Produtores mineiros de queijo conquistam certificação do produto

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Para ajustar a produção do queijo artesanal mineiro às normas de segurança alimentar e atender às exigências dos consumidores, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) iniciou um processo de certificação dos produtores do estado.

O cadastro está vinculado a um programa de cooperação técnica que vem sendo realizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG) e atende à lei estadual 14.987, assinada em janeiro de 2002, que determina o limite máximo de presença de bactérias e outros microrganismos nocivos à saúde e também o padrão físico-químico do queijo (acidez, formato e tempo de maturação) e outras características como cor, sabor e odor.

No início deste ano, o governo estadual mineiro assinou um decreto estabelecendo um prazo de 36 meses para a certificação dos produtores. Um levantamento feito pela Emater mostra que, de 27 mil produtores de queijo existentes em todo o estado, mais de um terço (10.773) está localizado nas microrregiões do Serro, Araxá, Alto Paranaíba e Serra da Canastra. Ao todo são 46 municípios que produzem 33.500 toneladas anuais, gerando cerca de 26 mil empregos diretos.

Nesses lugares, a produção do "legítimo" queijo artesanal é uma tradição secular, transmitida de geração em geração. "É uma região montanhosa, mais alta, de clima mais frio, aspectos que dão sabor e uma característica própria ao queijo", observa a coordenadora estadual de Queijo Minas da Emater, Marinalva Olívia Martins Soares. No entanto, segundo ela, pouquíssimos produtores utilizam boas práticas de fabricação e exercem um controle sanitário mais rigoroso do rebanho.

As principais carências foram identificadas a partir de uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), em parceria com a Emater, que está sendo finalizada. Foram feitas análises microbiológicas com base em amostras coletadas de leite, água, soro, e do próprio queijo.

Entre as exigências básicas para a certificação está também a adequação estrutural das queijarias, com a criação de um local separado, com pias, pontos de água, azulejos, forros ou lajes, para a fabricação do produto.

Marinalva destaca que os produtores estão sendo orientados a calçar e cobrir os currais, que também deverão ter pontos de água para a limpeza. "Com todas essas mudanças é possível produzir um queijo de qualidade, a partir do leite cru, como a França produz".

Fonte: O Estado de S.Paulo/Suplemento Agrícola (por Eduardo Kattah), adaptado por Equipe MilkPoint
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