Propostas para crise da Parmalat surgem em audiência pública no PR
Publicado por: MilkPoint
Publicado em: - 2 minutos de leitura
De acordo com o presidente da comissão de leite da Federação de Agricultura do Paraná (Faep), Ronei Volpi, o preço do leite caiu 20% devido à crise na Parmalat. "Em comparação ao número total de produtores (50 mil), são poucos aqueles que ainda não receberam. O prejuízo ainda não é muito no Paraná, mas há uma temeridade futura quanto à situação dos produtores paranaenses".
Ele apresentou duas propostas emergenciais. A primeira se refere à não paralisação das atividades, por meio de ações na Justiça. Nesse caso, os produtores continuariam fornecendo o leite para a empresa. "Isso também garantiria os empregos na própria Parmalat", acredita. A outra sugestão é o governo federal aplicar um preço mínimo para o leite, o que também asseguraria renda aos produtores em situações de crise.
Além disso, Volpi pede créditos rurais com juros baixos e uma lei antitruste, contra o abuso das grandes redes de supermercados, que baixam o preço do produto. "Eles matam o fornecedor com isso".
Para Volpi, a solução para a Parmalat estaria na desapropriação das ações da empresa, juntamente com a intervenção federal. O representante da Faep acredita que as ações possam ser repassadas à Batávia, o que diminuiria o impacto da parada na produção de leite.
De acordo com o deputado federal Cézar Silvestre, integrante da comissão especial na Câmara Federal, as ações para resolver o problema serão propostas em duas semanas, no máximo. "Neste momento a intervenção federal está descartada, mas ela poderá ser utilizada no futuro", informou.
Batávia em dia
De acordo com a diretoria da Batávia no Paraná, a administração da empresa não depende diretamente da Parmalat. Isso faz com que mantenha em dia os pagamentos a seus fornecedores, cooperados ou não. As cooperativas também tranqüilizam seus associados, alegando que seu carro-chefe é a agricultura e não a pecuária.
Dos 450 mil litros/dia produzidos na região dos Campos Gerais, 25% são fornecidos para a Batávia. De acordo com o presidente da Castrolanda (que junto com a Capal, de Arapoti, e a Batavo, forma a CCLP), Frank Dykstra, essa média vem se mantendo. "A empresa no Paraná é sadia".
No entanto, essa tranqüilidade não conseguiu segurar o preço do leite nos últimos dias. Na semana passada, o valor do litro era de aproximadamente R$ 0,45 para o produtor. No início desta semana, o preço chegou a cerca de R$ 0,35 na região dos Campos Gerais, segundo o advogado e produtor Paulo Reusing. A expectativa é de que preço suba novamente em março, com o fim da safra e a queda dos estoques.
Fonte: Paraná OnLine (por Joyce Carvalho) e Gazeta do Povo/PR (por Érica Busnardo), adaptado por Equipe MilkPoint
Para continuar lendo o conteúdo entre com sua conta ou cadastre-se no MilkPoint.
Tenha acesso a conteúdos exclusivos gratuitamente!
Publicado por:
MilkPoint
O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.