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MG: queijo é vendido pelo WhatsApp

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 18/05/2020

5 MIN DE LEITURA

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O isolamento social imposto para o controle do novo coronavírus tem feito com que produtores rurais usem a criatividade para tentar superar os obstáculos e manter as vendas, fortemente afetadas pela queda da demanda principalmente em decorrência do fechamento de restaurantes e empórios.

No Estado, os produtores do Queijo Minas Artesanal (QMA), após enfrentarem queda de 100% na demanda nos primeiros dias do isolamento, recorreram ao WhatsApp e às redes sociais para oferecer o produto e evitar a falência dos negócios. A iniciativa deu certo e muitos estão recuperando as vendas e abrindo um novo canal de negócios com o consumidor.

De acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Queijo Canastra (Aprocan) e da Associação Mineira dos Produtores de Queijo Artesanal (Amiqueijo), João Carlos Leite, nos primeiros 15 dias de isolamento a situação foi caótica para os produtores de queijo, período em que as vendas caíram 100%. “Foi uma situação inesperada, e tivemos que tomar atitudes drásticas porque ninguém estava preparado para o problema, que veio de uma vez”, disse Leite.

Para reduzir os prejuízos, os produtores suspenderam a ração do rebanho e desmamaram as vacas, com isso, houve uma queda na produção de leite em torno de 50% a 60%.

Outro problema enfrentado foi a devolução dos queijos já negociados. Muitas vendas foram canceladas e em outras foram negociados novos prazos para entrega. Como os produtores não tinham capacidade de estocagem para os queijos foi preciso buscar alternativas.

“A partir da terceira semana de isolamento, ficou definido, de forma mais clara, os setores essenciais e que poderiam continuar abertos, como os supermercados. As vendas foram retomadas, mas em uma condição horrível, com o mercado pagando cerca de 50% a 70% a menos pelos queijos. Tivemos que aceitar para conseguir reiniciar as vendas”, explicou Leite.

Com apoio de diversas instituições, como o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), foram feitas reuniões virtuais em busca de alternativas para evitar a falência dos produtores do Queijo Minas Artesanal.

Colaboração e solidariedade

“Tivemos a brilhante ideia de conversar com amigos de Belo Horizonte, São Paulo, Brasília e de outras regiões para que eles nos ajudassem a vender os queijos, oferecendo para amigos e familiares através do WhatsApp. Gravamos diversos vídeos pedindo ajuda para que o QMA não morresse e as vendas explodiram. Hoje, estamos aumentando as vendas on-line e o delivery. Mandamos os queijos para Belo Horizonte, por exemplo, e nossos amigos chamam um motoboy, que faz a entrega. Fomos salvos pela criatividade e inovação”.

Com a iniciativa, foi possível recompor, quase que por completo, os preços do queijo e a demanda está maior que a oferta. “Agora está faltando queijo, porque tivemos que cortar ração e desmamar as vacas. Esperamos que todo o cenário se restabeleça. O espírito solidário dos amantes do QMA e a contribuição de várias entidades em nos ajudar a encontrar alternativas foram essenciais para a sobrevivência do produtor e do QMA nesse momento de pandemia”, destacou.

As estimativas em relação ao mercado são positivas, principalmente, devido ao início da reabertura do comércio em alguns municípios.

“Após essa pandemia, tudo será diferente. Além de retomar o mercado dos restaurantes e empórios, os produtores ainda terão um novo canal de comercialização, que é a venda direta para consumidores finais de diversas cidades do Brasil feita através do WhatsApp e das redes sociais”, disse Leite.

Serra do Caroula aposta no WhatsApp

O produtor do Queijo Minas Artesanal Serra do Caroula, na região do Serro, Helen Assunção, foi um dos que recorreu ao WhatsApp para alavancar as vendas e reduzir os impactos negativos provocados pelo isolamento social para o controle do novo coronavírus.

Assunção explica que, logo na primeira semana de isolamento, os empórios cancelaram os pedidos, por isso, foi necessário suspender a produção. O leite, que antes era destinado ao queijo, foi vendido no mercado. Houve redução da rentabilidade, uma vez que o valor agregado do queijo é muito maior.

“No começo do isolamento social para controle da pandemia, a queda nas vendas foi muito grande, ficando em torno de 70% a 80%. Passei a comercializar o leite, mas tive prejuízos porque o valor agregado do queijo é maior. Então, tive a ideia de divulgar o queijo nos grupos de WhatsApp e pedir para que os amigos divulgassem o produto. A iniciativa deu super certo e criamos uma clientela de consumidores finais. A medida ajudou muito, e entrego os queijos, em Belo Horizonte, uma vez por mês”, disse Assunção.

A expectativa é de que a demanda dos empórios retome aos poucos, com o relaxamento do isolamento social já adotado em algumas cidades, mas haverá uma diversificação do público a ser atendido.

“Vamos continuar com as vendas para o consumidor final porque é mais um canal de vendas. Quanto mais alternativas, melhor e mais fácil escoar a produção dos queijos”, explicou Assunção.

Estado comemora Dia do Queijo Artesanal 

O Dia do Queijo Artesanal Mineiro é comemorado em 16 de maio. Em busca constante do fortalecimento dos produtores do Queijo Minas Artesanal (QMA) e de políticas públicas que impulsionem o setor, foi criada a Associação Mineira dos Produtores de Queijo Artesanal (Amiqueijo). A entidade reúne, até o momento, nove associações representantes das regiões já reconhecidas como produtoras do QMA e que somam mais de 200 empreendedores.

As regiões representadas são Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Mantiqueira, Serra Geral, Serra do Salitre, Serro e Triângulo. A participação de associações de outras regiões também é permitida, porém, elas não terão direito a votos.

“Fundamos a Amiqueijo poucos dias antes da implantação do isolamento social, o que cerceou nosso caminhar, mas estamos conseguindo realizar reuniões semanais e virtuais para discutir os problemas do setor. Um dos principais objetivos é unirmos as associações para buscarmos políticas públicas que são necessárias para o desenvolvimento e fortalecimento do setor. Vamos buscar formas de avançar nas questões legais e na melhoria do marco regulatório”, explicou o presidente da Amiqueijo, João Carlos Leite.

Ainda segundo Leite, a Amiqueijo será importante para centralizar a representatividade do setor, facilitando o contato com os governos e contribuindo para a solução de gargalos.

As informações são do Diário do Comércio.

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