Uma missão da ONU chega ao Brasil para avaliar qualidade das mercadorias fornecidas pela agricultura familiar. Os agricultores familiares do Brasil poderão vender seus produtos ao Programa Mundial de Alimentação da Organização das Nações Unidas (PMA/ONU). Representando a entidade chega ao País hoje o diretor-executivo do programa, James Morris que, acompanhado da diretora do PMA para a América Latina, Zoraida Mesa, vai avaliar os produtos de possíveis fornecedores brasileiros. Desde 1995 o Brasil não participava do programa da ONU.
A proposta do governo brasileiro é para que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) articule os pequenos produtores para a venda à ONU. O programa paga preços de mercado, o que para o governo significa renda aos agricultores familiares. "Vamos garantir segurança alimentar nas duas pontas: para quem recebe e para vende", disse uma fonte do Itamaraty.
A comitiva do PMA permanecerá em Brasília até quinta-feira. Neste período, estão marcadas reuniões com representantes de nove ministérios e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Amanhã, o grupo se encontrará com os movimentos sociais do campo e quarta-feira, estará na Conab, quando deverá avaliar os produtos dos agricultores familiares.
No ano passado, a ONU comprou mais de 1,8 bilhão de toneladas de alimentos, investindo US$ 3,8 bilhões em 82 países no mundo, incluindo nações em desenvolvimento. Ainda não existem estimativas de quanto o programa poderia adquirir no Brasil. "O potencial é grande, mas somente após o contato direto é que poderemos definir a quantidade", avalia Sílvio Porto, diretor de Logística e Gestão Empresarial da Conab.
Somente a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul) espera poder fornecer mensalmente 35 mil toneladas de alimentos de seus associados, entre leite, feijão, frutas e milho. "A agricultura familiar tem toda a capacidade de resolver o problema da fome, pois 80% do que produzimos são alimentos básicos", diz Volmir Santolim, coordenador institucional da Fetraf-Sul.
O contato com o PMA foi feito no ano passado pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, em viagem à Itália. Em 1995, para atender situações mais emergenciais, o programa deixou de atuar no Brasil, por considerar elevada a renda per capita do País, que é em torno de US$ 2 mil. "Este número, no entanto, não reflete nossas desigualdades sociais", diz uma fonte no Itamaraty. Houve então uma sensibilização do governo para a questão da segurança alimentar no Brasil.
O diretor da Conab ressalta ainda que o País é um dos maiores contribuintes com os programas da ONU, o que justificaria a volta das compras do PMA. No ano passado, por exemplo, entre os principais fornecedores estavam a Turquia, China, Paquistão, África do Sul e Índia.
Outra proposta do governo federal é, futuramente, firmar um protocolo de cooperação técnica entre o PMA e a Conab, visando o repasse de conhecimentos na logística e distribuição de alimentos e combate à fome.
Fonte: Gazeta Mercantil (Neila Baldi), adptado por Equipe MilkPoint
A proposta do governo brasileiro é para que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) articule os pequenos produtores para a venda à ONU. O programa paga preços de mercado, o que para o governo significa renda aos agricultores familiares. "Vamos garantir segurança alimentar nas duas pontas: para quem recebe e para vende", disse uma fonte do Itamaraty.
A comitiva do PMA permanecerá em Brasília até quinta-feira. Neste período, estão marcadas reuniões com representantes de nove ministérios e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Amanhã, o grupo se encontrará com os movimentos sociais do campo e quarta-feira, estará na Conab, quando deverá avaliar os produtos dos agricultores familiares.
No ano passado, a ONU comprou mais de 1,8 bilhão de toneladas de alimentos, investindo US$ 3,8 bilhões em 82 países no mundo, incluindo nações em desenvolvimento. Ainda não existem estimativas de quanto o programa poderia adquirir no Brasil. "O potencial é grande, mas somente após o contato direto é que poderemos definir a quantidade", avalia Sílvio Porto, diretor de Logística e Gestão Empresarial da Conab.
Somente a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul) espera poder fornecer mensalmente 35 mil toneladas de alimentos de seus associados, entre leite, feijão, frutas e milho. "A agricultura familiar tem toda a capacidade de resolver o problema da fome, pois 80% do que produzimos são alimentos básicos", diz Volmir Santolim, coordenador institucional da Fetraf-Sul.
O contato com o PMA foi feito no ano passado pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, em viagem à Itália. Em 1995, para atender situações mais emergenciais, o programa deixou de atuar no Brasil, por considerar elevada a renda per capita do País, que é em torno de US$ 2 mil. "Este número, no entanto, não reflete nossas desigualdades sociais", diz uma fonte no Itamaraty. Houve então uma sensibilização do governo para a questão da segurança alimentar no Brasil.
O diretor da Conab ressalta ainda que o País é um dos maiores contribuintes com os programas da ONU, o que justificaria a volta das compras do PMA. No ano passado, por exemplo, entre os principais fornecedores estavam a Turquia, China, Paquistão, África do Sul e Índia.
Outra proposta do governo federal é, futuramente, firmar um protocolo de cooperação técnica entre o PMA e a Conab, visando o repasse de conhecimentos na logística e distribuição de alimentos e combate à fome.
Fonte: Gazeta Mercantil (Neila Baldi), adptado por Equipe MilkPoint
QUER ACESSAR O CONTEÚDO?
É GRATUITO!
Para continuar lendo o conteúdo entre com sua conta ou cadastre-se no MilkPoint.
Tenha acesso a conteúdos exclusivos gratuitamente!
Publicado por:
MilkPoint
O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.