Ah... os contos de fadas, quem nos dera se na vida real tivéssemos sempre a garantia de um final feliz! Mas não é assim, o desfecho precisa ser construído por nós mesmos. Afinal, nossas ações direcionam a nossa história.
Mesmo com a realidade sendo muito distinta de um mundo fantástico, é possível extrair grandes lições. Para quem não se lembra do clássico “Bela e a Fera,” vamos relembrar um pouco dessa história na versão do filme lançado em 2014. Aviso: contém spoilers!
No começo da trama, Maurice, pai de Bela, perde todo o seu tesouro e sua riqueza após uma forte tempestade naufragar seus navios. Algo que estava totalmente fora de seu controle muda a sua realidade e de todos a sua volta. Diante disso, a família de Bela muda-se para uma casa no interior.
No desenrolar da história, Maurice acaba indo parar em um castelo, o da Fera. Antes de ir embora para casa ele tem uma surpresa: senão voltasse para o castelo no dia seguinte e lá vivesse como prisioneiro, colocaria em risco todos de sua família. Então, Bela, sua filha, se enche de coragem e volta para o castelo no lugar de seu pai.
A partir disso, o enredo se desenvolve e revela pontos interessantes. Primeiramente, é preciso ressaltar as ações de Bela frente à todas as situações adversas colocadas em seu caminho. Tudo no castelo era novo com um ar de incerteza. Porém, Bela não recuou. Explorou os mínimos detalhes da sua nova realidade e o mais importante: encarou a Fera de igual para igual, enxergando-a sob um outro aspecto.
A Fera, por sua vez, era o príncipe Adam antes de ser amaldiçoado, que tinha o sonho de caçar uma corsa. Após muitas tentativas, a mulher de Adam, incomodada com essa situação, pediu-lhe para desistir dessa ideia. Trato feito. Porém, o até então príncipe, descumpriu sua parte e matou a corsa. Mas ele não contava que a corsa também era a sua mulher. Eis que começou sua maldição: perdeu a forma humana e se tornou um monstro com uma aparência assustadora. Adam, agora a Fera, só voltaria à forma humana se encontrasse um verdadeiro amor.
Ao longo da história, os protagonistas (Bela e Fera) aproximam-se, apaixonam-se, a Fera retorna à forma humana e todos têm um final feliz.
Mas recapitulando o título deste artigo, o que esta história tem a ver com o leite? Muita coisa! No começo da história da “Bela e a Fera,” Maurice perde o seu tesouro devido à uma tempestade.
Veja só, não é isso que estamos presenciando no leite? Uma tempestade perfeita de mercado – flutuações na demanda por lácteos, aumento nos custos de produção e insumos, cenário econômico do Brasil etc – que modifica a realidade dos produtores de leite. Temos, então, o primeiro ponto em comum.
Agora uma análise sobre os protagonistas. Durante toda a história, Bela se mostra uma pessoa forte, corajosa e capaz de se adaptar as mais diferentes condições para sobrevier em distintas realidades. Características importantes como a curiosidade, inconformismo, adaptação e abertura ao novo são traços de sua personalidade.
Obviamente, o produtor de leite não é a Bela e nem vive em um conto de fadas. Sabemos muito bem disso. Mas, isso não quer dizer que as atitudes de Bela não podem ser aplicadas nas propriedades leiteiras.
Estar aberto ao novo e quebrar o paradigma de que o único ponto que direciona a rentabilidade na atividade é o preço do leite é questão de sobrevivência. Aqui, cabe um parêntese: claro que o preço do leite é importante, mas os produtores não podem depender apenas dele para um negócio rentável e lucrativo.
Por fim, a Fera. Talvez existam produtores de leite que ajam igual à Fera: insistem erroneamente em ações inadequadas. Se, no filme, a Fera insistia em caçar a corsa e isso resultou em sua maldição, no leite também é assim. A insistência em concentrar o foco em variáveis pós-porteira, que não estão ao alcance dos produtores, leva muitas propriedades a fechar no vermelho no final do mês e até mesmo o abandono da atividade.
Como o leite não está inserido em um conto de fadas, para um final feliz o produtor precisa pensar e agir estrategicamente. Precisa olhar para a sua propriedade criteriosamente e tomar decisões assertivas embasadas em conhecimentos e parâmetros técnicos voltados para a rentabilidade da pecuária leiteira. E como fazer?
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Lembre-se: para um leite lucrativo, próspero e rentável, o produtor precisa ser Fera, mas não como a da Bela. Para fazer do leite um bom negócio, é preciso ser Fera na Rentabilidade! Confira mais detalhes sobre o evento e faça a sua inscrição.