Para os produtores do oeste catarinense, por enquanto o aumento do preço do leite só está compensando a alta dos insumos e a redução na produção ocasionada pela seca.
O produtor Antônio Brandalise, de Chapecó, reduziu a entrega de 200 para 100 litros por dia. O preço pago pela indústria, de R$ 0,31 para R$ 0,37, subiu em torno de 20%. No entanto, a saca de farelo de trigo aumentou de R$ 7 para R$ 9 e a tonelada de resíduo de milho, de R$ 270 para R$ 309. Ele disse que, além do aumento no preço, teve que comprar mais ração em virtude da seca, que prejudicou as pastagens.
Embora a chuva já tenha normalizado, somente em um mês a aveia que semeou estará pronta para receber o gado. O produtor rural tem 20 vacas, sendo 13 em lactação. Ele somente não desistiu da atividade no início do ano em virtude do investimento de R$ 4,5 mil que fez nos últimos três anos, em ordenhadeira e resfriador. Brandalise espera que a reação do leite continue e ultrapasse os R$ 0,40, que eram praticados no ano passado.
O reajuste do leite deixou os 1,2 mil produtores de leite de Lages e cidades vizinhas otimistas. O aumento não elimina os efeitos da crise causada pelo calote da Parmalat, mas ameniza a situação.
O secretário-geral da Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc), Enori Barbieri, não acredita em grande reação nos preços. Ele afirmou que a estiagem reduziu a produção, evitando uma queda maior de preços após a crise da Parmalat. Barbieri disse que o abastecimento foi normalizado com outras empresas absorvendo os produtores da multinacional e que o aumento proporcionado pelas indústrias visa cobrir a alta nos custos. Para o dirigente da Faesc, o produtor vai continuar tendo uma baixa remuneração. "A saída é reduzir custos e aumentar a produtividade".
Para o Instituto de Pesquisa e Economia Agrícola de Santa Catarina, a alta do preço ao consumidor pode ser uma barreira na recuperação do valor pago ao produtor, pois deve inibir o consumo. Sem aumento no consumo interno, a oferta deve superar a demanda.
Fonte: Diário Catarinense (Darci Debona e Marcelo Becker), adaptado por Equipe MilkPoint
O produtor Antônio Brandalise, de Chapecó, reduziu a entrega de 200 para 100 litros por dia. O preço pago pela indústria, de R$ 0,31 para R$ 0,37, subiu em torno de 20%. No entanto, a saca de farelo de trigo aumentou de R$ 7 para R$ 9 e a tonelada de resíduo de milho, de R$ 270 para R$ 309. Ele disse que, além do aumento no preço, teve que comprar mais ração em virtude da seca, que prejudicou as pastagens.
Embora a chuva já tenha normalizado, somente em um mês a aveia que semeou estará pronta para receber o gado. O produtor rural tem 20 vacas, sendo 13 em lactação. Ele somente não desistiu da atividade no início do ano em virtude do investimento de R$ 4,5 mil que fez nos últimos três anos, em ordenhadeira e resfriador. Brandalise espera que a reação do leite continue e ultrapasse os R$ 0,40, que eram praticados no ano passado.
O reajuste do leite deixou os 1,2 mil produtores de leite de Lages e cidades vizinhas otimistas. O aumento não elimina os efeitos da crise causada pelo calote da Parmalat, mas ameniza a situação.
O secretário-geral da Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc), Enori Barbieri, não acredita em grande reação nos preços. Ele afirmou que a estiagem reduziu a produção, evitando uma queda maior de preços após a crise da Parmalat. Barbieri disse que o abastecimento foi normalizado com outras empresas absorvendo os produtores da multinacional e que o aumento proporcionado pelas indústrias visa cobrir a alta nos custos. Para o dirigente da Faesc, o produtor vai continuar tendo uma baixa remuneração. "A saída é reduzir custos e aumentar a produtividade".
Para o Instituto de Pesquisa e Economia Agrícola de Santa Catarina, a alta do preço ao consumidor pode ser uma barreira na recuperação do valor pago ao produtor, pois deve inibir o consumo. Sem aumento no consumo interno, a oferta deve superar a demanda.
Fonte: Diário Catarinense (Darci Debona e Marcelo Becker), adaptado por Equipe MilkPoint
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MilkPoint
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