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Efeitos da mastite clínica e doenças puerperais na eficiência reprodutiva das vacas leiteiras

O objetivo com este estudo foi avaliar os efeitos da mastite clínica (MC) – que ocorre antes ou depois da primeira IA pós-parto – e das doenças puerperais (DP) na prenhez por inseminação artificial (P/IA), número de IA/concepção e dias abertos (DO) em dois rebanhos leiteiros diferentes (Girolando e Holandês).

Os dados de duas fazendas leiteiras localizadas na região Sul de Minas Gerais foram coletados ao longo de um ano. Uma das fazendas tinha uma média de 170 vacas leiteiras Girolando, produzindo uma média de 22 kg de leite/vaca/dia. A outra fazenda tinha uma média de 150 vacas leiteiras lactantes Holandesas produzindo uma média de 29 kg de leite/vaca/dia.

Os casos de MC foram definidos como a presença de coágulos no leite detectados durante ordenha, acompanhados ou não por sinais de inflamação do úbere, como edema e vermelhidão. As vacas diagnosticadas com MC foram tratadas imediatamente com antibiótico intramamário comercial. Todos os casos de MC foram registrados em planilhas por ordenhadores, que incluíram identificação animal, data do diagnóstico de MC, data de início do tratamento, quartos afetados e medicamentos utilizados para tratamento. É importante ressaltar que apenas os casos de MC que ocorreram antes ou depois da primeira IA pós-parto (do parto até 35 dias após a primeira IA) foram considerados nesta análise. Esse intervalo foi baseado nos resultados relatados por Hertl et al. (2010), no qual a probabilidade de concepção das vacas Holandesas diagnosticadas com MC foi influenciada apenas pelos casos ocorridos 42 dias antes ou depois da IA.

A ocorrência de doenças puerperais – como retenção de placenta (RP) e metrite – foi diagnosticada e registrada durante as primeiras semanas pós-parto. A RP foi definida pela eliminação incompleta da placenta, por mais de 12h após a expulsão do feto. A metrite foi estabelecida como um útero anormalmente aumentado com descarga uterina marrom, avermelha, aguada e fétida, associada a sinais sistêmicos e febre (> 39,5 °C) até 21 dias após o parto (Sheldon et al., 2006). As vacas diagnosticadas com metrite foram submetidas a um tratamento com antibiótico sistêmico e só incluídas no manejo reprodutivo após a recuperação.

A duração do período voluntário de espera (PEV) de ambas as fazendas foi de 30 ± 5 dias. O manejo reprodutivo foi semelhante em ambas as fazendas e realizado pelo mesmo veterinário. As vacas consideradas saudáveis ao final do PEV foram inseminadas após a detecção de estros ou submetidas à IATF. As variáveis relacionadas ao desempenho reprodutivo avaliadas incluíram prenhez por IA (P/IA) na primeira IA pós-parto, número de IA por concepção e dias em abertos (DA).

A ocorrência de MC não influenciou o desempenho reprodutivo do rebanho leiteiro Girolando. A P/IA, número de IA/concepção e DA não foram afetados pela ocorrência de MC em vacas leiteiras Girolando (Tabela 1). No entanto, a ocorrência de MC afetou negativamente os parâmetros reprodutivos do rebanho leiteiro holandês. Observou-se redução da P/IA nas vacas afetadas por dois ou mais episódios de MC quando comparadas às vacas saudáveis. As vacas holandesas afetadas pela MC também precisaram de mais inseminações para ficarem gestantes e o DA foi estendido nas vacas com ≥2 casos de MC (Tabela 1).

Tabela 1. Efeitos do número de casos clínicos de mastite na gestação/IA na primeira IA pós-parto, número de IA/concepção e dias abertos nos rebanhos leiteiros Girolando e Holandês na região sul de Minas Gerais, Brasil

A ocorrência de MC, DP ou ambas as doenças não influenciaram a maioria das variáveis reprodutivas analisadas para o rebanho Girolando. Verificou-se aumento no número de IA/concepção em vacas Girolando diagnosticadas com MC e DP. Não houve efeitos da ocorrência das doenças no DA das vacas Girolando (Tabela 2). O desempenho reprodutivo de vacas saudáveis do rebanho holandês foi melhor do que o das vacas afetadas por MC e DP. Verificou-se redução da P/IA e do DA para vacas que desenvolveram apenas MC, apenas DP, e ambas as doenças (Tabela 2).

Tabela 2. Efeitos da mastite clínica (MC), doenças puerperais (DP) e ocorrências de MC + DP na gravidez/IA na primeira IA pós-parto, número de IA/concepção e dias abertos em rebanhos leiteiros Girolando e Holandês no sul região do estado de Minas Gerais, Brasil.

Em resumo, considerando que existem algumas diferenças de manejo entre as duas fazendas leiteiras estudadas, a ocorrência de mastite clínica antes ou depois da primeira IA e de doenças puerperais afetaram negativamente a eficiência reprodutiva do rebanho Holandês. No entanto, o efeito negativo das doenças na eficiência reprodutiva do rebanho Girolando não foi detectado, provavelmente devido ao baixo número de animais com as doenças analisadas no rebanho.

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JOÃO LEONARDO PIRES CARVALHO FARIA

MONTES CLAROS - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 16/09/2020

Mais um motivo para que reforcemos o nosso controle na qualidade do leite!!

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