A indústria ainda pode confiar no teste do alizarol? |
RAFAEL FAGNANI
Médico veterinário, com mestrado e doutorado em ciência animal pela UEL. Professor e orientador de mestrado em Saúde e Produção animal e Ciência e Tecnologia de Leite e Derivados na UNOPAR. Professor na UEL, responsável pela disciplina de inspeção.
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RAFAEL FAGNANILONDRINA - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO EM 29/08/2017
Olá Donizetti! Com certeza os comentários enriquecem muito os artigos! Eu também já ouvi casos semelhantes ao que você nos contou. Algumas pessoas com dependência conseguem ingerir grandes quantidades de álcool, mesmo contendo substâncias que provocam o vômito. É realmente um sério problema de saúde pública. Obrigado pelo comentário! Abs!
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DONIZETTIEM 29/08/2017
Rafael, parabéns pelo trabalho.
Muito bom também os comentários; quero portanto comentar sobre a ingestão do alcool alizarol. Não tenho conhecimento para falar sobre o que pode ocorrer, que danos pode causar ao organismo, mas conheci pessoas que, por ser alcólatras, não dispensavam uma dose de alisarol. Portanto as complicações de saúde, principalmente no fígado são bem séveras. Abraços. |
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RAFAEL FAGNANILONDRINA - TOCANTINS - PESQUISA/ENSINO EM 14/12/2016
Olá Fernando! Obrigado pelo contato.
Se o leite precipitar no alizarol apresentando a coloração vermelho tijolo e não coagular na prova da fervura, é indicativo de que a amostra suportará as temperaturas de pasteurização industrial sem coagular. Nesse caso, o transportador poderá coletar o leite na propriedade. Na indústria, os testes serão refeitos na plataforma de recepção, incluindo o Dornic e vários outros regulamentados pela legislação. Se tudo estiver ok, aí sim o leite deve ser aceito pela indústria. Amostras de produtores que são instáveis no alizarol com coloração vermelho tijolo e não coagulam na fervura são indicativas de LINA. Nesse caso vale uma pesquisa mais profunda e um acompanhamento pelo laticínio para confirmar a suspeita. Mas atenção, como eu disse, poucos são os estudos que avaliam se o leite LINA causa algum prejuízo tecnológico dentro da indústria, uma vez que esse fenômeno só acontece nos países onde o alizarol está vigente. Espero ter ajudado na sua questão. Fique a vontade para mais perguntas! Abraços!!! |
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FERNANDO RAMOSBIAS FORTES - MINAS GERAIS - ESTUDANTE EM 12/12/2016
Bom professor, primeiramente parabéns pelo artigo, muito bom ler coisas que provocam o ar da dúvida e questionamento.
Minha dúvida é, o leite se precipitando no alizarol e passando estável na fervura (sem a possibilidade do Dornic) deve ser aceito pela industria? O produtor tem o direito de defender sua estabilidade? Já que o teste é pouco eficiente confrontado com outros mais completos. Aguardo e abraços |
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RAFAEL FAGNANILONDRINA - TOCANTINS - PESQUISA/ENSINO EM 25/10/2016
Olá pessoal. Vou colocar o link dos artigos originais:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68912016000300386&lng=en&nrm=iso http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2014000500002&lng=en&nrm=iso http://link.springer.com/article/10.1007/s11483-016-9430-y |
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RAFAEL FAGNANILONDRINA - TOCANTINS - PESQUISA/ENSINO EM 13/10/2016
Oi Celma! Que pergunta inusitada!!! O que acontece se a pessoa beber o alizarol?
O álcool usado para fazer alizarol, o álcool de limpeza e o álcool de combustível possuem substâncias químicas que são tóxicas para o organismo. Por isso, não são indicados para beber, nem para qualquer fim alimentício, ok? O resultado final é uma intoxicação. Além disso, e exatamente para inibir a ingestão, os álcoois de limpeza são adicionados de benzoato de denatônio, um composto químico extremamente amargo. Assim, é quase impossível ingerir grandes quantidades, pois o benzoato provoca náuseas e vômitos. Espero ter respondido sua questão! Obrigado pelo interesse. Um grande abraço! |
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RAFAEL FAGNANILONDRINA - TOCANTINS - PESQUISA/ENSINO EM 09/08/2016
Obrigado pelo comentário Antônio Carlos. Você tem razão, abolindo o alizarol não teríamos nenhum outro teste simples e rápido para avaliar indiretamente a qualidade microbiológica do leite. Seria um avanço ou um retrocesso no seu ponto de vista?
Por isso frisei que enquanto a qualidade microbiológica do leite brasileiro não for completamente resolvida, é muito provável que o teste permaneça regulamentado. Até lá, temos que interpretá-lo com parcimônia, e em casos de dúvidas e coagulações misteriosas, devemos realizar outros testes, como a fervura (indicada na coleta) ou a titulação da acidez Dornic (indicada na plataforma). Gostaria de citar que a França ainda realiza o teste do alizarol, e com os mesmos problemas de leite LINA, mas a ocorrência maior é agora no verão europeu. |
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ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA LIMA JR.GOIÂNIA - GOIÁS - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 08/08/2016
Prezado prof. Rafael,
Muito interessante seu artigo. Abolindo o teste do alizarol ou simplesmente a prova do álcool, da rotina não temos nenhuma outra análise de simples execução, para uma seleção do leite na propriedade, Tal Ou o senhor teria uma sugestão, alternativa para a indústria? A. Carlos |
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HÉLIO RICARDO DIAS E. OLIVEIRATEIXEIRAS - MINAS GERAIS - ESTUDANTE EM 28/07/2016
Acredito que uma forma de minimizar o problema seja as indústrias capacitarem melhor os responsáveis pela coleta do leite na propriedade, pois na grande maioria das vezes, estes só se preocupam em transportar. Outro ponto importante seria a fidelização do produtor no fornecimento para a indústria, assim seria possível obter todo um histórico, eliminando a chance de um falso diagnóstico, mas infelizmente a indústria e o produtor não andam de mãos dadas aqui no Brasil.
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ALINY KRIS DE O. NOGUEIRACAMPO GRANDE - MATO GROSSO DO SUL - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 27/07/2016
Diariamente temos casos de LINA nos laboratórios, aqui de Campo Grande..
O que cabe a nós é utilizarmos de todos os testes que temos a disposição, para avaliar a qualidade do leite..... Muito boa a matéria!! Parabéns!! |
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LAERCIO CORTEZERECHIM - RIO GRANDE DO SUL - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 26/07/2016
Boa tarde! Muito interessante o seu artigo Rafael. Em relação ao teste de alizarol o Brasil em si na minha opinião esta longe de abolir esse teste da IN62. Para que isso aconteça deveríamos qualificar mais os produtores que na maioria ainda são pequenos, mostrar para eles que se produzir leite com qualidade, sanidade, genética e uma nutrição adequada ao ambiente no final teremos um produto com um padrão microbiológico e físico -químico adequado a IN62 e quem sabe a industria pagaria mais por esse produto.
Se seguindo esses passos de sanidade entre essas forma sim os transportadores poderiam chegar na propriedade leiteira e realizar o teste de cocção ( fervura ) e não mais o teste de alizarol. O teste de redutase e tão importante quanto o de alizarol. E nem um teste e ultrapassado desde que realizado da maneira correta e honesta. |
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RAFAEL FAGNANILONDRINA - TOCANTINS - PESQUISA/ENSINO EM 26/07/2016
Pois é Marius! Realmente é um processo lento, pois requer bastante critério técnico.
Alguns testes já saíram das regulamentações, como é o caso do teste da redutase, o qual não serve mais como parâmetro na IN62. Outros, apesar de muito antigos ainda são válidos. É por isso que devemos participar ativamente quando uma legislação está sob consulta pública. Essa é a chance que temos para darmos a nossa opinião. Obrigado pelo seu comentário! Abs!!! |
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MARIUS CORNÉLIS BRONKHORSTARAPOTI - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE EM 26/07/2016
bom dia
Rafael o lizarol realmente esta ultrapassado, Mas sera que so o lisarol uo outros tambem estão? Ou as industrias não tem iniciativa ou ,para mudar o sistema. Digo lhe que as nossa industrias por mais novas ou modernas que sejam ,estão presas no sistema que se chama BRASIL. Ex temos de sobra e em todos os segimentos |
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