Probióticos: o que eles podem fazer por nós? |
Atualizado há uma hora e 3 minutos
Os probióticos são microrganismos que conferem uma série de benefícios para a saúde humana e podem ser empregados na produção de derivados lácteos pelas indústrias de laticínios.
O emprego de culturas probióticas em lácteos como agentes promotores de saúde e bem-estar tem aumentado no Brasil e em diversos outros países. Eu apontaria dois principais motivos:
Pode parecer exagero, mas vamos analisar alguns fatos que podem nos ajudar a melhor compreender essas afirmações. Em primeiro lugar existe uma importante supremacia numérica da população de bactérias, fungos e até vírus que vivem em nosso intestino.
Estamos falando de um número tão grande de organismos que supera 10 vezes o número de células do nosso corpo. Isso equivale a dizer que somos o produto da seguinte matemática: 10% células humanas (somáticas) + 90% de células de micro-organismos.
A microbiota apresenta quantidade de genes 100 vezes superior ao conjunto de genes (genoma) humano. Mais de 25.000 diferentes substâncias químicas são produzidas por esses micro-organismos que habitam em nós e nossa qualidade de vida é intimamente relacionada com o equilíbrio desta comunidade.
Conhecimentos recentes têm apontado para relação da microbiota com ganho de peso e até mesmo com humor e ansiedade, levando a um conceito inovador: bactérias “psicobióticas”. Será que futuramente poderíamos prospectar uma troca do consumo de antidepressivos por micro-organismos probióticos?
Mas falando do que já está mais consolidado, o que as bactérias probióticas podem fazer por nós?
O maior foco dos probióticos é a saúde intestinal e manutenção do equilíbrio da microbiota como um todo. Outros benefícios seriam:
Algumas destas culturas têm sido utilizadas com sucesso no tratamento de doenças inflamatórias intestinais. Mas essas são as linhas gerais. Novos estudos têm apontado mais e mais linhas de ação e aplicações potenciais.
Destaque importante é que probióticos também podem (e devem) ser empregados na produção animal com inúmeros benefícios para todos, especialmente pela diminuição da necessidade de uso de antibióticos em alguns sistemas de criação.
E assim seguiremos impulsionados pela curiosidade acerca do mundo em que habitamos e do “mundo que habita em nós”.
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Referências bibliográficas
ANTUNES, A. E. C.; SILVA, E. R. A.; MARASCA, E. T. G.; MORENO, I.; LERAYER, A. L. S. Probióticos: agentes promotores de saúde. Nutrire (SBAN), v. 32, p. 113-132, 2007.
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ADRIANE ELISABETE ANTUNES DE MORAES
Docente da Faculdade de Ciências Aplicadas-FCA/UNICAMP. Graduação em Nutrição (UFPEL), Mestrado em Ciência e Tecnologia Agroindustrial (FAEM/UFPEL), Doutorado em Alimentos e Nutrição (FEA/UNICAMP), Pós Doutorado no TECNOLAT/ITAL.
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