Propostas para crise da Parmalat surgem em audiência pública no PR

Publicado por: MilkPoint

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A crise da Parmalat e quais as suas conseqüências para o Paraná foram discutidas ontem em uma audiência pública na Assembléia Legislativa, em Curitiba (PR), com as presenças do relator da comissão especial da Câmara Federal sobre o assunto, deputado federal Miguel Couto Assis, e representantes do governo estadual e dos produtores de leite.

De acordo com o presidente da comissão de leite da Federação de Agricultura do Paraná (Faep), Ronei Volpi, o preço do leite caiu 20% devido à crise na Parmalat. "Em comparação ao número total de produtores (50 mil), são poucos aqueles que ainda não receberam. O prejuízo ainda não é muito no Paraná, mas há uma temeridade futura quanto à situação dos produtores paranaenses".

Ele apresentou duas propostas emergenciais. A primeira se refere à não paralisação das atividades, por meio de ações na Justiça. Nesse caso, os produtores continuariam fornecendo o leite para a empresa. "Isso também garantiria os empregos na própria Parmalat", acredita. A outra sugestão é o governo federal aplicar um preço mínimo para o leite, o que também asseguraria renda aos produtores em situações de crise.

Além disso, Volpi pede créditos rurais com juros baixos e uma lei antitruste, contra o abuso das grandes redes de supermercados, que baixam o preço do produto. "Eles matam o fornecedor com isso".

Para Volpi, a solução para a Parmalat estaria na desapropriação das ações da empresa, juntamente com a intervenção federal. O representante da Faep acredita que as ações possam ser repassadas à Batávia, o que diminuiria o impacto da parada na produção de leite.

De acordo com o deputado federal Cézar Silvestre, integrante da comissão especial na Câmara Federal, as ações para resolver o problema serão propostas em duas semanas, no máximo. "Neste momento a intervenção federal está descartada, mas ela poderá ser utilizada no futuro", informou.

Batávia em dia

De acordo com a diretoria da Batávia no Paraná, a administração da empresa não depende diretamente da Parmalat. Isso faz com que mantenha em dia os pagamentos a seus fornecedores, cooperados ou não. As cooperativas também tranqüilizam seus associados, alegando que seu carro-chefe é a agricultura e não a pecuária.

Dos 450 mil litros/dia produzidos na região dos Campos Gerais, 25% são fornecidos para a Batávia. De acordo com o presidente da Castrolanda (que junto com a Capal, de Arapoti, e a Batavo, forma a CCLP), Frank Dykstra, essa média vem se mantendo. "A empresa no Paraná é sadia".

No entanto, essa tranqüilidade não conseguiu segurar o preço do leite nos últimos dias. Na semana passada, o valor do litro era de aproximadamente R$ 0,45 para o produtor. No início desta semana, o preço chegou a cerca de R$ 0,35 na região dos Campos Gerais, segundo o advogado e produtor Paulo Reusing. A expectativa é de que preço suba novamente em março, com o fim da safra e a queda dos estoques.

Fonte: Paraná OnLine (por Joyce Carvalho) e Gazeta do Povo/PR (por Érica Busnardo), adaptado por Equipe MilkPoint
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