao do mercado como um todo. A companhia prevê crescimento das vendas entre 5% e 7% em médio e longo prazos, com uma "melhoria sistemática" da margem operacional, de 20 a 40 pontos-base. Sua marca Lindor, a mais vendida, gerou uma expansão de dois dígitos, disse a empresa.

As vendas da Lindt na Europa aumentaram 5,6%. As desaceleração nos "saturados" mercados americano e europeu fizeram com que a Lindt desse mais atenção a outros mercados. As vendas do ano como um todo fora da América do Norte e da Europa aumentaram 10,3%.

A Lindt abriu 50 novas lojas nos últimos doze meses, com 10 estabelecimentos na Alemanha e no Japão. "Os mercados de Japão, África do Sul, Brasil e China conseguiram conquistar crescimento de dois dígitos e têm potencial de crescimento futuro significativo", disse a empresa.

Entretanto, o cliente asiático médio consome significativamente menos chocolate que o consumidor dos mercados de origem da Lindt - Europa e Suíça - escreveu o "Financial Times" em sua coluna Lex, de negócios, neste mês.

A linha de produtos sem açúcar, parte dos esforços da empresa para atender às exigências de consumidores mais preocupados com a saúde, teve um bom desempenho, informou a Lindt, que também sugeriu que a solidez do franco suíço reforçou seu desempenho.

As informações são do jornal Valor Econômico.