Recebimento de leite pela Parmalat tem recuo de 87%

Publicado por: MilkPoint

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Cerca de cinco meses após o início da crise que levou a Parmalat à concordata no país, um número dá a dimensão do que se tornou a empresa hoje. A captação de leite, que em 2003 ficou em 2,3 milhões de litros por dia, dados da Leite Brasil, hoje não ultrapassa os 600 mil litros, segundo as estimativas mais otimistas. Mas para algumas fontes do setor, a captação diária é, atualmente de, no máximo, 300 mil litros de leite ou 87% inferior à media de 2003.

As estimativas não levam em consideração a Batávia, na qual a Parmalat tem 51% de participação, mas da qual está afastada por decisão liminar da Justiça. A empresa está sob administração de suas outras acionistas, a Cooperativa Central de Laticínios do Paraná (CCLPL) e a Agromilk, donas de 49% da companhia.

Os números de recebimento de leite em suas unidades em operação mostram que a tarefa de recuperação da captação não é fácil. Em Carazinho (RS), onde chegou a captar 1,2 milhão de litros de leite por dia, a empresa recebe hoje 300 mil litros, segundo o diretor da Federação dos Trabalhadores da Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), Elton Weber.

Procurada, a Parmalat informou, por meio de sua assessoria, que a operação em Carazinho "caminha para a normalização". A fábrica produz leite longa vida, creme de leite, leite condensado e leites funcionais.

Na unidade da Parmalat em Garanhuns (PE), que produz leite longa vida e leite em pó, a captação "está se normalizando", segundo o assessor da Federação de Agricultura do Estado de Pernambuco, João Pessoa. Ele afirma que a captação já retornou aos 300 mil litros de leite diários. Analistas, no entanto, acreditam que o número é inferior, mas admitem que os produtores da região têm menos alternativas de empresas para vender seu leite.

Além das duas unidades, a Parmalat também tem laticínios em Santa Helena de Goiás (GO) e em Itaperuna (RJ). A primeira está paralisada desde fevereiro e a segunda opera, mas sob administração de um colegiado formado por um representante do governo do Rio, um dos empregados, um dos acionistas, um representante dos credores e um dos moradores do Itaperuna.

O presidente da Cooperativa de Itaperuna, Moacir Seródio, que faz parte do colegiado, disse que a unidade está captando 180 mil litros de leite por dia. Já captou 500 mil no passado. Segundo ele, com a intervenção a empresa está conseguindo pagar os produtores e fornecedores.

O presidente da comissão de leite da Federação de Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), Maurivan Siqueira, disse que os produtores do estado migraram para outras empresas e ainda têm R$ 6 milhões a receber da Parmalat referentes a leite entregue em dezembro passado. A unidade, que está paralisada, industrializava 800 mil litros de leite por dia.

Fonte: Valor OnLine (por Alda do Amaral Rocha), adaptado por Equipe MilkPoint
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