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Ipea: balança comercial do agro tem superávit de US$ 105 bi

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 18/01/2022

4 MIN DE LEITURA

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O superávit da balança comercial do agronegócio brasileiro fechou 2021 em US$ 105,1 bilhões, valor 19,8% superior ao de 2020. O aumento do saldo positivo deveu-se à alta dos preços internacionais das principais commodities que o Brasil exporta, como soja, carnes e café, já que as importações também aumentaram – o avanço foi de 18,9%, para US$ 15,5 bilhões.

As exportações atingiram o recorde de US$ 120,6 bilhões no ano passado, mesmo com o longo embargo que o maior parceiro comercial brasileiro, a China, impôs à carne bovina. Os preços médios dos 15 principais produtos da pauta de exportação, que representam quase 90% do que o Brasil embarca, subiram, segundo análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgada nesta segunda-feira. Na semana passada, o Ministério da Agricultura havia apresentado os números oficiais do setor.

O óleo de soja teve a alta mais expressiva, de 164,9%. Madeira (44,2%), couro (44,1%), soja em grãos (35%), carne de frango (25%) e farelo de soja (24,7%) completam a lista dos aumentos acima de 20%. Apenas o milho, entre os 15 produtos mais vendidos, apresentou queda, de 28,5%.

Em volume, seis produtos tiveram declínio: carne bovina (-8,3%), decorrente das sanções aplicadas pela China, café (-3,6%), desempenho esperado devido à bienalidade negativa, e milho (-40,7%), em razão da queda de safra brasileira, diz o Ipea.

O instituto avaliou que o embargo chinês, que durou mais de três meses, conteve a tendência de alta nas exportações a partir de setembro, mas que a cesta de produtos composta por soja e carnes suína e de frango compensou essa queda até novembro. "A retomada dos embarques de carne bovina para a China, em dezembro, contribuiu positivamente para o resultado anual das exportações", analisou o Ipea.

Para Ana Cecília Kreter, pesquisadora associada do Ipea, apesar do aumento anual da quantidade de carne bovina exportada para a China, o consumo per capita no gigante asiático ainda é pequeno na comparação com outros países. Enquanto os chineses consomem 6,6 gramas por dia, os americanos ingerem 38,6 gramas por dia. Na União Europeia, a média é de 14,7 gramas por dia, e no Brasil, de 36,3 gramas por dia. "Isso sinaliza que a demanda para 2022 pode permanecer aquecida pelo país asiático. Na medida que a renda média do país avança e mais pessoas são incluídas na economia de mercado na China, vem crescendo o consumo de produtos de maior valor agregado, como as proteínas animais", avaliou a pesquisadora.

Em 2021, a carne bovina teve aumento de 8,5% no total do valor exportado e queda de 8,3% na quantidade diante de 2020. O preço médio obtido pelo exportador teve valorização de 18,3%. "Apesar dos problemas de acesso ao mercado chinês, o preço médio da carne bovina bateu a cotação histórica em 2021, chegando à máxima de US$ 5.695 por tonelada em setembro. E a razão também é a China, cujo preço médio pago pela carne brasileira é um dos mais altos. Diferentemente de outros mercados que procuram por cortes de maior valor agregado, os chineses adquirem um mix mais completo e variado de porções da carcaça, ainda assim resultando em um dos melhores destinos para o Brasil", relata a nota do Ipea.

A China é o principal destino comercial do agronegócio brasileiro. Em 2021, os embarques somaram US$ 41,02 bilhões, com alta de 20,6% em relação a 2020.

Os principais produtos comprados pelos chineses do Brasil foram soja em grãos, com alta de 70,2%, carne bovina (39,2%), celulose (43,4%), açúcar (15,6%), carne suína (47,7%), carne de frango (14,3%) e algodão (28,9%). Entre as importações do agronegócio, houve aumento nas compras de soja em grão (5%) e milho (133,7%), resultado da produção menor que a esperada na safra passada em decorrência do clima. O Brasil também manteve a importação de trigo, azeite de oliva e pescados.

O Ipea chamou o baixo índice de participação do agronegócio brasileiro na venda de produtos processados, como alimentos preparados, vinhos, massas, queijos, bebidas alcoólicas destiladas, chocolates, cigarros, rações para animais domésticos, cervejas, cafés torrados, açúcar refinado e confeitos de açúcar. Segundo instituto, em 2020, esses itens corresponderam a 21,7% do valor negociado internacionalmente, sendo que o Brasil, apesar de ser o principal produtor de matéria-prima para a maioria deles, apresentava participação nas exportações mundiais de apenas 2,4%, fortemente puxada pelo farelo de soja.

Segundo dados da Organização Mundial do Comércio (OMC), a participação geral do Brasil nas exportações mundiais do agronegócio foi, contudo, de 5,7%. "De uma participação de 26,6% no total exportado de café verde, o Brasil caía para 0,2% no torrado; de 57% no açúcar básico, caía para 11,7% no refinado e para 1,1% nos confeitados de açúcar; de 44,6% nos grãos de soja para 24,7% no farelo (7,7% no óleo); de 16,4% no tabaco não manufaturado para 0,2% nos cigarros. Nos alimentos preparados e rações, os percentuais não ultrapassavam 0,3% e 0,7%, respectivamente", escreveu o Ipea.

Para o diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, José Ronaldo Castro de Souza Júnior, a questão sanitária e a eficiência logística serão determinantes para a continuidade do bom desempenho das exportações do agronegócio brasileiro em 2022. "As estimativas da produção para este ano são positivas, mas o resultado irá depender das condições climáticas", pontuou.

"Em 2022, além das boas estimativas de produção, a agregação de valor aos produtos brasileiros pode abrir potencial para que se ampliem ainda mais as contribuições do agronegócio para a economia brasileira", completou.

As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela equipe MilkPoint. 

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