Recebimento de leite pela Parmalat tem recuo de 87%
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As estimativas não levam em consideração a Batávia, na qual a Parmalat tem 51% de participação, mas da qual está afastada por decisão liminar da Justiça. A empresa está sob administração de suas outras acionistas, a Cooperativa Central de Laticínios do Paraná (CCLPL) e a Agromilk, donas de 49% da companhia.
Os números de recebimento de leite em suas unidades em operação mostram que a tarefa de recuperação da captação não é fácil. Em Carazinho (RS), onde chegou a captar 1,2 milhão de litros de leite por dia, a empresa recebe hoje 300 mil litros, segundo o diretor da Federação dos Trabalhadores da Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), Elton Weber.
Procurada, a Parmalat informou, por meio de sua assessoria, que a operação em Carazinho "caminha para a normalização". A fábrica produz leite longa vida, creme de leite, leite condensado e leites funcionais.
Na unidade da Parmalat em Garanhuns (PE), que produz leite longa vida e leite em pó, a captação "está se normalizando", segundo o assessor da Federação de Agricultura do Estado de Pernambuco, João Pessoa. Ele afirma que a captação já retornou aos 300 mil litros de leite diários. Analistas, no entanto, acreditam que o número é inferior, mas admitem que os produtores da região têm menos alternativas de empresas para vender seu leite.
Além das duas unidades, a Parmalat também tem laticínios em Santa Helena de Goiás (GO) e em Itaperuna (RJ). A primeira está paralisada desde fevereiro e a segunda opera, mas sob administração de um colegiado formado por um representante do governo do Rio, um dos empregados, um dos acionistas, um representante dos credores e um dos moradores do Itaperuna.
O presidente da Cooperativa de Itaperuna, Moacir Seródio, que faz parte do colegiado, disse que a unidade está captando 180 mil litros de leite por dia. Já captou 500 mil no passado. Segundo ele, com a intervenção a empresa está conseguindo pagar os produtores e fornecedores.
O presidente da comissão de leite da Federação de Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), Maurivan Siqueira, disse que os produtores do estado migraram para outras empresas e ainda têm R$ 6 milhões a receber da Parmalat referentes a leite entregue em dezembro passado. A unidade, que está paralisada, industrializava 800 mil litros de leite por dia.
Fonte: Valor OnLine (por Alda do Amaral Rocha), adaptado por Equipe MilkPoint
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