Rebanho leiteiro deverá constar no Sisbov a partir de dezembro de 2005
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O sistema, instituído em janeiro de 2002, tem o objetivo de identificar, registrar e monitorar individualmente, todos os animais das raças bovinas e bubalinas. No setor de corte, diversos pecuaristas já são adeptos do novo sistema.
As regras para o setor leiteiro serão as mesmas utilizadas para o corte, mas de acordo com a coordenadora nacional do Sisbov, muito será feito para integrar o setor leiteiro. "Esperamos que neste tempo, a gente consiga trabalhar com todo o segmento discutindo, buscando alternativas, para juntos construirmos o Sisbov. Este sistema ainda está em construção", revela Denise.
Para o presidente da Câmara Setorial do Leite, Rodrigo Alvim, "tudo que certifica, tudo que qualifica, tudo que abre portas para o mercado internacional é bom, mas ainda há muito para se discutir sobre as normas do Sisbov", comenta.
Denise conta que o criador de gado de leite deve entender esta rastreabilidade como uma medida de segurança alimentar e do próprio gerenciamento da propriedade. "O produtor vai poder controlar melhor todo o manejo sanitário, reprodutivo e alimentar", diz.
Questionado sobre o processo de adequação dos produtores de leite ao novo sistema, Alvim informa que eles estão sem saber absolutamente nada, desinformados. "O processo que começou em 2002, não começou para o gado de leite", revela o presidente.
Na visão da coordenadora, o sistema só beneficiará o produtor. "Hoje, sabemos que alguns produtores de leite têm dificuldades de acesso a tecnologia". Acrescenta ainda que "a propriedade pode ser mais rentável e às vezes não o é, devido a falta de informações. A rastreabilidade seria o caminho, porque ao ter controle da propriedade o produtor terá informações que, hoje, não são anotadas na ponta do lápis", salienta a coordenadora.
Segundo Alvim, o País possui cerca de 800 mil produtores de leite espalhados em vários Estados. "O rastreamento do gado leiteiro será mais fácil, pois os plantéis são menores que os de corte", conta.
Espera-se que até o mês de dezembro do ano que vem, todos os animais dos Estados livres da febre aftosa estejam inseridos no Sisbov, enquanto que os demais Estados brasileiros terão até dezembro de 2007 para se adequarem. "Ainda vamos operacionalizar muitas outras coisas e outras normativas podem sair. Não há nada fechado ainda. Uma série de ações devem ser mudadas, porque estamos inserindo novos segmentos e outros tipos de animais", finaliza Denise.
Conheça a Instrução Normativa No21, de 2 de abril de 2004.
Fonte: Juliano Fantazia, da Equipe MilkPoint
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