Rodrigues defende fatiamento da Parmalat

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Lessa quer volta do "barriga-mole"

A solução para a crise da Parmalat está no "fatiamento" da empresa, disse ontem o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, depois de uma palestra para os superintendentes regionais da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em Brasília. "O que estamos desenhando como uma saída definitiva do problema seria as cooperativas assumirem "os pedaços" da Parmalat".

Ele voltou a descartar a ajuda do governo para a Parmalat. "Ninguém sabe o tamanho do buraco, ninguém sabe o que está acontecendo".

O ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, declarou no Rio que o governo já tomou uma série de medidas para proteger os pequenos produtores e o setor do leite, mas não tem a intenção de salvar a Parmalat. Na mesma entrevista, no Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), o presidente do banco, Carlos Lessa, afirmou que está preparado para apoiar a reestruturação do setor, mas "não dará um tostão à Parmalat".

Até ontem a administração judicial da empresa ainda não havia anunciado a obtenção de nenhum empréstimo que desse capital de giro para a multinacional elevar sua produção do nível de 40% registrado antes da intervenção.

Segundo o ministro da Agricultura, o governo continua debatendo a proposta de comprar o leite em pó entregue pela Parmalat às cooperativas como forma de pagamento de parte das dívidas. Para começar a operação, a Conab está dependendo apenas da liberação dos recursos para adquirir o produto, estimado em mil toneladas. O leite seria doado aos flagelados das enchentes e destinado ao Programa Fome Zero.

Barriga mole

Lessa, defendeu também a volta do uso de sacos plásticos para embalagem de leite como forma de baratear o produto. "Seria bom voltar o "barriga-mole'", disse.

A embalagem de saquinho praticamente desapareceu do mercado, substituída pela embalagem longa vida (Tetra Pak), à base de camadas de produtos petroquímicos, papel, papelão e alumínio. De acordo com Lessa, o saquinho, no qual o leite dura de "três a quatro dias", custa R$ 0,03, contra R$ 0,45 da caixinha. "Quando você compra aquele cartucho (o leite longa vida) está comprando embalagem, não está comprando leite", disse.

Fonte: Mapa, O Estado de São Paulo (por Fabíola Salvador, Adriana Chiarini) e Folha de S.Paulo, adaptado por Equipe MilkPoint
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Fernando Affonso Ferreira
FERNANDO AFFONSO FERREIRA

ITABUNA - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/02/2004

Estou gostando do rumo que está tomando o caso Parmalat. Acredito que a solução seja mesmo fracionar a italiana, e a gestão ser cooperativa. Resta a nós produtores mostrarmos competência para tocar para frente.
Qual a sua dúvida hoje?