Produtores mineiros recebem leite condensado como pagamento

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Depois do leite em pó, agora é a vez do leite condensado ser usado como forma de pagamento pela Parmalat. Mesmo tendo que arcar com um prejuízo de 7%, a Associação de Produtores de Ribeiro Junqueira, distrito de Leopoldina, na Zona da Mata (MG), receberá R$ 50 mil em leite condensado, o que corresponde à metade da dívida de janeiro da multinacional italiana com os produtores de leite da associação.

No total, serão 900 caixas de leite condensado, ao valor unitário de cada lata calculado pela Parmalat é de R$ 1,25. Porém, o melhor preço encontrado pelo presidente da associação, Marco Aurélio Pimentel, para a revenda do produto, foi de R$ 1,17. "Está um pouco complicado. Nessa remessa, vou ter um prejuízo de mais de R$ 3 mil, mas é melhor do que deixar de receber".

Ele vai fechar toda a negociação com a rede de supermercados Supermais, pois assim vai pagar um único carreto para transportar as mercadorias da fábrica da Parmalat em Itaperuna (RJ). "Ainda tenho que bancar o pagamento dos produtores por 35 dias, porque só vão me pagar pelas mercadorias após o prazo. É um custo alto, pois, se for fazer dinheiro desse título, a taxa é de pelo menos 3%", esclareceu. Se der certo, Pimentel promete que fará o mesmo com o restante da dívida de janeiro.

A associação continua fornecendo cerca de oito mil litros de leite por dia para a Parmalat. Como o pagamento está sendo feito duas vezes por mês, hoje é dia de receber R$ 50 mil, referentes à segunda quinzena de fevereiro. Segundo Pimentel, o preço pago pela empresa pelo litro de leite este mês é de R$ 0,46.

O presidente da Comissão Técnica de Pecuária de Leite da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Eduardo Dessimoni, reconhece que o preço pago pela Parmalat está melhor do que o do mercado, que está em R$ 0,38, em média. Quanto ao leite em pó recebido, ele diz que o ideal seria conseguir empréstimo do governo federal para estocar o produto e vendê-lo quando os preços estivessem melhores.

No estado, só duas cooperativas conseguiram esse empréstimo: a Cooperativa Agropecuária Ltda. de Uberlândia (Calu), no Triângulo Mineiro, e a Cooperativa dos Produtores Rurais do Prata (Cooprata), também no Triângulo, que recebeu R$ 1,28 milhão em leite em pó da Parmalat e obteve empréstimo de R$ 1,3 milhão, a juros anuais de 8,75%.

Fonte: Estaminas/Superávit (por Karla Mendes), adaptado por Equipe MilkPoint
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