Reedição do Recoop poderá estimular fusão de cooperativas de leite, com apoio do BNDES

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O Ministério da Agricultura iniciou estudos para o lançamento de uma nova versão do Recoop, o programa de recuperação das cooperativas agropecuárias. O novo projeto, entretanto, terá a finalidade de estimular a fusão das cooperativas dos setores de café e de leite, segundo informou o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.

Em princípio, esse modelo poderá contar com o apoio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). De acordo com o ministro, a crise da Parmalat cria as condições necessárias para que o programa seja executado com êxito e fortaleça as cooperativas de leite. Até o momento, afirmou, as cooperativas têm resistido à hipótese da fusão.

Como exemplo, lembrou que existem 22 delas somente na região do Triângulo Mineiro, enquanto poderia haver "uma única e gigantesca". "Chupar manga verde dá sempre dor de barriga. Talvez o caso da Parmalat seja um sinal de que o setor já está maduro para fazer as mudanças necessárias", afirmou Rodrigues, pouco antes de receber o presidente da empresa no Brasil, Ricardo Gonçalves, para uma audiência.

A versão original do Recoop foi criada em 1998 e envolveu a liberação de cerca de R$ 470 milhões do Tesouro Nacional para financiamento e rolagem de dívida das cooperativas agropecuárias. A conversa de Rodrigues com a Parmalat durou cerca de uma hora. Acompanhou a reunião o gerente executivo de comunicação da empresa, Afonso Champi. Ao deixar o ministério, Gonçalves e Champi não falaram com os jornalistas.

Bancos

Segundo o diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Paulo Sérgio Cavalheiro, a crise financeira da Parmalat não deve ter grande impacto no sistema financeiro brasileiro. "A Parmalat Brasil trabalhava mais com bancos estrangeiros e o volume de operações de crédito era pequeno (cerca de R$ 700 milhões)". Outro detalhe observado pelo diretor doBC é que essas operações podem não ser lançadas em liquidação duvidosa se as garantias oferecidas tiverem boa qualidade. Caso contrário, o impacto de um eventual lançamento dessas operações em prejuízo sobre o balanço de instituições financeiras brasileiras deverá ser pequeno. "Não há nada que nos preocupe", disse.

Fonte: O Estado de S. Paulo (por Denise Chrispim Marin, Gustavo Freire e Fabíola Salvador), adaptado por Equipe MilkPoint
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