Tanzi pode ter se apropriado de descontos concedidos pela Tetra Pak

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O ex-diretor financeiro da Parmalat Fausto Tonna acusou o ex-presidente do grupo Calisto Tanzi de apropriar-se indevidamente do dinheiro proveniente de descontos que a sueca Tetra Pak concedia à empresa italiana.

Por uma estratégia empresarial, Tetra Pak fornecia seus produtos para a Parmalat com desconto em relação à tabela oficial, uma prática comum para clientes com grande demanda. Tanzi, porém, em vez de utilizar o abatimento para diminuir o custo de sua produção, preferia embolsar a diferença, segundo Tonna.

As informações foram reproduzidas pelo jornal italiano "La Repubblica", baseadas em informações dos investigadores locais.

Não foi informado qual era o desconto concedido, nem qual a quantidade de dinheiro que Tanzi teria desviado. Mas, segundo o antigo subalterno, o ex-presidente teria desviado mais do que os 500 milhões que ele alega ter retirado da Parmalat.

No interrogatório a que foi submetido, no sábado (10), Tonna estimou em vários milhões de euros os fundos que Tanzi desviava para suas contas pessoais e que procediam dos descontos aplicados pela Tetra Pak, que fornecia os invólucros para o leite e os sucos de frutas produzidos pela Parmalat.

Tonna, que está preso na Itália, explicou que a Tetra Pak não sabia o que acontecia na Parmalat e que o dinheiro era repartido entre vários dirigentes do grupo.

Ele admitiu aos investigadores que trabalhou para ocultar um rombo financeiro que pode chegar a quase 10 bilhões nas contas do grupo, mas insistiu que sempre agiu sob ordens de Tanzi.

A partir desta semana, os promotores do caso na Itália pretendem focar a investigação nos grupos bancários envolvidos com a Parmalat.
Um ex-executivo do Bank of America, terceiro maior banco dos EUA, está preso. O escritório da instituição foi vasculhado em Milão na semana passada. A Justiça quer saber se o banco sabia das operações contábeis fraudulentas da fabricante de alimentos. O banco diz que vai cooperar.

Nesta semana, executivos de dois dos principais bancos italianos (Capitalia e Banca Intesa) devem ser interrogados. O Capitalia é o que tem a maior exposição à Parmalat.

Uma das questões que os promotores querem fazer ao presidente do Capitalia, Cesari Geronzi, é se ele pressionou a Parmalat a comprar a fabricante de leite Eurolat da Cirio em 1999, por 330 milhões. O banco era um dos principais credores da Cirio, em liquidação após não ter pagado uma dívida em 2002.

Fonte: Folha de S.Paulo, adaptado por Equipe MilkPoint
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