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CCPR quer recomprar fatia de 50% na Itambé

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 15/09/2017

3 MIN DE LEITURA

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A Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais Ltda. (CCPR), dona de 50% da Itambé Alimentos, quer recomprar os 50% que pertencem à Vigor na empresa de lácteos, segundo fontes familiarizadas com o tema. No começo de agosto, a mexicana Lala Foods anunciou a compra de até 100% da Vigor - controlada pela J&F - e, direta ou indiretamente, de até 100% da Itambé, por R$ 5,725 bilhões.

A opção de recompra da participação pela CCPR, em caso de venda da Vigor, estava prevista no acordo de acionistas acertado entre as partes em 2013, quando a companhia controlada pela J&F adquiriu 50% da Itambé da CCPR. A decisão de optar pela recompra das ações foi aprovada ontem em assembleia geral extraordinária das 31 cooperativas que fazem parte da central. A reportagem não conseguiu contato com a direção da CCPR ontem para comentar.

O acordo de acionistas entre CCPR e Vigor prevê que a cooperativa central teria a opção de recomprar as ações - pelo valor que foi oferecido pela Vigor -, de vender sua participação ou fatia dela ou de permanecer como sócia do novo acionista. A operação anunciada pela mexicana Lala e pela J&F, em agosto, no valor de R$ 5,725 bilhões, inclui dívidas e ainda não foi concluída.

Nesse valor a ser pago pela Lala, os 100% da Itambé estão avaliados em R$ 1,4 bilhão e o restante, cerca de R$ 4,3 bilhões, refere-se à Vigor. O valor de R$ 1,4 bilhão atribuído à Itambé inclui dívidas de R$ 200 milhões da empresa, segundo fontes.

O plano da CCPR para financiar a recompra da fatia de 50% - com valor estimado de R$ 600 milhões - inclui um empréstimo de R$ 500 milhões, com prazo em torno de oito anos, junto a um pool de bancos liderado pelo Banco do Brasil. Os outros R$ 100 milhões seriam financiados com a entrada de um fundo no capital da Itambé, disseram as fontes. Procurado, o BB não comentou.

A intenção da CCPR com a recompra, conforme especialistas do setor de lácteos, é voltar a ter força no comando na Itambé, uma vez que perdeu poder na empresa quando vendeu a participação de 50% para a Vigor, por R$ 410 milhões, em 2013.

A CCPR tem até o dia 20 deste mês para informar à Lala sobre sua intenção de recomprar a participação na Itambé. A partir daí, tem mais 30 dias para pagar o valor da fatia recomprada, se efetivamente obtiver os recursos para esse fim.

A recompra dos 50% da Itambé pela CCPR seria um revés para a Lala, segundo analistas do setor de lácteos. Um das razões é que a empresa tem ativos importantes para os planos da empresa mexicana de avançar no Brasil. Além disso, também há uma bacia leiteira em jogo, já que os produtores das cooperativas filiadas à CCPR fornecem o leite para processamento na Itambé. Há até mesmo quem acredite que a Lala poderia desistir do negócio se a CCPR fizer a recompra.

Em teleconferência com investidores para tratar da aquisição, no dia 4 de agosto, o CEO da Lala, Scot Rank deu a entender que a companhia mexicana gostaria de manter a parceria com a CCPR na Itambé. "Gostaríamos de manter essa relação com a CCPR. É uma cooperativa boa, com leite de grande qualidade. (...) Estamos muito interessados em manter o relacionamento com a cooperativa por muitos e muitos anos que virão", disse a analistas e investidores na ocasião.

Analistas do setor de lácteos consideram ainda que sem a Itambé, o negócio terá saído muito caro para a Lala. Os múltiplos da transação ficaram em 1,1 vez as vendas consolidadas de Vigor e Itambé e em 17,4 vezes o Ebitda consolidado.  

As informações são do jornal Valor Econômico.

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