Em nenhuma outra época ouviu-se falar tanto de produtos plant-based como agora. Esse tipo de produto ganhou relevância no mercado brasileiro e mundial e é possível observar uma infinidade de lançamentos à base de vegetais. Além destes, fermentação e cultivo celular também são alternativas comentadas atualmente.
Durante o Dairy Vision, evento que aconteceu na Expo Dom Pedro, em Campinas/SP e que reuniu mais de 400 executivos e agentes do setor lácteo durante os dias 22 e 23 de novembro, Luis Azevedo, Global Director, Agrimprove na Royal Agrifirm e Venture Partner The Yield Lab, falou sobre as proteínas alternativas e a razão desse tema estar tão em alta atualmente.
Sustentabilidade ou bem-estar animal?
Ambas as áreas são ressaltadas quanto o assunto é consumir proteínas – ou alimentos de modo geral – que sejam de origem animal. O foco sobre o bem-estar animal de anos atrás migrou para a sustentabilidade, assunto recorrentemente em alta nos últimos tempos.
“Acredito que a questão não é mais voltada para o bem-estar animal, claro que o setor deve sempre evoluir, manter os padrões e estar atento a esse ponto, mas hoje existe uma pressão muito grande sobre a pegada ambiental da agricultura”, destacou Luis ao falar sobre o enfoque da sociedade que busca alimentos alternativos. “O “Não como carne por questões éticas voltadas ao bem-estar animal” mudou para uma questão voltada a emergências climáticas e soluções junto ao clima”, concluiu.
Por que tamanho interesse nas proteínas animais?
De acordo com o palestrante, o tamanho da indústria de proteína animal (insumos e grãos) corresponde a 1,65 trilhão de dólares, “Isso mostra o motivo do interesse na proteína alternativa,” ressaltou Luis, enfatizando a enorme oportunidade de ganhos se houver uma disrupção nesse segmento.
“A produção de proteínas animais gera inúmeras ressalvas, todo mundo está preocupado desde o aspecto ético até o aspecto ambiental”, comentou Azevedo, destacando o motivo do hype do segmento alternativo.
Futuro das proteínas alternativas no setor lácteo
Estudos mostram que o tamanho do mercado de proteínas alternativas no setor dos lácteos irá abranger, em um cenário mais realista, em torno de 20% do mercado lácteo em 2030. “Como vai ser o futuro disso? Ninguém sabe! O que se sabe é que será um futuro muito grande”, concluiu Luis.
O Dairy Vision 2023 já tem data marcada! Reserve na agenda: nos dias 07 e 08 de novembro, a Expo Dom Pedro, em Campinas/SP, será novamente palco dos protagonistas e impulsionadores do leite mundial. Até breve!