Sem Parmalat e com crédito Batávia volta a operar normalmente

Para evitar que a crise Parmalat viesse a afetar a condução dos negócios da Batávia, a empresa excluiu por via judicial a multinacional italiana, Parmalat, dos 51% das ações mantidas na empresa. Isso permitiu que a acionista minoritária recuperasse seu crédito junto ao mercado.

Marcelo Bertoldi, advogado da Batávia, informa que após várias negociações com os bancos a empresa voltou a ter sua linha de crédito normalizada.

Com relação às vendas, o diretor responsável pelo setor, Wilson Simplini, informou que o comando da empresa decidiu não se manifestar até a finalização de todo o processo judicial.

Porém, Bertoldi informa que a Batávia continua com os direitos de produção e comercialização da linha de refrigerados da Parmalat. "Existe um contrato que permite a utilização da marca pelo meu cliente. Todos os produtos refrigerados que estão nos supermercados são produzidos pela Batávia", revela ele.

O advogado conta que com o fim da participação acionária, a companhia italiana receberá uma indenização por suas ações. "Isso será feito em juízo após a nomeação, pelo tribunal de um perito e posterior avaliação do valor a ser pago à Parmalat", conta Bertoldi.

Várias propostas, para ocupar o lugar da multinacional italiana na companhia, vêm sendo feitas por outros players mas até o momento nada foi fechado. "A Batávia espera pela perícia para avaliar se terá condições de ser a única acionista ou se ela admitirá novos sócios", ressalta o advogado.

Bertoldi acrescenta ainda que todas as operações continuam vigorando e a linha de produção esta normal sem nenhuma demissão. "Estamos dentro da absoluta normalidade", afirma.

Fonte: Juliano Fantazia, da Equipe MilkPoint.