SC: Aurora antecipa entrada no setor leiteiro

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A crise da Parmalat está mobilizando as cooperativas a assumirem o setor leiteiro. O presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias de Santa Catarina (Fecoagro), Neivor Canton, disse que atualmente 40% da produção nacional estão em sistemas cooperados. Mas em países com maior estabilidade, a participação é superior a 60%.

Por isso, as oito associadas que fazem parte do sistema Agromilk podem assumir os 51% de ações que a Parmalat tem com a Batávia. Os outros 49% já pertencem ao setor cooperativo. Para isso, o governo federal teria que liberar financiamentos.

A Cooperativa Central Oeste Catarinense (Aurora) também deve antecipar os planos de entrada no setor leiteiro. Na audiência pública realizada sexta-feira (06) em Chapecó pela Câmara dos Deputados, o vice-presidente da Aurora, Mário Lanznaster, anunciou que a Coopercentral deve começar a industrializar leite a partir de junho ou julho deste ano.

A estratégia da agroindústria não é construir uma nova empresa, mas fazer parcerias. Já existem tratativas com a Confederação das Cooperativas do Paraná e com a Frimesa de Medianeira. Lanznaster disse que, provavelmente, a marca Aurora não poderá ser utilizada para laticínios, pois já existe o registro de outra empresa.

Entre as alternativas de nomes estão Chapecó e Dellis, que já é utilizado na venda de sucos de laranja e uva. Os pedidos foram encaminhados ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial e aguardam aprovação. Um executivo já foi contratado e deve começar a desenvolver o trabalho no dia 2 de março.

A Aurora pretende fabricar queijos, iogurtes e derivados, que têm maior valor agregado e compensam o transporte para o centro do país.

O analista de mercado do leite do Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina (Icepa), Tabajara Marcondes, disse que o sistema cooperativo é o mais indicado para a região Sul, pois as pequenas propriedades não têm como atender a exigência de grande escala das multinacionais.

O coordenador estadual da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul), Dirceu Dresch, disse que o leite é uma renda estratégica para os produtores e, por isso, não pode ser entregue ao mercado internacional, que pode abandonar o setor de uma hora para outra.

A crise da Parmalat só não é mais grave em Santa Catarina devido à participação das cooperativas. Para Lanznaster, as cooperativas deveriam ter assumido a industrialização há seis ou sete anos.

Na época, foi criado o sistema Agromilk, com oito associadas que repassavam o leite para a Batávia. O presidente do sistema Agromilk, disse que a Parmalat até tentou assumir o controle total mas, para a sorte dos produtores, a proposta não foi aceita.

O sistema Batávia continua recolhendo 400 mil litros por dia de leite em Santa Catarina, de 7,5 mil produtores. Até agora os pagamentos estão em dia.

O secretário-geral da Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc), Enori Barbieri, disse que, enquanto o estado paga R$ 0,35 a R$ 0,38 por litro ao produtor, em Goiás o preço é de R$ 0,26 e no Mato Grosso do Sul de R$ 0,16.

Fonte: Diário Catarinense (por Darci Debona), adaptado por Equipe MilkPoint
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Silvio Carlos Picarelli
SILVIO CARLOS PICARELLI

INDAIATUBA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 10/02/2004

Porque a Agromilk não negocia a fábrica da Parmalat em Carazinho RS ? Fica próximo ao Oeste Catarinense e trata-se da melhor, mais moderna e mais bem equipada fábrica da Parmalat no Brasil.
Qual a sua dúvida hoje?